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ECUM projeta nova casa para a próxima década

A revelação foi feita pelo presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) na cerimónia de celebração dos 49 anos da instituição. Um projeto que poderá vir a ser também, o projeto de maior envergadura da Universidade do Minho (UMinho) nas últimas décadas.

Apesar dos investimentos feitos no último mandato na infraestrutura e segurança do edifício 6, a sede da ECUM, tais como o recrutamento de um técnico superior especializado e a realização de formações específicas de segurança, para além das intervenções já finalizadas no laboratório de Química e substituição de grande parte da cobertura do edifício, sendo que atualmente estão ainda a ser intervencionados mais dois laboratórios, o que, segundo o presidente da ECUM, José González-Méijome, ?em conjunto permitirão redefinir e otimizar grande parte da atividade de investigação, formação especializada e avançada na área, especialmente de química orgânica?, a unidade orgânica está a fazer crescer ?o projeto para as futuras instalações da Escola de Ciências no campus de Gualtar, com a aspiração de que entre em funcionamento no prazo de 5 a 10 anos?, apontou de forma realista o responsável da ECUM. 

Realçando que este projeto significa para a ECUM ?um compromisso e uma responsabilidade acrescida, à qual responderemos com um projeto de infraestrutura moderna e flexível, que não constituiu um fim em si próprio, mas antes um meio para alcançar novos desafios científicos, pedagógicos e de interação com a sociedade da segunda metade do sec. XXI?.

Nesta que foi a sua última cerimónia de aniversário da Escola enquanto presidente, José González-Méijome apresentou uma ?taxa de execução global de 93%? no âmbito das medidas previstas no plano de ação da Escola, afirmando que a ECUM ?está agora com melhores condições ainda para atrair novas lideranças que continuem o trabalho?, indicando que a instituição ruma assim ao seu cinquentenário, que será comemorado dia 21 de fevereiro de 2025, ?por um melhor futuro com ciência?.

O presidente anunciou ainda que a Escola atribuirá este ano, o segundo título de professor emérito, o primeiro nos últimos 20 anos. E, pela primeira vez, será atribuído, por proposta da ECUM, o 22.º Honoris Causa, ao Nobel da Física, Alain Aspect, antigo colaborador da ECUM.

O reitor da UMinho parabenizou a Escola, uma das fundadoras, assinalando os contributos desta como ?essenciais? para concretização da missão e dos objetivos da Universidade. Saudando também a atual direção pela dimensão de concretização do seu plano de ação.

Falando sobre o futuro da UMinho, Rui Vieira de Castro destacou aquele que, para si, é um dos processos mais importantes, a ?transformação organizacional?.

Colocando o foco na revisão dos Estatutos, destacou dois eixos fundamentais, o primeiro, ?o reforço da autonomia das unidades orgânicas?, e o segundo, ?a busca de uma maior maleabilidade organizacional? que permita à Universidade responder à emergência de novas realidades. Apelando à participação da comunidade académica no processo que está em curso, sublinhou que ?não se trata aqui de assegurar uma maior representação do corpo A ou B, mas antes com um olhar focado naquilo que são as formas de organização que podem permitir, numa circunstância nova, encontrar as melhores formas de nos organizarmos para termos, ao nível das nossas unidades, uma maior maleabilidade e uma maior capacidade de resposta?, disse.

O responsável máximo da UMinho destacou ainda outros processos importantes em curso, ?a transformação da oferta educativa?, uma questão que para este, ?a Universidade tem dificuldade em olhar criticamente para projetos que já não correspondem os objetivos da sua criação?, assinalando que os cerca de 230 cursos conferentes de grau existentes na UMinho (mais de metade são mestrados, cerca de 60 licenciaturas e cerca de 60 programas de doutoramento), são ?um número que merece reflexão?, disse. Assinalando ainda, que a oferta não conferente de grau ?tem hoje e vai continuar a ter, cada vez mais, uma importância positiva para a instituição?, pelo que se deve olhar para ela como componente também da atividade docente dos docentes de carreira, ?isso vai acontecer mais tarde ou mais cedo?, patenteou.

Sobre a investigação e inovação, indicou que a UMinho apostou de forma ?ousada? nos dois instrumentos tornados disponíveis, o apoio do Orçamento do Estado à contratação de investigadores e o FCT Tenure, ?o nosso objetivo de atingirmos com estes dois instrumentos cerca de 150 investigadores de carreira na Universidade vai representar um salto qualitativo imenso para a nossa instituição?, alertando para a responsabilização que esta aposta traz, relativamente à capacidade de a UMinho ?traduzir esses recursos humanos em efetiva obtenção de financiamentos no quadro de projetos, sobretudo financiados por entidades que não as nacionais?, expôs.

Terminou, avisando que a Universidade ?não pode frustrar as esperanças, as expectativas que sobre ela são colocadas?, apontando que a ECUM ?terá aí um papel importante.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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