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13.ª edição dos Prémios de Mérito Desportivo da UMinho galardoou 28 estudantes

Este foi, sobretudo, um momento de homenagem aos estudantes atletas que, a título individual ou coletivo, se sagraram Campeões Nacionais Universitários e que, em simultâneo, tenham obtido aproveitamento escolar de acordo com as condições previstas no Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo para o Ensino Superior. Os 28 estudantes atletas foram assim galardoados pela conjugação da excelência desportiva com o mérito académico, premiação relativa ao ano 2021/2022.

 

A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo decorreu no passado dia 20 de março, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, e contou com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, da presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, e do coordenador local de Braga do Desporto Escolar, Carlos Dias.

Nesta que foi a 13.ª edição do evento, os premiados resultaram de seis modalidades, sendo que o Voleibol Feminino e o Andebol Masculino foram as modalidades com mais premiados, 13 e 6, respetivamente. Para além destas, a Natação elegeu quatro atletas, o Taekwondo e Futsal dois e o Xadrez um.  Estes surgiram de 20 cursos da UMinho e de sete unidades orgânicas de ensino e investigação, sendo que as escolas mais representadas nos eleitos deste ano foram a Escola de Engenharia (11) e a Escola de Ciências (5).

Sobre a época desportiva transata, “que se revelou uma vez mais de muitas conquistas, medalhas, troféus e organizações”, como assinalou a administradora dos SASUM, a UMinho alcançou, a nível nacional, 80 medalhas, com 210 estudantes atletas a serem medalhados em 17 modalidades. A nível internacional, foram conquistadas três medalhas nos campeonatos europeus, com 16 estudantes a serem medalhados. Para além destas competições, a UMinho foi palco do Mundial Universitário de Futsal em julho, competição onde quatro atletas da Academia foram medalhados.

Apesar da atual conjuntura e dos constrangimentos financeiros, a UMinho voltou, pela 13.ª vez, a fazer este reconhecimento àqueles que alcançaram, simultaneamente, o sucesso nas competições desportivas e nas prestações académicas. “É um esforço da aposta inequívoca da Academia à prática desportiva e ao desenvolvimento da carreira dual”, sublinhou Alexandra Seixas.

Este ano, o montante atribuído aos 28 estudantes galardoados foi de 10.057 euros.  No total, e ao longo de todas as edições, já foram atribuídos 943 Prémios de Mérito Desportivo, num investimento global superior a 220 mil euros.

“Porque acreditamos que o esforço, a dedicação, a prestação de cada estudante sai reforçada com mais e melhores competências, competências essas transversais, reconhecidamente importantes no desenvolvimento pessoal, profissional e social de cada um, acreditamos estar a reforçar o papel da Universidade na construção de uma sociedade mais capacitada e preparada para os desafios do futuro”, concluiu a responsável dos SASUM.

“Hoje premiamos a excelência, a excelência desportiva, o sucesso académico e a conciliação dos dois”, começou por dizer a presidente da Associação Académica. Destacando a UMinho como de “referência” e “reconhecida” no que toca ao desporto, a nível nacional e internacional, bem como a nível do desporto informal. Relativamente ao sucesso académico, “na UMinho nunca se questionou o valor da prática desportiva e da sua conciliação com o estudo”, evidenciando que já em 1998, a UMinho implementou um regime especial para o efeito, “o qual abriu caminho para a criação do que é hoje o Estatuto do Estudante Atleta”, disse. Acrescentando ainda que “somos, por isso, um íman para todos aqueles que desejam o melhor dos dois mundos”.

Dando os parabéns aos estudantes atletas premiados, afirmou: “vocês são motivo de orgulho para a Academia (…) procurem fazer sempre mais e melhor, inspirando todos os que vos vêm como exemplo a seguir”.

Mas Margarida Isaías não terminou a sua intervenção sem deixar alguns apelos, desafios e chamadas de atenção, frisando que é na transição do ensino secundário para o ensino superior que se “verifica o maior nível de abandono da prática desportiva”, seja a um nível mais informal, como a nível federado. Apontando, também, para uma desatualização dos métodos de ensino nas universidades portuguesas, que referiu serem “pouco flexíveis aos diferentes percursos académicos, com uma carga horária excessiva e curricular exigente”, que não olha para o sucesso académico como o conjunto de aprendizagens dentro e fora da sala de aula, evidenciando que o investimento financeiro no desporto “tem de ser uma prioridade”, declarou.

Face a isto, a representante máxima dos estudantes assegurou que a AAUMinho irá propor, em sede de Reunião Geral de Alunos, investir 360.000 no departamento desportivo, um reforço em 100 mil euros face ao ano transato, isto no sentido de tentar travar o abandono da prática desportiva. “A maior contenção de custos e um menor número de estudantes atletas participantes, refletem a falta de financiamento”. Assinalando que existindo um desinvestimento, “torna-se impossível a manutenção de resultados e de reconhecimento”, mas mais importante que isto, “não estamos a conseguir promover o desporto nas universidades”, declarou. Para além disto, a líder estudantil apontou também a necessidade de melhorar as infraestruturas desportivas, “sem investimento não temos complexos desportivos capazes e eficientes”.

“Estamos aqui para celebrar este compromisso da excelência desportiva com o sucesso académico”, começou por dizer o Reitor da UMinho, um facto que serviu também para a reafirmação daquilo que tem sido um compromisso da UMinho em torno do seu projeto de promoção do desporto.

O projeto do desporto da UMinho é um projeto partilhado entre os SASUM, a AAUMinho e a Universidade, “esta é certamente uma das razões fundamentais do seu sucesso ao longo destes anos”, referiu Rui Vieira de Castro. Um projeto com “expressão”, “transversal”, “exigente” e que deve, segundo este, ser “sustentável”.

Perante os tempos de rarefação de recursos, o responsável da UMinho indica que não devemos “desistir”, mas “confiar naquilo que é o rumo certo pelos efeitos benéficos que traz para a nossa comunidade de estudantes e comunidade universitária no seu conjunto”.

Respondendo à interpelação lançada pela presidente da AAUMinho, que pretende investir mais no desporto, Rui Vieira de Castro disse que “a Universidade não se pode deixar ficar para trás” e, dentro daquilo que são as condições da Academia, “saberemos encontrar as formas de responder ao desafio que a AAUMinho nos deixa”, concluiu. 

Com uma intervenção no âmbito do tema “Os impactos do desporto escolar e da carreira dual na relação com o aproveitamento académico”, Carlos Dias começou por apontar que o desporto implica “sair da rotina”, “romper barreiras”, “trabalhar em equipa e cooperação”, destacando que “o desporto desenvolve competências muito importantes”, pessoais, humanistas e de desenvolvimento integral, mas que o mais importante é a “realização pessoal”. Expondo que esta é muito mais do que fazer uma vida académica somente, ou uma vida desportiva somente, “a realização é conseguir incorporar os valores que o desporto tem, é ganhar competências com a formação académica, e, com a conciliação dos dois, conseguir fazer uma carreira dual até ao final da sua atividade desportiva e da sua atividade académica”, patenteou.

O coordenador local de Braga do Desporto Escolar expôs ainda que, no distrito de Braga, são cerca de 11 mil os alunos praticantes de desporto escolar e todos os concelhos do distrito possuem ofertas desportivas para além do futsal. Deixando um apelo disse: “A escola precisa do desporto, o desporto pode ajudar muito no desenvolvimento integral dos alunos. Esta é a nossa missão, de todos nós”.

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves 

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