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Terça-Feira
O quarto dia das Monumentais Festas do Enterro da Gata foi dedicado à beneficência. Numa noite com mais de dez mil pessoas no Gatódromo, dez por cento das receitas dos bares da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) destinavam-se a ajudar ao pagamento das propinas dos alunos mais carenciados da academia minhota. Durante a tarde, alguns estudantes da Universidade do Minho (UM) procederam também à recolha de brinquedos, em Braga e Guimarães, com o intuito de os entregar a instituições de apoio à criança. Os Da Weasel e os bracarenses Monstro Mau foram as bandas responsáveis por chamar ao recinto a comunidade minhota.
«Estamos a planear conquistar pelo menos meia galáxia»
O «Funk, o Rock, e o Folk das décadas de 60 e 70. O groove, a energia rock e a boa disposição são os elementos usados ao vivo por este quarteto malvado como forma de cativar o público para de seguida os mergulhar na desgraça» é assim que o Monstro Mau, a primeira banda a subir ao palco, se define.
Ainda sem nenhum disco gravado, o conjunto de Braga, a actuar em casa, impressionou o público presente. «As pessoas curtiram, dançaram e cantavam algumas coisas. Acho que foi uma óptima actuação», disse Alex, a vocalista da banda. A chave para esta boa recepção passou pela aposta num concerto com bastante interacção com a assistência, mas também por algum improviso à mistura. As músicas Dá ou não Dá e Mostro o meu Monstro pegaram logo à primeira.
No final da actuação, os Monstro Mau revelaram ao UMdicas que o seu nome representa «o lado infantil de toda a gente, do lobo mau, da criança que há em nós. É um bocado a exteriorização do mal transformando-o em bem». O quarteto maléfico disse ainda que já tem um álbum gravado e que o mesmo sairá ainda este ano. «Para nós é muito bom estar cá sem disco e melhor será já com o disco».
Em tom de brincadeira, os músicos, que estão a combater pelo lado negro da força, falaram ainda sobre as perspectivas para o futuro. «Nós estamos a planear conquistar pelo menos meia galáxia. Como não tínhamos dinheiro para o armamento decidimos tocar. Não está a ser fácil. Era bem mais fácil com o armamento, mas acho que vamos chegar lá».
Da Weasel trazem Amor, Escárnio e Maldizer ao Enterro
O recinto foi pequeno para receber a Doninha. Os Da Weasel vieram até ao enterro para mostrar um novo disco, intitulado de ?Amor, Escárnio e Maldizer?, cuja primeira faixa é ?Dialectos de Ternura?.
Foi disco de platina no próprio dia de lançamento e está-se a mostrar um êxito passado pouco mais de dois meses. O álbum inclui um elenco de convidados que reflecte o amadurecimento artístico do grupo. Conta com o pianista Bernardo Sassetti para o tema intimista “A palavra”, os Gato Fedorento para um interlúdio humorado e o maestro Rui Massena, com quem já tinham trabalhado anteriormente, que fez arranjos orquestrais para três temas. A presença mais internacional será a da Orquestra Sinfónica de Praga, com a qual os Da Weasel gravaram os três temas com arranjos de Rui Massena, na República Checa.
Completamente frescos, os Da Weasel dizem não ter nenhum método para manter o público fiel e envolvido durante todo o concerto como aconteceu no Gatódromo.
Jay Jay refere que ?é do melhor? actuar para o público universitário, pois estão sempre muitos animados.
Como apresentaram um alinhamento diferente, dando a conhecer o novo álbum, sentiram que foi um grande risco, mas estão felizes pela resposta mais que positiva do público. Segundo o grupo, o single entranhou-se com facilidade e resulta muito bem ao vivo. Pacman sabe que o disco ?Amor, Escárnio e Maldizer? não é um disco fácil, ?é preciso ouvi-lo atentamente, dar-lhe tempo para se enraizar?.
Mais uma vez, este trabalho é em português e o grupo não atribui nenhum motivo especial, ?não importa qual a língua em que nos expressamos, mas sim aquilo que transmitimos? refere Pacman e acrescenta ainda que ?o que é preciso é haver cada vez mais música tuga a passar nas rádios. A verdade é que prefiro escrever música em português, porque me diz mais, sinto-a mais.?
Ao serem questionados sobre as ambições para o futuro, os Da Weasel dizem que estão numa fase de crescimento, de maturação. No momento as perspectivas são continuar a evoluir para alcançar o mesmo respeito, atitude e coerência de bandas que tanto admiram, como o caso dos veteranos Xutos e Pontapés.
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