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Cecília Leão aponta o “processo desafiador” que é construir uma organização baseada na ética

O Fórum Ética UMinho 2023 foi submetido ao tema “Ética e Integridade na Universidade” e contou com diversos oradores de todo o país. Um espaço ético-reflexivo que pretendeu estimular uma discussão alargada que permita captar o pensamento e visão da academia, numa perspetiva de desenvolvimento e interiorização dos valores e princípios éticos conducentes a uma conduta ética de integridade.

O evento anual foi promovido pelo Conselho de Ética e as suas Comissões de Ética para a Investigação, e realizou-se no passado dia 15 de dezembro, no campus de Gualtar.

Tendo o Conselho de Ética como compromisso de missão os princípios do respeito pela dignidade da pessoa humana, da responsabilidade pessoal e profissional, da integridade académica e dos valores de uma cultura social e ético-humanística nas várias vertentes da atividade da Universidade, para a sua presidente, Cecília Leão “esta tarefa nunca estará acabada”, uma vez que precisa de reflexão permanente, obrigando a um esforço conjunto de persistência e continuidade, envolvendo individual e coletivamente todos os membros da Universidade e todos os órgãos de governo e aconselhamento.

Segundo esta, “o sucesso de uma instituição está, intimamente ligado, à cultura sentida e vivida pelos membros da sua comunidade”, pelo que afirma que construir uma organização baseada na ética “é um processo desafiador que requer liderança e planeamentos fortes, assentes numa cumplicidade institucional de compromisso ético-humanístico, individual e coletivo, para a construção de uma comunidade académica onde cada indivíduo encontra o seu espaço e constrói em liberdade a sua missão”.

O reitor Rui Vieira de Castro realçou a importância do evento como forma de assegurar uma “progressiva atenção de todos os membros da comunidade daquilo que é a atividade do Conselho de Ética”. Sublinhando que a UMinho passou por um grande “processo de transformação”, traduzido em complexificação da vida institucional. “A nossa vida institucional é hoje mais complexa, mais desafiante, mais interpelante em muitas dimensões”, disse, apontando como fatores, “a crescente heterogeneidade da comunidade”, em particular de investigadores e estudantes de diversas origens sociais. 

O professor Jorge Soares, da Universidade Nova de Lisboa, assinalou que o Código de Conduta Ética deve ter duas grandes utilidades, primeira, “ser um instrumento de reflexão coletiva quando se constrói”, a segunda, “ser um guia de orientação preventiva das distopias de comportamento”.

A presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, na sua intervenção revelou que após uma auscultação aos estudantes, “a grande maioria não leu o código de conduta ética da UMinho”, pelo que sugeriu que é “importante passar do papel à prática”, indicando que a academia deve iniciar um trabalho no sentido de promover esse código junto dos estudantes, “não só saber, mas ser”, disse, apontando os docentes como detentores de um papel importante na promoção dessa discussão.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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