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Este Doutoramento Honoris Causa foi proposto simultaneamente pelas Faculdades de Medicina, de Farmácia, Ciências e Odontologia e aprovado por unanimidade pelos vários Conselhos e Órgãos internos da Universidade de Granada. A atribuição pretende simbolizar o reconhecimento e homenagem, por parte da instituição espanhola e da sua comunidade académica, pelas contribuições do cientista Rui Luís Reis para o desenvolvimento a nível global da medicina regenerativa e da engenharia de tecidos humanos.
Esta é a segunda vez que a academia de Granada atribui Doutoramento Honoris Causa a um português, após José Saramago ter sido investido a 18 de Maio de 2001. A distinção a Rui L. Reis “resulta claramente da sua liderança internacional na área da medicina regenerativa e engenharia de tecidos humanos, biomateriais e células estaminais, nomeadamente as actividades que tem desenvolvido e o modo como tem conseguido liderar parcerias de grande dimensão à escala global e promover esta área cientifica a nível internacional”, referem fontes da Universidade de Granada.
É o investigador europeu com mais publicações na área
Acrescentam que Rui L. Reis é o investigador europeu (e o segundo do mundo) com mais publicações neste domínio e que edita uma das mais prestigiadas revistas da área, o “Journal of Tissue Engineering and Regenerative Medicine”. O premiado dirige também o grupo de investigação 3B’s da Universidade do Minho, considerado o grupo europeu de maior dimensão a trabalhar neste ramo. O cientista é ainda CEO do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, inaugurado em Junho de 2009 no AvePark (Caldas das Taipas, Guimarães) e com filiais em 22 locais de 13 países europeus.
Os representantes de Granada sublinham que o homenageado “encarna o que antes significava ser um génio português no mundo: uma ambição exploradora e a capacidade de transformar os resultados da sua investigação em bens tangíveis e úteis para a sociedade; caracteriza-se ainda pela enorme capacidade de trabalho e criatividade, permitindo projectar no seio da sua Universidade e do seu entorno regional um desenvolvimento que permite gerar riqueza e novas oportunidades cientificas e empresariais”. As suas diversificadas actividades são “um modelo a seguir e um estímulo para os mais jovens”.
O mais jovem a receber Honoris Causa em Granada
Questionado sobre o significado da distinção, o perito da UMinho afirmou: “É uma grande honra dado o prestigio da Universidade de Granada e por não ser muito normal este grau ser atribuído a cientistas ainda jovens e em plena actividade, portanto vejo não só como um reconhecimento do que tenho conseguido fazer, mas como responsabilidade de fazer mais no futuro”.
“Não tenho nenhuma ligação à Universidade de Granada, qualquer aluno ou projecto em conjunto, pelo que se trata de uma distinção genuína e independente, e isso torna-a mais emocionante e valiosa”, continuou. “Obter um grau destes com origem em Faculdades de Medicina e de Saúde orgulha-me ainda mais dada a minha formação original em Engenharia de Materiais. Como afirmarei no final do discurso em Granada, citando Marie Curie, ‘Amanhã é um novo dia e há muito para fazer!'”.
(Pub. Mai/2010)
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