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23.º aniversário da Escola de Medicina marcado por novos projetos e bastante otimismo

Num balanço do último ano, o presidente da Escola de Medicina, Jorge Correia Pinto, falou dos desafios impostos, destacando, sobretudo, as dificuldades ultrapassadas que permitiram dar a volta a “um ano difícil”.

A sessão de comemoração do 23.º aniversário da Escola de Medicina decorreu no passado dia 9 de outubro, no auditório Zulmira Simões, durante a qual foi assinalado, também, o 20.º aniversário do Núcleo de Estudantes de Medicina da UMinho.

O responsável da Escola começou por dizer que, apesar do “ano difícil”, com “resiliência e esforço conseguimos dar a volta e manter o barco à superfície”, destacando a “formação de cerca de uma centena e meia de novos médicos”.

Salientando alguns indicadores do curso, apontou que os graduados da Escola de Medicina da UMinho “colam sistematicamente como primeiros classificados na seriação nacional”, e à entrada do curso, “tivemos a mais elevada percentagem de estudantes que escolheram a Escola como primeira opção (87%)”. A qualidade do curso resultou também no acolhimento do primeiro grupo de estudantes oriundos da Western Michigan University Homer Stryker, um programa de internacionalização que visa “promover oportunidades e desafios da globalização na formação médica de ambas as escolas”, disse, estando em curso parcerias semelhantes com outras entidades norte-americanas, no seguimento da estratégia de internacionalização da Escola.

Segundo Jorge Correia Pinto, a Unidade Orgânica (UO) ambiciona alargar o seu papel na formação e especialização clínica, “temos consciência da importância e das oportunidades desta vertente e estamos fortemente empenhados nesta missão”, afirmou.

No âmbito da evolução das carreiras, as Escolas Médicas Portuguesas estão a estudar a criação, a nível nacional, de uma carreira específica de docente clínico, “visa adequar-se aos desafios atuais e aspirações dos nossos clínicos com mais motivação académica”, referiu. Na investigação, serão anunciadas novas conquistas da Escola “muito em breve”, declarou, em princípio ao nível de captação de financiamento internacional.

O Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, evidenciou o “projeto de grande qualidade e bem-sucedido” que é hoje a Escola de Medicina, e, pegando na “deixa” do presidente da Escola que referiu que já não estávamos numa situação de “cuidados intensivos”, mas tínhamos passado para uma situação de “cuidados intermédios”, mostrou-se otimista quanto à situação da UMinho, que foi “penalizada durante mais de uma década” do ponto de vista orçamental, o que ditou uma “grave situação de subfinanciamento”, referindo que “julgo que já não estamos em cuidados intermédios, já estamos na enfermaria e estamo-nos a preparar para abandonar o hospital em que nos encontrávamos. É o que espero que se verifique e os sinais que temos vão nesse sentido”, revelou, tendo por base o cumprimento, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) da estabilização de uma nova fórmula de financiamento das instituições de ensino superior, “assente em critérios reconhecíveis e auditáveis, isso está finalmente alterado, e, felizmente, também porque vem criar novas condições para a concretização de um objetivo que estava inscrito no plano de ação da Universidade no período 21-25, o reforço da autonomia das UO”, apontou.

Com esta alteração da fórmula de financiamento, a UMinho passa a estar “positivamente discriminada”, criando novas condições para o desenvolvimento da sua atividade, e em consequência vai permitir, a atribuição de orçamento próprio às UO “acrescentando condições de previsibilidade e de estabilidade”, afirmou.

Um dos grandes problemas enunciados pelo responsável máximo da UMinho é, sem dúvida, “o caso dos investigadores com contrato a termo”, que na academia minhota são hoje cerca de 200 e que irão terminar os seus contratos, maioritariamente, nos próximos dois anos. “Para lá de ser um problema social, esta situação afeta também e de forma grave a solidez do nosso sistema científico”, referiu.

Para fazer face a isto, Rui Vieira de Castro deu a conhecer o novo mecanismo de financiamento, intitulado “FCT Tenure”, afirmando olhar “com alguma expectativa para o novo programa que nos é proposto”, mas alertando para os efeitos que poderão resultar “caso não se verifique nenhuma alteração na posição do MCTES” face ao problema.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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