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Dádiva de Sangue na UMinho atingiu quase 300 Dadores Inscritos!

A Universidade do Minho (UMinho foi, mais uma vez, palco da Campanha de Dádiva de Sangue e Recolha de Sangue para Análise de Medula, que decorreu nos passados dias 25 e 27 de novembro, no campus de Gualtar. A colheita contou com um total de 293 dadores inscritos e seis recolhas para análise de medula.

Promovida pelos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), em colaboração com o Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), a campanha de solidariedade gerou uma verdadeira “onda” solidária, que se fez sentir ao longo dos dois dias, resultando em quase três centenas de dadores inscritos.

O bom tempo contribuiu para o sucesso da iniciativa, e foram muitos os que não faltaram à “chamada”. Desde aqueles que vieram pela primeira vez até aos que já fazem da dádiva de sangue uma verdadeira “rotina”, as centenas de dadores que acorreram ao espaço de recolha tinham um propósito bem definido: “juntar-se a esta causa e ajudar a salvar vidas”.

Foi o caso de Lilian Pereira, aluna do 1.º ano de Educação da UMinho, que, sendo dadora há já alguns anos, estava há algum tempo sem doar devido à falta de tempo. Aproveitou, por isso, a “oportunidade aqui no campus” para realizar a sua dádiva. Realçando a iniciativa, afirmou que “todos devíamos fazer isto com regularidade”, sublinhando a extrema importância do ato “para quem está a precisar e até mesmo para o banco de reservas de sangue”. “As pessoas devem ter consciência das necessidades de sangue e fazer este tipo de ato mais vezes. Acredito que muitas vezes é uma questão de informação. Afinal, não custa nada e não precisamos deste sangue que estamos a doar”, concluiu.

Mafalda Azevedo, Diretora para a Sociedade do Departamento Social da AAUMinho, ainda no primeiro dia, deu-nos um feedback bastante positivo da campanha. “As expectativas eram de alcançar os 150 dadores neste primeiro dia. Neste momento, a duas horas do fecho, já contamos com 106, por isso, acreditamos que vamos atingir o objetivo. Está a correr bem, estamos confiantes na adesão da comunidade e felizes com os resultados”, disse.

Segundo a dirigente associativa, a divulgação foi feita principalmente através das redes sociais e da lona gigante colocada junto ao CPII, que gerou grande impacto. Destacou ainda que foi feita uma aposta na proximidade com os estudantes, afirmando que “o trabalho de maior proximidade tem ajudado muito”.

A UMinho ergue a bandeira da solidariedade há muitos anos, sendo palco das Dádivas de Sangue e Recolha de Sangue para Análise de Medula desde 1999. Esta missão social visa ajudar na criação e manutenção de hábitos de doação e na formação de novos doadores para o futuro, contribuindo assim para o aumento das reservas de sangue no nosso país.

Alexandre Júnior estava na fila para fazer a sua dádiva, soube da colheita que estava a decorrer e achou que seria uma boa oportunidade para contribuir. “É sempre bom ajudar”, disse. “Este tipo de participação, este ato de contribuir com um bem essencial para salvar vidas, é uma atitude importante que deveria fazer parte da nossa rotina, dentro dos prazos aconselháveis”, frisou. O estudante do doutoramento em Ciências da Saúde apelou à participação das pessoas, afirmando que “devem ter a noção de que, sendo saudáveis e podendo vir, o devem fazer. Pode haver pessoas a precisar, e nunca se sabe se alguém próximo de nós pode vir a necessitar. Se todos fizermos deste ato uma rotina, haverá menos problemas com as reservas de sangue”, declarou.

Marta Barbosa tinha acabado de iniciar o seu caminho como dadora de sangue. Visivelmente feliz com o que acabara de fazer, disse sentir-se uma “heroína”. “É um sentimento bom. Achava que era algo muito difícil, mas é muito fácil. Uma coisa tão simples que pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, lembrou.

A estudante de Psicologia decidiu voluntariar-se porque tem ouvido que as reservas de sangue do IPST estão baixas, o que ajudou na sua decisão. Além disso, como referiu, o facto de a iniciativa decorrer dentro do campus “é excelente”, salientando que “incentiva os alunos a contribuir”, seja aqueles que já costumam doar, seja os que querem iniciar-se como dadores. “Dentro do campus é muito mais fácil”, afirmou.

Por norma, durante o ano letivo, as entidades promotoras da campanha realizam uma  colheita por semestre. “A próxima está prevista para março ou abril, embora ainda estejamos a acertar as datas com o IPST”, referiu Mafalda Azevedo. 

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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