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Roboparty reconhecida como o maior evento de robótica educacional no Mundo!



O
evento que é promovido pela U
Minho,
através do seu Departamento de Engenharia e Eletrónica Industrial e
Computadores e pela spin-off SAR – Soluções de Automação e Robótica, é
conhecido por ser um evento non-stop (3 dias e 2 noites) em que os
participantes, agrupados em equipas de quatro elementos, aprendem a construir
um robô móvel autónomo que depois de construído passa por três provas para ser
testado (prova de dança, prova de perseguição e prova de obstáculos).

Tudo
aconteceu no Complexo Desportivo da UMinho em Azurém, com a abertura a decorrer
no dia 2, uma cerimónia que contou com a presença do Reitor da UMinho, António
Cunha, do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, do
responsável da Direção-Geral da Educação, João Carlos
Sousa, bem como responsáveis da Escola de Engenharia e do Departamento de
Eletrónica da UMinho, entre outros.

Para
Fernando Ribeiro, professor da Escola de Engenharia e grande responsável pela
organização do evento, a Roboparty é um evento que prima pela “diversão,
alegria e aquisição de conhecimentos”, sublinhando que a iniciativa é “meramente pedagógica e não competitiva”, onde se pretende que os jovens
adquiram conhecimentos sobre os vários campos da robótica e programação e, no
final, o robô criado fica para cada participante. Destacando ainda o facto da
Roboparty ser “um evento pedagógico, mas também lúdico, uma forma dos jovens
tomarem contacto com a UMinho, com esta área do saber, e ainda conhecerem a
cidade de Guimarães”.

João
Carlos Sousa, que esteve em representação do ministro da Educação revelou que o
seu ministério tem vindo a valorizar cada vez mais a área da robótica, pelo que
atualmente já existe um fundo próprio direcionado aos grupos de robótica das
escolas, financiamento ao qual todos podem aceder, bastando para isso que se
candidatem.  O responsável notou ainda
que a robótica tem cada vez mais adeptos, afirmando que “o número de
participantes duplicou desde a primeira edição, o que demonstra interesse e
dedicação”.


o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, afirmou que a robótica “é futuro
e que se interliga com as outras áreas do saber”, como a filosofia e muitas das
outras ciências. Transmitindo a todos os participantes que os dias da atividade
podem ser também usados para conhecer a cidade de Guimarães, pois “a cultura e
o humanismo andam de mãos dadas com a robótica” afirmou.

O
reitor da UMinho deu as boas-vindas a todos os participantes e às instituições
ali representadas, afirmando que a Roboparty é um evento “notável” pois promove
o “companheirismo e a camaradagem” e ao mesmo tempo desenvolve a curiosidade
que “
os leva a pensar mais longe”, dizendo acreditar que “certamente é isso que
vai acontecer esses dias”.

Posto
isto deram entrada no recinto os kits em peças do novo robô “Bot’n Roll One A”,
os quais foram distribuídos às mais de 120 equipas participantes, seguindo-se a
formação básica em eletrónica, programação e mecânica para permitir a
construção do protótipo, num ambiente de entreajuda e com apoio permanente de
90 estudantes de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores. Os muitos
participantes, na sua maioria, e como afirmou o professor Fernando Ribeiro “na
faixa etária dos 15 aos 18 anos,
sendo que o mais novo tem 8 e o menos novo tem 61 anos” colocaram mãos à obra e
durante os três dias non-stop
(os jovens trouxeram sacos-cama para dormir no recinto), construíram os robôs,
participaram nos desafios onde colocaram os seus robôs à prova, e participaram
em inúmeras atividades lúdicas e desportivas, como apresentação de
gadgets, atuações de DJ e da Tun’Obebes – Tuna Feminina de Engenharia da
UMinho, da Tuna Afonsina – Tuna de Engenharia da UMinho, fizeram “jogos sem
fronteiras” com polo aquático, trampolins, torneios de ténis de mesa, badminton
e xadrez, demonstrações várias e “internet wireless”.

Segundo
a opinião de alguns dos docentes que se deslocaram com os alunos à atividade, o
objetivo da participação é, principalmente para os mais novos, “que aprendam de
forma não competitiva e que tenham um primeiro contacto com a robótica”. Para
os alunos, o principal é “adquirir novos conhecimentos” e “preparar o futuro
académico”.


no sábado, dia 4 decorreu a entrega dos prémios aos três primeiros
classificados das provas:  na prova de Obstáculos,
o 1º classificado foi a equipa de Baião2 (Agrup. Escolas de Vale de Ovil), na
segunda posição ficou a ATEC_ARCI (ATEC – Academia de Formação) e em 3º a
FafeBot (Agrup. Escolas de Fafe). Na prova de Perseguição, em 1º ficou a ATEC_ARCI
(ATEC – Academia de Formação), em 2º a equipa Baião1 (Agrup. Escolas de Vale de
Ovil) e em 3º a FlashRobot (Agrup. Escolas de Gouveia). Na prova de Dança,
o primeiro lugar foi para a equipa ESMIRA, 2º para a EPA_CINE e 3º para a
Trolls.

O
Prémio Sociedade Portuguesa de Robótica
foi para o Agrup. Escolas de Gouveia. 

Texto: Catarina
Simões

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Mar/2017)

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