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ELACH diz não ser deficitária, mas sim subfinanciada

A Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH) da Universidade do Minho assinalou no passado dia 13 de dezembro, o seu 48.º aniversário. Com críticas ao subfinanciamento da Escola, foram reclamadas mais e melhores condições infraestruturais, de equipamentos, de apoio e conforto para a sua comunidade.

“Dizem-nos a nós como a outras Escolas, a maioria delas, que somos deficitários”, afirmou o Presidente da ELASCH, João Rosas, criticando a Reitoria da UMinho pelo vocabulário empregue, uma vez que deixam a mensagem que a Unidade Orgânica (UO) e outros vivem acima das suas possibilidades, “mas não deixa de ser curioso que a Universidade use vocabulários diferentes para falar do seu problema orçamental quando se endereça à tutela, e quando se relaciona às suas unidades orgânicas”, afirmou, indicando que face à tutela, a Reitoria diz que a UMinho está subfinanciada, mas quando fala das suas Escolas/Institutos, a Universidade diz que são deficitárias e não subfinanciadas”, explicou. Propondo que a Reitoria passe a dizer às suas UO que “estão subfinanciadas”, uma vez que não gastam demasiado, mas pelo contrário, “não têm o necessário para funcionar devidamente”, patenteou.

Sendo a ELACH um desses casos, João Rosas refere que o seu défice “não decorre do desperdício e ainda menos do luxo, mas apenas do subfinanciamento face ao elevado número de alunos, formações que oferece, à investigação que desenvolve e à disseminação de conhecimento e cultura que realiza”.

Expondo as parcas condições em que a Escola e a sua comunidade vivem e desenvolvem a sua atividade, e comparando-se com escolas de fora, similares, como as Universidades do Porto ou Aveiro, “verificamos com alguma surpresa e mágoa, que outras aqui tão perto, pertencendo ao mesmo sistema de ensino superior, têm mais docentes por número de alunos, mais docentes de carreira, melhores infraestruturas físicas, melhores bibliotecas e acesso a bases de dados “.

Criticando também o Governo, afirmou, “dizem-nos, no discurso político corrente, que há muito dinheiro por aí”, referindo-se a fundos europeus, PRR, etc., financiamentos que depois não servem e não se enquadram no que a ELACH precisa, “o dinheiro que existe dá sempre para coisas que não queremos ou de que não precisamos, mas não para as nossas verdadeiras necessidades”, afirmou.

O vice-reitor da UMinho, Eugénio Campos Ferreira, destacou a grande relevância da Escola e os contributos expressivos para afirmação da UMinho, apontando a elevada procura social do seu projeto de ensino, a sua capacidade de se reinventar, a sua relevante atividade de investigação, interação com a sociedade e a sua intensa atividade cultural. 

“Retenho uma carteira recheada de mensagens para entregar ao Sr. Reitor”, disse, referindo-se às queixas do presidente da ELASCH sobre as dificuldades orçamentais e sobre o subfinanciamento, sobre as más condições das infraestruturas físicas e equipamentos, mas assegurando que “não existe um menor apreço pelas artes e humanidades”.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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