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“... podemos estar muito orgulhosos da qualidade e do nível dos grupos culturais universitários portugueses...”

Os Bomboémia são um dos grupos culturais mais recentes da Universidade do Minho (UMinho), surgidos de uma reestruturação do antigo grupo de gigantones, cabeçudos e Zés-Pereiras da Academia Minhota. Fundados a 14 de setembro de 2004, o grupo caracteriza-se, principalmente, pela sua energia e diversão, sendo o seu ponto alto do ano o seu festival, o “Do Bira ao Samba”. O UMdicas esteve à conversa com a direção do grupo para saber mais sobre os Bomboémia, sobre a sua origem, trajeto, sobre os seus projetos e sobre o seu futuro.
 
De que é feito este grupo e como se caracterizam?
 

Os Bomboémia são um grupo muito dinâmico e inovador, algo que surge com bastante naturalidade devido à ligação com a UMinho e que nos traz imensos jovens com ideias novas e com um pensamento muito diferenciado. Para além disso, é um grupo onde podemos encontrar pessoas de todas as idades, o que cria um ambiente muito abrangente e inclusivo. Estas são características que se sentem mais no dia-a-dia do grupo e que não são tão visíveis em, por exemplo, nas atuações. No que diz respeito a características mais óbvias, os Bomboémia são extremamente divertidos e energéticos.

Como descrevem o vosso trajeto?

Inicialmente, os Bomboémia focavam-se na percussão tradicional, mas, com o avançar dos anos, decidiram investir noutros projetos e ritmos. Algo que está muito ligado à origem do nosso festival “Do Bira ao Samba”, que representa o percurso do grupo, algo que é notório no próprio nome, onde o “Bira” representa as nossas raízes mais tradicionais e o “Samba” os novos ritmos que o grupo introduziu.

Em que se destacam e diferenciam os Bomboémia dos outros grupos culturais?

A nível musical, damos maior ênfase à percussão que gostamos de acompanhar com movimentos dinâmicos e expressivos da energia que emitimos. De resto, mantemos o espírito de união e companheirismo que é inerente a qualquer grupo cultural.

Como caracterizam as vossas performances em palco? O que trouxeram e trazem de novo ao panorama cultural da Universidade?

Costumam ser estrondosas, a abarrotar de energia e sorrisos nas caras, não só dos membros em palco, mas também do público que vibra sempre connosco. Acabam por ser elementos um bocadinho diferenciadores para os restantes grupos culturais devido à utilização de movimentação constante nas atuações e música com muito “power”, mas também se verifica isso quando se comparam os Bomboémia com outros grupos de percussão tradicional.

Por quantos elementos é constituído o grupo atualmente, e quem pode fazer parte dele?

Cerca de 140 membros passaram pelos Bomboémia, ativos (que têm participado em atuações e outras atividades de grupo) perto de 40. Os Bomboémia são abertos a toda a comunidade, exceto a membros com menos de 18 anos. De notar também que não é necessária qualquer formação/estudos na área da percussão para fazer parte do grupo, basta aparecer nos ensaios!

No vosso percurso, quais os momentos e participações que destacam? Qual o vosso ponto alto do ano?

No geral, as atuações que realizámos para a comunidade académica são sempre muito marcantes por causa da energia que o público nos transmite. As digressões por outras terras e países são sempre atividades de grande enriquecimento e que deixam boas memórias. Este ano realizamos uma tour, onde passamos por vários festivais da Península Ibérica (Andaluzia, Portimão, etc.). Finalmente, e talvez o mais importante, é a realização do nosso festival. A preparação do “Do Bira ao Samba” é sempre muito exigente, e chegar ao fim do festival e ver os frutos que esse esforço deu… é sempre muito gratificante. Este ano foi a nossa VIII Edição, sendo que em 2023 realizaremos a IX edição do festival.

Quais os projetos do grupo mais importantes a curto/médio prazo?

