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“Sei que pode ser um modelo esgotado em alguns países da Europa,
mas ainda não tivemos esta experiência em Angola e gostaria de estar ligado a
ela. Ver como as audiências reagiriam e ver como o angolano, que viveu a maior
parte da vida numa pressão diária por causa da guerra, reagiria a uma pressão
deste tipo. Era interessante ver e acompanhar de perto”, justifica. “Pode
parecer contraditório com a imagem que apresento ou o que represento, mas em
termos televisivos gostaria desse desafio”, acrescenta.
Jorge Antunes, conhecido como “Bebucho”, nasceu em Luanda
há 41 anos e é apresentador de programas radiofónicos e televisivos,
professor universitário, produtor, realizador, empresário e consultor. Começou
a trabalhar aos 8 anos na Rádio Nacional com a mãe Gabriela Antunes, escritora
já falecida e “a contadora de histórias das crianças angolanas”. A
partir daí não mais parou. Recordista nacional de natação, participou nos Jogos
Olímpicos em Seul com 16 anos. Na rádio e TV, o seu “Estrelas ao
Palco” trouxe 70% dos novos músicos do país. É hoje responsável por
programas de entretenimento em horário nobre, como “O Show de Domingo”, na
Zimbo, a única televisão privada do país. “Gosto do contacto com o público, de
ser útil, de partilhar conhecimento”, assume. Recebeu duas vezes o prémio de
melhor apresentador de entretenimento em Angola e esteve outras cinco vezes
entre os melhores.
Lançou os “novos milionários” de Angola
Além da UMinho, Jorge Antunes fez formações na Alemanha e Rússia,
pós-graduações nas universidades Complutense de Madrid e Virtual de Barcelona e
dá aulas na Universidade Privada de Angola. Regressou
este ano letivo a Braga, década e meia após a licenciatura, para tirar o
doutoramento em Ciências da Comunicação. “O mais difícil é conciliar a vida
profissional com as aulas em Portugal. Quero pesquisar a área da comunicação
estratégica das empresas petrolíferas a operar em Angola, relacionando as
relações públicas, o investimento social e o desenvolvimento sustentável”,
resume. Considera que “a UMinho cresceu muito fisicamente e em prestígio nos
últimos anos, as pessoas reconhecem um grande valor à qualidade da sua
investigação”.
Pai solteiro e bem-humorado, tem como lema trabalhar e acreditar,
muito. “Sou cumpridor, meticuloso e dedico-me aos projetos de corpo e alma. Fui
abençoado com várias oportunidades, nem todas fáceis, poderia ter desistido. E
também tive dificuldades, que as aproveitei para crescer, sempre de forma
honesta, justa, dedicada. Acho que isso fez com que a minha carreira tenha sido
sólida”, afirma. Na rua, as pessoas ainda o associam ao “Quem Quer Ser
Milionário” e perguntam-lhe como ficar ricas. “No início sugeria-lhes para
participarem no programa, depois passei a dizer que deveriam estudar e
trabalhar para isso”, explica, rindo.
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(Pub. Abr/2013)
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