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Escola de Engenharia quer mais autonomia, agilização de processos e assinatura de um contrato-programa

Estas foram três das mensagens deixadas pelo presidente da Escola de Engenharia (EEUM), Pedro Arezes, na celebração do 48º aniversário da Unidade Orgânica (UO), decorrida no passado dia 4 de outubro.

O auditório nobre do campus de Azurém, em Guimarães, foi, mais uma vez, o palco para a comemoração do aniversário da instituição, que incluiu os discursos do vice-reitor para a Investigação e Inovação da UMinho, Eugénio Campos Ferreira, e do presidente da EEUM, bem como o reconhecimento público de vários membros da Escola.

“O valor da Escola está sempre associado à excelência do desempenho dos seus membros”, começou por dizer Pedro Arezes, reconhecendo o valor de todos os que trabalham em prol da EEUM, sejam docentes, investigadores ou técnicos, administrativos e de gestão, e até externos, alguns dos quais receberam prémios nesta cerimónia “uma escolha que não foi fácil”, admitiu o presidente.

Assinalando que a Escola teve, neste último ano, “um desempenho assinalável”, o responsável elencou alguns factos, como, por exemplo, o caso da Escola, pela primeira vez, ter a média de entrada mais elevada do país no concurso nacional de acesso, 18,86 valores em Engenharia Aeroespacial; a intensa atividade em termos de concursos publicados; a definição do Plano Estratégico da Escola para a próxima década, e o notável desempenho em termos de captação de fundos competitivos no âmbito das agendas mobilizadoras e verdes do PRR, projetos que representam cerca de 33 milhões de euros.

Apesar da satisfação pela performance demonstrada pela EEUM, Pedro Arezes deixou algumas mensagens de desagrado e exigência relativamente a situações que espera ver resolvidas. Indicando que é “absolutamente urgente que a Escola tenha capacidade de poder planear e desenhar um plano de rejuvenescimento de recursos humanos e retenção de talento”, acrescentando que a UO continua com “um défice de recursos humanos e de oportunidades de promoção que tenderá a agravar-se”, afirmou. Além disso, refere que é ainda urgente e muito desejada a “agilização dos processos administrativos, e, sobretudo, capacidade de decisão e autonomia, e fazê-lo em tempo útil”, apontou.

Assumindo-se como um dos principais motores da UMinho, nas palavras do seu presidente, a EEUM “não pode ficar refém do seu próprio sucesso”, quando, diariamente, não consegue desenvolver projetos por falta de orçamento, “é preciso que possamos ter um horizonte para as nossas ambições, eventualmente, através de um contrato-programa, figura que a EEUM já solicitou e sobre a qual continuamos sem perspetiva de como a podemos operacionalizar”, afirmou.

Além disso, Pedro Arezes pediu que se “eliminem os obstáculos à execução de projetos”, apontando a “simplificação dos atuais e longos processos de contratação”, “apoio à execução de projetos”, “simplificação na aquisição de equipamentos”, e não menos importante, “que seja prevista a manutenção atempada do edificado e dos equipamentos”, indicou.

Da parte da reitoria, em representação do reitor da UMinho, o vice-reitor respondeu a algumas reivindicações da EEUM, dizendo que “a revisão estatutária em curso dará mais autonomia às Escolas”.

Sobre os recursos humanos, referiu estarem em discussão instrumentos de apoio à vinculação e contratação de investigadores e professores, “o CRUP tem vindo a defender o estabelecimento de um contrato-programa para a estabilização das instituições científicas”, disse. Acrescentando, ainda, que a UMinho está a preparar “um programa de incentivos à retenção e atração de talento, nomeadamente, para quem atrai financiamentos europeus elevados”, destacou.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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