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Cirurgia Minimamente Invasiva na Universidade do Minho

Artigo de opinião – Emanuel Carvalho Dias, Professor Auxiliar da Escola de Medicina, Universidade do Minho.
 
A Cirurgia tem uma história com mais de 200 anos que assenta no objetivo último de curar através da invasão do corpo. Embora, para a maior parte de nós esta constatação possa ser tão óbvia como natural, a história por detrás da evolução da Cirurgia é tudo menos óbvia e natural, e assenta em eventos de grande brutalidade, risco a que se associou muitas vezes enorme morbilidade e mortalidade. No entanto, após estes mais de 200 anos de existência, a Cirurgia sofreu mudanças radicais nos seus meios, a sua agressividade foi substancialmente reduzida e os resultados finais foram progressivamente melhorados ao ponto de se tornar indispensável na cura de várias patologias que afetam a humanidade.
 

A história evolutiva da Cirurgia tem um dos seus maiores marcos no século XX com o desenvolvimento e difusão mundial da Laparoscopia. Grandes incisões foram substituídas por incisões de 1 cm ou menos, onde pequenos instrumentos são introduzidos permitindo realizar os mais complexos procedimentos, dando assim origem à Era da Cirurgia Minimamente Invasiva. A aceitação da Mini-Invasão pelos Cirurgiões e pelos doentes foi de tal ordem que em poucos anos o padrão do tratamento cirúrgico da maior parte das patologias cirúrgicas passou a ser a via laparoscópica. Para além das vantagens imediatas para os doentes a cirurgia minimamente invasiva levou a uma padronização da cirurgia sem paralelo permitindo uma aprendizagem cirúrgica mais fácil.

No entanto, por mais padronizados que os procedimentos cirúrgicos sejam, nenhum ato terapêutico é tão vulnerável a imprevistos de eficácia e segurança como o são as intervenções cirúrgicas. É necessário por isso uma passagem permanente de conhecimento transgeracional onde cirurgiões experientes transferem o seu conhecimento para estudantes/cirurgiões em formação seja no Ensino Médico pré como pós-graduado. Ao longo dos últimos 20 anos a Escola de Medicina da Universidade do Minho (EM-UM) fez crescer o seu Laboratório de Ensino Cirúrgico Minimamente Invasivo tornando-se a principal referência nacional no Ensino Laboratorial da Cirurgia Minimamente Invasiva. O impacto da EM-UM no contexto do Ensino da Cirurgia Portuguesa é evidente, mas sobretudo este Anseio da EM-UM estar à frente no Ensino da Cirurgia, permitiu um desenvolvimento sem paralelo no tratamento Cirúrgico nos diferentes Hospitais do Minho. Esta interação entre formação na EM-UM e translação imediata para os Hospitais do Minho é a grande fonte inspiradora e motivacional que alimenta uma parte da Academia Médica Minhota.

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