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Doar sangue é dar vida






 


A iniciativa decorreu no dia 20 de Abril, no Campus de Gualtar em Braga. A comunidade estudantil foi sensível à acção e aderiu em peso. A vice-presidente do departamento social da AAUM, Diana Oliveira, revelou que a academia tem sido recordista a nível de dadores nacionais. Este ano, foram 409 os Dadores Inscritos e 102 Recolhas para Análise de Medula.


No complexo desportivo e nas unidades móveis, estacionadas em frente ao Prometeu e à Escola de Ciências da Saúde, muitos foram os alunos dispostos a dar sangue e a candidatarem-se a dadores de medula. O processo para tal era muito simples: primeiro falavam com um assistente ao dador, depois preenchiam um inquérito com questões relacionadas com a condição física, hábitos de alimentação, estilo de vida, seguidamente, dirigiam-se a uma consulta de triagem e, se recebessem a autorização por parte dos médicos presentes, doavam então 450 ml de sangue. E todas as pessoas com bom estado de saúde, peso igual ou superior a 50kg e idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos puderam fazer a sua dádiva. Para a doação de medula óssea, os indivíduos, saudáveis e com 18 a 55 anos, fizeram apenas uma pequena colheita de sangue.








Às 10 horas da manhã, no Prometeu, junto da unidade móvel que, em letras vermelhas, dizia «Doar sangue é dar vida», estavam 15 estudantes que esperavam pela sua vez para poderem contribuir. Joana Ferreira, aluna do 3º ano do curso de Ciências da Comunicação, estava na fila há 10 minutos. Mas não era a primeira vez que doava sangue, tendo participado nas edições anteriores desta iniciativa. “Tendo em conta que o sangue é preciso a qualquer momento, todos nós devemos colaborar”, disse.



No complexo desportivo, encontramos duas estudantes do 5º ano de medicina que, não podendo dar sangue por pertencerem a um grupo considerado de risco (pois, a partir do 3º ano deste curso, os alunos têm os anos clínicos, passando o dia em hospitais e contactando com inúmeras doenças), distribuíam flayers e tentavam sensibilizar as pessoas por quem passavam. Contudo, Andreia Soares e Ângela Lopes, que têm participado, em anos anteriores, na organização da actividade, afirmaram reparar que a comunidade estudantil se mostrava informada, até porque a divulgação foi bastante (cartazes, mails, toalhetes personalizados na cantina, panfletos), por isso, estavam satisfeitas. Afinal “doar sangue pode salvar vidas” – como frisaram as estudantes, em uníssono.








Albina Oliveira, administrativa do atendimento ao dador, deu-nos conta que, após a recolha de sangue, este vai para o Centro Regional do Sangue, do Porto, onde é analisado e separado em vários componentes (plasma, plaquetas, globos ruivos, etc), e depois os hospitais e clínicas de todo o país que precisarem recebem as unidades necessárias. Por sua vez, as amostras de sangue para doação de medula óssea, são analisadas pelo Instituto de Hiscompatibilidade, que introduz na base de dados as características do sangue recolhido e, mais tarde, entram em contacto com o dador se for encontrada alguma situação de compatibilidade.


A vice-presidente do departamento social da AAUM, Diana Oliveira, salientou que “infelizmente, o sangue não dá para fazer, e, portanto, ter iniciativas destas promove uma grande adesão, tanto dos estudantes da academia como de pessoas de fora da UMinho. O que acaba por ser um acto nobre”. Esta actividade tinha como principais objectivos aumentar o número de dadores e consciencializar a comunidade estudantil para o facto de dar sangue ser partilhar um pouco de saúde e, também, para a importância da doação de medula – sobre a qual as pessoas ainda estão pouco informadas. Para além desta colheita, e da do próximo dia 27 de Abril no Campus de Azurém, decorrem dádivas semanais no gabinete de apoio médico do SAS. “Portanto, isto acaba por ser um processo contínuo”, informou Diana Oliveira.




Texto: Diana Sousa



Fotografia: Nuno Gonçalves

nunog@sas.uminho.pt





(Pub. Abr/2010)

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