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“O nosso trajeto faz-se de muita ambição e humildade”

Fundados a 25 de abril de 2008, a IPUM é um grupo irreverente e inovador, marcado por ritmos contagiantes.
 
Apenas com 14 anos, mas já com muitos quilómetros nas pernas, o grupo foi formado em 2008 por um grupo de amigos que procurava explorar vertentes musicais diferentes das que já existiam na academia. O gosto pela recolha e desenvolvimento de ritmos tradicionais, acompanhados pelo potente som das gaitas transmontanas, deram origem à identidade da IPUM (Percussão Universitária do Minho). A data da sua fundação, 25 de abril de 2008, dizem eles “condiz bem com os nossos valores de irreverência e inovação”.
 

O UMdicas esteve à conversa com a direção do grupo para saber mais sobre os IPUM, sobre a sua origem, trajeto, sobre os seus projetos e sobre o seu futuro.

De que é feito este grupo e como se caracterizam?

O grupo é aberto a todos, sendo ele misto, quer sejam alunos da academia minhota, quer sejam ex-alunos, que ajudam a compor o departamento de reumáticos do grupo. Os únicos pré-requisitos são o gosto pela música, boa disposição e energia para pôr as peles a vibrar com os nossos ritmos contagiantes. Damos formação a todos os membros seja na percussão, gaita de foles, danças e degustação de boa bebida e comida.

Como descrevem o vosso trajeto?

O nosso trajeto faz-se de muita ambição e humildade. Sabíamos das dificuldades da criação de um novo grupo e sempre tentamos apontar aos grandes eventos nacionais. Ao levarmos o nome da IPUM a todas as regiões portuguesas levamos também o nome da nossa academia, a Universidade do Minho. Neste trajeto destacamos a participação em várias edições do Festival Geada (Miranda do Douro), Flaviae Fest/Identidades (Chaves), L Burro i l Gueiteiro (Miranda do Douro), programa Verão Total da RTP1 e participação em várias feiras medievais e recriações históricas.

Em que se destacam e diferenciam os IPUM dos outros grupos culturais?

A IPUM é um grupo inclusivo que não olha necessariamente ao background musical que os elementos possam ter. Os azuis do Minho promovem aprendizagem, camaradagem e crescimento, tanto musical como humano. Somos um grupo de amigos que levamos para a vida toda.

Como caracterizam as vossas performances em palco? O que trouxeram e trazem de novo ao panorama cultural da Universidade?

A nossa performance só tem um segredo: dar sempre 100%. Não importa o tamanho do palco ou da plateia, o nosso som vai contagiar toda a gente. As gaitas transmontanas são certamente a parte que melhor nos destaca no panorama cultural da universidade.

Por quantos elementos é constituído o grupo atualmente e quem pode fazer parte dele?

Atualmente o grupo é constituído por cerca de 15 elementos ativos, sendo que qualquer aluno ou ex-aluno se pode juntar a nós.

No vosso percurso, quais os momentos e participações que destacam? Qual o vosso ponto alto do ano?

Destacamos as participações na récita do 1.º de Dezembro e as edições do festival Geada. A primeira por ser uma atuação da nossa academia para o público de Braga, em pleno Theatro Circo, a segunda por estarmos no nosso habitat natural, da nossa cultura musical. O nosso ponto alto deste ano, pós-pandemia, foi precisamente o regresso aos palcos na récita, juntamente com a Literatuna.

Quais os projetos do grupo mais importantes a curto/médio prazo?

A curto/médio prazo, temos o objetivo de expandir a nossa comunicação e divulgação, no sentido de cativar mais membros e aumentar o nosso leque de atuações. Em 2023, abrirão também aulas de gaita de foles e percussão tradicional, a todo o público.

A dinamização do grupo, torná-lo cada vez mais atrativo é, provavelmente, um dos vossos grandes objetivos. O que têm a dizer aos interessados em fazer parte do grupo?

É simples, “quem pratica música nela fica e com ela levamos a memória”. A IPUM é um grupo cultural irreverente onde para além de música, irão encontrar uma família.

Qual é maior sonho do IPUM?

O maior sonho da IPUM não pode ser descrito por palavras, porque nem o céu azul é o limite. 

2020 e 2021 foram anos particularmente difíceis para a cultura. Como viveram este período atípico? 

A pandemia trouxe bastantes constrangimentos, não só a nós como a todos os grupos culturais. Reinventámo-nos, procuramos manter o contacto virtualmente, compusemos uma música e videoclipe, procurando também estar junto do nosso público.

Que iniciativas têm sido levadas a cabo pelo IPUM, no sentido de, nestes tempos complicados, continuarem a estar próximos dos vossos públicos?

Aumentar o número de partilhas nas redes sociais, relembrar bons momentos através de fotografias e vídeos, sempre com a promessa que não foi um adeus, mas um até já.

Como veem o panorama dos grupos culturais universitários em Portugal e a nível internacional?

Os grupos culturais têm um papel importantíssimo no que é a tradição académica portuguesa. Os universitários que neles participam levam uma bagagem que não encontram em mais lado nenhum, isso distingue-nos das universidades internacionais, excetuando a tradição académica espanhola. Por isso é bom ver, não só a IPUM, mas também os outros grupos da Universidade do Minho a representar Portugal além-fronteiras.

Como analisam o contexto dos grupos culturais na vida da Universidade e de um universitário?

Os grupos culturais, sendo constituídos por elementos de diferentes cursos, permitem um intercâmbio de conhecimentos e valências. Sendo um grupo organizado também são adquiridas soft skills tão importantes no mercado profissional de hoje em dia. Aquilo que somos está ligado à nossa cultura e se esta for esquecida então também seremos esquecidos.

Uma mensagem à comunidade académica?

Está cientificamente comprovado que duas horas de ensaio por semana na IPUM ajuda a reduzir os efeitos do stress induzido por frequências e exames. Para mais informações consulte as redes sociais, acompanhem o nosso trabalho e venham experimentar, todas a terças e sextas-feiras, às 21h30 no auditório 0.08 do CP1!

Texto: Ana Marques 

Fotos: IPUM

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