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A
apresentação foi conduzida pelos comediantes Pedro Reis e Tiago 30, que estão
inseridos no projeto “Dois dos Varridos”. O primeiro momento da noite foi
protagonizado pelo grupo de percussão da Universidade do Minho, os Bomboémia. Um
grupo cultural extraconcurso que se tem apresentado com várias participações em
atividades académicas.
O
espetáculo seguiu-se com a atuação da Tuna com Elas – Tuna Feminina da
Associação Académica da Universidade dos Açores, que alegrou todos os presentes
com uma serenata composta pelo conceituado Tchaikovsky. Nos momentos seguintes
foi a vez da Tuna Feminina da Universidade Portucalense dar a conhecer o seu espetáculo,
apresentando-se cheia de adereços alusivos ao tema abordado, interpretando a famosa “Baiana”. Seguidamente, Feminis Ferventis, a Tuna Académica Feminina da
Universidade do Algarve, que revelou toda a sua energia.
A
Tuna Sadina, Tuna Feminina da Escola Superior de Educação de Setúbal
deslocou-se ao palco para que se fechassem as atuações de tunas a concurso.
Após
o seu espetáculo, a tuna organizadora começou por encenar uma pequena peça
teatral que assentou numa breve viagem ao Brasil, a qual retratou alguns dos
seus aspetos culturais.
Posteriormente,
as tunantes proporcionaram a todo o público um momento em que se escutam as suas
melhores canções, acompanhadas por alguns elementos fundadores que representaram
várias gerações. Todo este encontro tornou possível que a música intitulada “Guimarães Preciosa”, única faixa que ainda faz
parte da lista de canções da tuna atual, fosse interpretada por todos os
membros presentes.
Nos
momentos finais, deu-se a altura mais aguardada de todas as tunas participantes
que diz respeito aos prémios das diversas categorias. “Melhor tuna” – Feminis
Ferventis; “Tuna + Tuna” – Feminis Ferventis; “Tuna + Tema” – Tuna com Elas; “Melhor atividade” – Tuna Sadina; “Melhor solista” – TFUP; “Melhor instrumental” – Feminis Ferventis; “Melhor pandeireta” – Tuna com elas; “Melhor estandarte” – Feminis Ferventis.
Na
opinião de Patrícia “Poeta” Oliveira, presidente da Tun’Obebes, a nona edição
do festival correu bem – “O Sol que se fez sentir durante o dia contribuiu para
o sucesso das atividades que a organização promoveu durante a tarde…”. Quando
questionada acerca da escolha do tema, admitiu não haver “um motivo em
especial”. O gosto pela cultura brasileira e o facto de uma das mais recentes
músicas da tuna ser brasileira incentivou à escolha da temática. “O tema Brasil
causaria alguma animação, pois traz consigo um leque de músicas já conhecidas
pelo público em geral” afirma a magíster da tuna. A seu
ver “as tunas que estiveram a concurso superaram as espectativas” confessando que “A Tun’Obebes foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida!”.
“The songs are very sweet!”, foi com esta
expressão que Muhammad Tajuri demonstrou o seu agrado enquanto espectador do
festival. O estudante proveniente da Nigéria não compreende a língua
portuguesa, porém, ainda assim ficou fascinado com a sonoridade dos
instrumentos e foi através deste evento que se aproximou pela primeira vez do
género musical português que é considerado como sendo a alma portuguesa, o
Fado. Apesar de ter ouvido uma versão diferente da original, em “Chuva” de
Mariza, ali interpretada pela TFUP, Muhammad alcançou um pouco da intensidade
emocional que a música portuguesa consegue ter.
A tuna anfitriã encerrou o evento,
aproveitando para agradecer e dedicar uma última faixa a todas as mulheres, pois
comemorava-se o Dia Internacional da Mulher.
Marta Alves.
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