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O programa do Cidade Berço começou na Sexta-Feira, dia 7, com a noite de Serenatas. As Tunas juntaram-se no largo da Oliveira, em Guimarães, e o público vimaranense pôde sentir o ambiente e a festa que caracterizam as Tunas Académicas. Rui Marques, Magister Tunae (responsável máximo) da Afonsina, considerou que a noite de sexta foi “um sucesso completo”. O Magister elogiou ainda a presença do público.
O grande momento estava guardado para a noite de sábado, onde as Tunas convidadas actuariam e competiriam pelo prémio de melhor Tuna. A Tun´Obebes, Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho, actuou antes de começar a competição. As poucas cadeiras vazias mostravam o potencial que a Tuna feminina tem actualmente. Diana Guimarães, Magister da Tun’ Obebes, revelou a sua satisfação por tocar em Guimarães. No meio de elogios à Afonsina, Diana afirmou que o próximo objectivo da Tuna feminina é a realização do festival “Serenatas ao Berço”.
Muita alegria na competição
A Tuna da Estudantina do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa abriu a competição. Com músicas alusivas à cidade de Guimarães, os Lisboetas captaram a atenção do público e do Júri. No final, o magister Lisboeta revelou que a Hinoportuna era favorita à vitória, e não se enganou. A Tuna de Viana do Castelo era a tuna que se seguia. Aqueles que iriam vencer o Festival tocaram cinco músicas, com várias dedicatórias. As principais características desta actuação foram a boa interacção com o público e muito humor.
A noite já ia longa quando a Transmontuna, Tuna Universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro entrou a cantar um fado muito original e carregado de humor. A música seguinte revelava um estilo tribal com instrumentos pouco característicos de uma Tuna, mas que animaram muito o público. Esta actuação foi, de facto, aquela que mais fez o público rir, vibrar e cantar. A animação esteve sempre presente e o final foi ainda melhor, com uma música dedicada à Afonsina que arrancou do público a maior salva de palmas da noite. O objectivo desta Tuna era, segundo o seu Magister “animar o público sem ligar a competitividades”.
A Desertuna, a Tuna mais nova em participação, ficava para o final. Com o público da Covilhã presente e sempre a apoiar a sua Tuna, a Desertuna teve como características principais as pandeiretas e o estandarte. O Júri esteve atento, e no final os prémios de melhor pandeireta e estandarte foram para a Tuna da Universidade da Beira Interior. Os seguintes prémios foram o de melhor solista (Transmontuna), melhor instrumental (Hinoportuna), melhor serenata e Tuna mais Tuna (Estudantina do ISEL), segunda Tuna mais Tuna (Desertuna) e, claro, melhor tuna, que foi para Viana do Castelo (Hinoportuna). O Magister da Tuna vencedora, Carlos Dias, mostrou-se “feliz” e “sem palavras para descrever a sensação de ganhar o Cidade Berço”.
Afonsina: “Ninguém saiu daqui defraudado comas actuações”
A despedida, ao som da Afonsina, foi feita com a festa dos homens de Viana. O Magister da Afonsina considerou, no final, que “os objectivos do festival foram alcançados”. Rui Marques confessou que a Tuna de Guimarães ainda tem esperança de realizar a próxima edição do Festival no Centro Cultural Vila Flor, pois “traz uma nova dimensão cultural à Afonsina e aos seus eventos”. O responsável disse ainda que o festival está muito perto de se tornar auto-sustentável, e que ninguém saiu do festival “defraudado com as actuações”. Os vencedores do ano passado, os Tunídeos, não marcaram presença pois, segundo a Afosina, são dos Açores e não têm muita disponibilidade para vir a Guimarães todos os anos.
Texto: Delfim Machado
Fotografia: Nuno Gonçalves