Start-ups e interfaces da UMinho mostraram-se em Guimarães
O Campus de Azurém foi palco no passado dia 19 de setembro, da montra do que de melhor se faz na Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM). O evento respirou inovação, empreendedorismo e o espírito criativo, e apresentou quatro dezenas de spin-offs, start-ups e interfaces nas áreas de engenharia, tecnologia e design, além de palestras inspiradoras, elevator pitches e momentos para novas colaborações e oportunidades de negócio.
Denominada de “Inovar & Empreender 2024”, a iniciativa contou ainda com a palestra de Luís Marques Mendes, “Inovação e empreendedorismo como motor de desenvolvimento económico e social”, na qual destacou que “estamos no sítio certo, na região certa e no momento certo”, realçando a Escola de Engenharia, Guimarães e o Vale do Ave como lugares “altamente empreendedores”.
Sobre o futuro, o comentador político referiu que o grande problema da Europa e de Portugal é o mesmo, “precisamos de criar riqueza”, “precisamos de um forte crescimento económico, mais sólido e mais sustentável”, disse. Continuando, sublinhou que sem esse crescimento económico, “é mais difícil financiar aquilo que é o mais decisivo na nossa sociedade, um bom estado social, pagar salários competitivos e impedir que os nossos talentos tenham de sair do país”, apontou.
Partindo do exemplo que é a EEUM, refere que “Portugal só pode ter razões para ter sucesso no futuro”, indicando que as soluções estão na “ambição”, no “investimento”, na “inovação” e no “empreendedorismo”.
O comentador televisivo e político falou ainda da necessidade “absolutamente indispensável” de uma “estratégia inteligente de imigração”, uma vez que não há nenhuma região no país que não se queixe da falta de mão de obra. Alertando ainda para a disponibilidade de um “enorme volume de fundos financeiros da União Europeia”, uma oportunidade para o país apostar em projetos inovadores que, a par da Inteligência Artificial, poderão determinar o futuro do país. Terminou, afirmando que “temos condições para ter sucesso”.
Para o Presidente da EEUM, Pedro Arezes, deve ser fomentado na Escola “aquilo que chamamos de uma cultura de inovação e empreendedorismo”, um ecossistema que, segundo este, “envolva não só a Escola, mas uma rede mais alargada de parceiros”.
Neste sentido, Raul Fangueiro, Vice-Presidente da Escola, apresentou a agenda da Escola para a inovação e empreendedorismo, o que pensa sobre a temática e a forma como pretendem que seja estrutural para a própria.
Esta agenda tem como principais objetivos: fomentar uma cultura de inovação e de empreendedorismo na EEUM; potenciar a capacidade de inovação do ecossistema associado à EEUM; estimular a criação e desenvolvimento de start-ups; promover parcerias de inovação duradouras com o tecido empresarial; e captar financiamento para novas ideias de negócio originadas no seio da comunidade da EEUM. Isto, a par dos eventos que vão decorrer ao longo ano, procuram incentivar e apoiar o know-how desta comunidade académica, visando o desenvolvimento de ideias e projetos de inovação e empreendedorismo.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves