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Equipa de Química da UMinho premiada na Malásia

O trabalho foi desenvolvido no âmbito do doutoramento de Luísa C. Rodrigues, que é orientada pelos professores Maria Manuela Silva e Michael J. Smith, ambos do Departamento de Química da UMinho. Além destes três investigadores, o trabalho distinguido é da co-autoria de A. Gonçalves e E. Fortunato, ligados ao Departamento de Ciência dos Materiais/CENIMAT da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. A 3rd International Conference on Functional Materials & Devices (ICFMD 2010) foi organizada recentemente pelo Centre for Ionics University of Malaya (CIUM), no Hotel Permai Inn, em Kuala Terengganu, Malásia.

 

Resumo do trabalho

 

A combinação à escala nanométrica de compostos orgânicos (O) e inorgânicos (I) ou bioactivos num único material levou ao desenvolvimento de uma nova área na ciência de materiais. Os materiais híbridos O-I são definidos como nanocompósitos com componentes orgânicos e inorgânicos ligados atraves de pontes de ureia. Os materiais híbridos O-I apresentam inúmeras vantagens: são flexíveis, apresentam uma pureza controlada, uma vez que são obtidos a partir de precursores puros; facilmente moldados, apresentam boas propriedades mecânicas, excelentes qualidades ópticas e permitem encapsular quantidades consideráveis de centros emissores, os quais são protegidos pela matriz hospedeira.

 

As aplicações dos nanohíbridos O-I, no laboratório de Electrólitos Poliméricos da UMinho, foram a nível das baterias de lítio do estado sólido e dispositivos electrocrómicos, como por exemplo “janelas inteligentes”. A capacidade para alterar a coloração de janelas ou superfícies, controlando assim a transmissão ou reflexão da luz visível e da energia solar, tem sido um sonho de arquitectos e construtores de automóveis ao longo de anos, visando melhorar tanto o conforto como a eficiência energética. O trabalho apresentado foi aplicando o híbrido orgânico-inorgânico U(2000)n LiAsF6 num protótipo de uma “janela inteligente” (ver anexo). Este dispositivo muda de cor ao receber impulsos eléctricos.

 

As janelas electrocrómicas permitem controlar a luminosidade, ou seja controlar a sua transmitância em resposta a um estimulo eléctrico. Além das janelas existem já algumas aplicações que estão a ser comercializadas, nomeadamente espelhos interiores anti encandeamento, tecto de abrir em automóveis e em aeronáutica janelas de aviões e helicópeteros. A incorporação de uma célula solar nas janelas electrocrómicas pode tornar a janela auto-regulável, isto é, tirando partido da fotossensibilidade da célula solar, ou seja quando existe muita luz o sinal de tensão da célula é elevado e pode ser usado para colorir a janela.

 

Contactos

 

Escola de Ciências da Universidade do Minho

Prof. Maria Manuela Silva

Tel.: 253604058

Email: nini@quimica.uminho.pt

 

(Pub. Jul/2010)


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