Diria que neste momento o principal é dar continuidade ao que temos vindo a fazer. Existe espaço para melhorar, mas é importante cuidar do ambiente confortável e divertido que já existe dentro do grupo, isto para manter os membros atuais do grupo motivados e para chamar à atenção a novos membros também. Obviamente, os projetos já mencionados anteriormente, como o “Do Bira ao Samba” e a realização de uma digressão, são metas que temos sempre presentes para todos os anos e que são sempre eventos de grande importância.

A dinamização do grupo, torna-lo cada vez mais atrativo é, provavelmente, um dos vossos grandes objetivos. O que têm a dizer aos interessados em fazer parte do grupo?

Que não tenham medo de experimentar um projeto quando têm interesse nele. Se têm a mínima curiosidade em conhecer os Bomboémia, venham a um ensaio ou falem connosco e explorem! Podem estar a perder a oportunidade de conhecer gente nova e de se apaixonarem por um projeto novo! Fica aqui a informação relativa aos ensaios: 2ªas e 5ªas feiras por baixo do Bar Académico de Braga às 21h30!

2020 e 2021 foram anos particularmente difíceis para a cultura. Como viveram este período atípico? 

Vivemos muito no momento, no sentido que tínhamos atividades e atuações planeadas e foram canceladas a menos de uma semana da data prevista. Isto deixou-nos um pouco instáveis a nível musical e a nível organizacional. Ainda assim, focamos os esforços em manter as pessoas ligadas ao grupo através de atividades online.

Que iniciativas têm sido levadas a cabo pelos Bomboémia, no sentido de, nestes tempos complicados, continuarem a estar próximos dos vossos públicos?

Realizámos o nosso festival “Do Bira ao Samba” em 2020 no formato como nunca imaginávamos, cuidados de higiene necessário, ao ar livre e com um número reduzido de participantes que necessitavam de inscrição prévia nos workshops e concertos. Mas, para além de termos o festival a acontecer fisicamente, estivemos em direto nesses momentos através da nossa página do Facebook, para que as pessoas pudessem desfrutar e recordar também edições passadas do nosso festival. Em 2021, acreditámos que era totalmente possível a realização do festival de uma forma mais próxima do público e assim o fizemos.

Como veem o panorama dos grupos culturais universitários em Portugal e a nível internacional?

Penso que podemos estar muito orgulhosos da qualidade e do nível que os grupos culturais universitários portugueses demonstram, tanto a nível musical como a nível de influência para a cultura do nosso país, mesmo quando comparamos o panorama nacional com o panorama internacional. As atividades, atuações e eventos que os grupos realizam são sempre focos de cultura e divertimento que mexem muito com as cidades onde estes acontecem.

Como analisam o contexto dos grupos culturais na vida da Universidade e de um universitário?

Os grupos culturais, na nossa opinião, são a manifestação daquilo que é a vida universitária. O conhecer pessoas novas, o aprender com os outros, o lidar com situações complicadas e saber gerir isso, o fazer amizades para a vida… tudo isto faz-nos crescer e, principalmente, dá-nos uma enciclopédia de memórias que ficam para sempre.

Uma mensagem à comunidade académica?

Para os que estão perto de terminar o seu percurso académico, esperamos que os Bomboémia vos tenham marcado de alguma forma. Seja por vos termos acordado em vésperas de exames com atuações no largo do Carpe ou então por vos termos dado um momento cheio de energia e divertimento num dia mais complicado.

Para os que acabaram de entrar ou que ainda têm uns anitos pela frente, se já tiverem interesse nos Bomboémia venham experimentar um ensaio! Para os que ainda não nos conhecem, estejam atentos às nossas redes sociais (Instragram e Facebook) para que possam saber por onde andamos! Assim terão a oportunidade de nos ver e, das duas uma: ou gostam, ficam curiosos e juntam-se a nós, ou então simplesmente gostam e vibram connosco!

Texto: Ana Marques 

Foto: Bomboémia

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