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Concentração, Estratégia e Pressão marcam o CMU de Xadrez


 


A
multinacionalidade e a diversidade de culturas são bem notórias, quer para os
espectadores, quer para os atletas. O corpo de juízes de partida ganha também o
seu destaque, vestidos de polos vermelhos, num movimento sereno por entre as
mesas que suportam os tabuleiros, revelam o seu papel no decorrer dos jogos.
  


Uma
partida de xadrez pode ter a duração de 5 horas. A reposição de líquidos e de
calorias é importante durante todo este tempo, devido ao esforço e desgaste
mental que o xadrez requer. Desta forma, as idas à casa de banho são comuns,
logo após a aprovação e cedência de um dos árbitros da prova para que o atleta
possa abandonar a zona de jogo do recinto.


Os
resultados da tarde de segunda-feira passada foram promissores para os
portugueses. Embora que apenas com duas vitórias, e uma delas contra um
compatriota lusitano. André Viela e Joana Ribeiro conseguiram assim os
primeiros dois pontos para Portugal. Enquanto o jogo masculino foi disputado
entre os portugueses André Vielas e Pedro Rodrigues, o jogo resultante do
segundo ponto português foi conquistado por Joana Ribeiro frente à atleta do
Equador, Diana Castro. A diferença de pontuação no ranking representa uma
vitória bem conseguida pela portuguesa, que tem uma diferença de quase 300 pontos
para a equatoriana. A classificação do ranking é dada pela soma de pontos das
várias competições, considerada semelhante à utilizada no ténis.


Durante
o dia, alguns responsáveis máximos da Federação Internacional de Desporto
Universitário (FISU), passaram pelo local onde decorrem os jogos. Desta
visitas, destaca-se a passagem de Eder Leonz, durante a manhã e Luciano Cabral,
umas horas mais tarde, ambos vice-presidentes da federação.

Concentração
e estratégia são as palavras-chaves deste evento. Nas horas em que estas
parecem faltar, as bandeiras expostas sobre a cabeça dos jogadores, parecem
servir como um alento para continuar.


“Estes
eventos devem conjugar sempre desporto e cultura”

Eder Leonz, vice-presidente da FISU esteve
ontem de manhã na 12ª edição do Campeonato Mundial Universitário (CMU) de
Xadrez.

Em entrevista, o membro da FISU disse que “tudo está a correr bastante bem, o que se deve ao empenho e experiência das
pessoas que estão a trabalhar neste evento”. Eder Leonz mostrou também o seu
agrado pela cerimónia de abertura realizada no passado sábado, “daquilo que eu
vi foi uma cerimónia de abertura incrível, com destaque para os grupos musicais
e o centro histórico de Guimarães como pano de fundo”.

O vice-presidente suíço explicou ainda a
importância dos campeonatos de xadrez para a FISU. “Temos um programa na FISU
que se chama “excelência em corpo e mente” que inclui desportos como o xadrez
desta última parte. O xadrez é tão importante como o futebol ou outro desporto
mais popular, por isso tentamos sempre oferecer o melhor aos participantes
destes torneios”.

Eder Leonz realçou que os CMU são “uma
espécie de ferramenta de marketing para mostrar ao mundo que não só dos estudos
vivem as universidades”. “Continuamos a ter algumas partes para melhorar,
principalmente no estreitamento de relações com as federações locais”, disse
Eder Leonz.

No que diz respeito às dificuldades em
organizar um evento desta dimensão, o vice-presidente da FISU destacou que os
principais problemas que surgem relacionam-se com o transporte, a acomodação e
as refeições de todos os participantes. Mas, acrescentou, “o Comité Organizador
Local está a tratar muito bem deste assunto”.

Em jeito de conclusão, o vice-presidente da
FISU referiu que está “bastante impressionado com a cidade de Guimarães”. “Na
minha opinião, estes eventos deviam sempre conjugar o desporto com a cultura da
cidade onde se realizam”, finaliza Eder Leonz.


Fotografia:
Joana Fernandes

Texto:
Rita Magalhães e Rui Silva


(Pub. Ago/2012)

 

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