Ana Paula Macedo quer transformar a ESE num centro de referência nacional e internacional
A nova presidente da Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho tomou posse ontem, garantindo que, para a concretização desta visão, pretende valorizar as pessoas da comunidade da ESE, promovendo a sua participação na vida institucional e o desenvolvimento individual de cada um.
A equipa foi eleita para o triénio 2024/2027, e, além da presidente, foram também empossados, como vice-presidentes, os professores Odete Sofia de Araújo e Rui Pereira.
O programa de ação para os próximos três anos assenta, segundo a nova presidente, em três pilares: “excelência académica, inovação na prática da enfermagem e expansão de parcerias estratégicas”.
Neste sentido, refere que será feito um “investimento na simulação clínica” no ensino da enfermagem, com o objetivo de oferecer “uma abordagem prática e segura para o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais dos estudantes, tais como competências procedimentais, reforçando a precisão e a segurança das práticas clínicas, diminuindo a probabilidade de erros em cenários reais”, afirmou.
Além disso, indica como objetivos “a capacitação contínua do corpo docente”, a “formação contínua do corpo técnico-administrativo e de gestão”, bem como o fortalecimento da “articulação e integração de projetos com outras organizações de ensino, de saúde, organizações não-governamentais e sociedade civil, ampliando as oportunidades de ensino clínico, estágios e experiências clínicas supervisionadas”.
A proposta da nova presidência visa “não só a melhoria contínua da qualidade académica, científica e pedagógica, mas também a preparação desta comunidade da ESE para um futuro desafiador e em constante evolução”, afirmou Ana Paula Macedo. Acrescentou ainda acreditar que a equipa reúne as condições necessárias para “conduzir a Escola de Enfermagem a novos patamares de excelência e impacto social”.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, defendeu que as universidades “nascem como uma organização de estudantes e professores”, uma matriz que afirma “não pode ser, em momento algum, esquecida”, apesar de haver, atualmente, “outras valências essenciais para a sua atividade”.
Segundo ele, há um quadro que a Universidade deve ter sempre no seu horizonte: “educação superior, promoção da educação científica, promoção do desenvolvimento social, económico e cultural, através da interação com a sociedade”, aspetos que aponta como “essenciais” para a missão da Universidade, mas realçando como “razão primeira de ser” os estudantes.
Um dos focos da mensagem do reitor da UMinho foi a autonomia das unidades orgânicas, indicando que “autonomia e responsabilidade são duas faces indissociáveis”, assegurando que a autonomia da ESE está garantida e que “há margem para reforço da autonomia financeira das unidades orgânicas”.
Face a isto, deixou palavras de confiança à nova presidente, sublinhando que o seu discurso o tranquilizou, no sentido de que este deixa muito claros quais são os objetivos a atingir pela Escola e qual a sua estratégia. “A estratégia será tanto mais bem-sucedida quanto for capaz de mobilizar toda a comunidade da Escola Superior de Enfermagem”, concluiu.
Texto: Ana Marques
Foto: Nuno Gonçalves