“
Naquela que foi a primeira participação de atletas portugueses (na modalidade de taekwondo) em Israel, a comitiva lusitana composta pelos jovens atletas Rui Bragança (-58kg), Nuno Costa (-63kg) e Ana Rita (-57kg) obteve uma série de excelentes resultados.
Esta prova pontuável para o ranking mundial contou com a presença de alguns dos melhores atletas europeus oriundos de países como a Rússia, França, Israel, Ucrânia e Suíça.
Ana Rita Lopes (aluna de enfermagem) foi a primeira a combater, tendo sido eliminada nos quartos-de-final pela russa Gurskaya Anastasia, que viria a conquistar a medalha de ouro.
Nuno Costa (Arquitectura), que após a vitória no Europeu de Sub-21 e a medalha de prata no Open de Manchester era tido como um dos grandes favoritos, não esteve à altura das expectativas. O futuro arquitecto foi “demolido” pelo israelita Sagir Adam nos oitavos-de-final. Nuno ocupa actualmente o 22º lugar do ranking mundial, na categoria de -63kg.
Rui Bragança, seria o ultimo a entrar em prova, mas o primeiro e único a conquistar uma medalha… e logo o tão almejado ouro. Bragança que foi apurado directamente para os quartos-de-final, bateu ai o seu rival albanês, Krasniki Mergim, por 21-10.
Nas meias-finais, e frente ao russo Basily Soblakov, o jovem aluno de medicina teve o seu mais duro teste. Foi um combate muito equilibrado, mas no final (15-11) prevaleceu a maior qualidade técnica do português.
Na final, e frente novamente a um adversário da terra dos czares, Rui Bragança teve um embate muito táctico e que viria a terminar com um resultado de 3-0 favorável ao atleta do ABC.
“Finalmente quebrei o enguiço dos quintos lugares!” foi com estas palavras e um sorriso no rosto, que o vencedor do Open de Jerusalém em -58kg se dirigiu aos seus colegas enquanto sai da área de combate. Rui tinha-se classificado em 5º lugar no Mundial Universitário, no Europeu de Sub-21 e no Open de Manchester.
Já de regresso a Portugal o atleta do ABC quis ainda deixar palavras de agradecimento à sua família, colegas de treino e patrocinadores pois sem eles “era impossível ter conseguido alcançar este fantástico resultado!”.
Esta vitória teve também um duplo significado especial para Bragança: foi o “segundo atleta português a conseguir vencer um Open Mundial” e fez-lhe ver a si próprio que tem o “necessário para chegar lá, ver e vencer”.
Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Out/2010)
“