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“…estamos num patamar de organização superior”


Enquanto
Secretário-Geral do CO, em que é que consistem exatamente as suas funções?

As
minhas funções consistem fundamentalmente em ligar todas as áreas: as questões
que têm a ver com os recursos humanos e com a logística, com as necessidades em
termos de pavilhões, em termos materiais. E depois coordenar de alguma forma,
também, todas as áreas da competição onde estão envolvidas pessoas. Portanto,
por um lado recursos humanos, por outro lado instalações e materiais.

 

Qual o balanço que se
pode fazer deste Mundial Universitário de Futsal?

Acho
que o balanço é muito positivo. Comparando com os Mundiais Universitários a que
temos assistido, nós estamos num patamar de organização superior. E isso também
é visível pela satisfação dos praticantes. Diria mesmo que o standard da nossa
organização está ao nível dos campeonatos do mundo e dos campeonatos da Europa
das diferentes modalidades.

 

O que é que a
organização desde evento significou para a Universidade do Minho?

Esta
organização faz parte de uma estratégia de desenvolvimento da actividade
desportiva na Universidade do Minho, onde nós encontramos estes eventos como um
factor de comunicação e promoção desportiva. Com esta organização criam-se
dinâmicas muito importantes em termos de know-how, nomeadamente em termos da
organização de eventos desportivos.

Comunicamos
uma boa imagem e o bom saber-fazer da Universidade no âmbito dos eventos
desportivos, mas também todos os agentes envolvidos, como a Associação
Académica, como a Federação Académica do Desporto Universitário, como Portugal.
Acabam todos por beneficiar desta organização, já que é um evento que teve o
empenho de muita gente para que tivesse sucesso e trouxesse benefícios para
todos.

 

Durante este Mundial,
quais dificuldades encontradas, e que aspetos há a melhorar para os próximos
eventos do género?

Bom,
desde logo houve algumas dificuldades de comunicação com alguns países,
nomeadamente sobre o prazo de inscrições e sobre alterações de alguma
informação que tínhamos recebido previamente.

Outra
das dificuldades foi a data em que se realizou: teríamos conseguido fazer as
coisas com mais tempo de antecedência se tivéssemos realizado noutra época do
ano. Estamos a fazer isto em Agosto, portanto em época de férias. Mesmo assim a
capacidade de recrutamento e o envolvimento dos voluntários foram muito bons,
mas teríamos certamente mais tempo para responder a algumas questões.

 

Falando em números. Qual
foi a dimensão do evento?

Tivemos
mais de 700 pessoas acreditadas, das quais cerca de 450 estão directamente
envolvidas no evento.

Em
termos de comunicação, os números de visualização das páginas têm sido
incríveis. A página de internet ? site do evento, já teve mais de dois milhões
e quinhentas mil visitas. O streaming tem sido um sucesso, certamente tivemos
cerca de oito a nove mil pessoas a verem os jogos em streaming em todo o mundo.

O
Facebook também tem sido bem-sucedido – numa semana, mais de cem mil visitas.
Tem sido muito bom em termos de comunicação, e também nos próprios jogos,
nomeadamente quando joga Portugal, as bancadas têm estado cheias, o que é muito
bom.

Esta prova, na sua
perspectiva, vai ajudar a potenciar a modalidade do futsal, no masculino e no
feminino, a nível nacional?

A
ideia é também um pouco essa: é aproveitar estes eventos que se situam logo
abaixo dos grandes eventos de top mundial como uma forma de preparar os atletas
e as selecções para que possam estar perto dos níveis de desenvolvimento de
topo. Logo, em termos estratégicos, são eventos que para a própria Federação de
Futebol são muito importantes, para criar competências e criar experiência
internacional junto dos atletas e das equipas.

Da Universidade do
Minho, quantos atletas estiveram presentes?

Da
Universidade do Minho, esteve presente o Amílcar Gomes, que é o capitão da
equipa portuguesa e um dos melhores praticantes, certamente, do torneio.

Muita gente
desconhecerá o que engloba, em termos de trabalho e logística, organizar um
evento desta envergadura. Será que pode esclarecer um pouco acerca disso?

É
um evento que tem algumas particularidades. É um evento que faz parte do
calendário da Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU), mas que
depois é enquadrado igualmente pela FIFA e pela Federação Portuguesa de Futebol
(FPF), ou seja, não há aqui margem de erro.

É
preciso tentar nunca improvisar, e ter o evento controlado. É um evento que
decorre de uma candidatura que tem lugar três a quatro anos antes, depois dois
anos antes é preciso ter as coisas mais ou menos definidas em termos das
restantes áreas. Há visitas de inspecção, e há standards que as instalações têm
que ter.

Depois
há toda uma logística de transportes, alojamento e alimentação que tem alguma
complexidade de colocar no terreno. Mas penso que, com a nossa experiência em
termos de organização de eventos, e com o trabalho fantástico que os nossos
voluntários, nomeadamente os estudantes da Universidade do Minho, e alguns
estudantes que vieram também de Portugal e do estrangeiro, conseguimos pôr aqui
um evento a funcionar com bastante qualidade.

Qual é o feedback que
tem obtido dos participantes?

Acho
que os participantes estão bastante satisfeitos. Poderão não o estar com a
parte dos resultados desportivos, mas isso não podemos controlar – depende
muito deles. Mas acho que o nível de satisfação é muito elevado, seja na
questão do transporte, alojamento e alimentação, seja na qualidade da parte
desportiva – da organização, da promoção do evento, das arbitragens. Penso que
não existirão pontos fracos neste evento.

Que mensagem deixaria
a todos os participantes do Mundial?

Em primeiro lugar agradeceria a participação,
porque isto depende sempre dos atletas, e dos países e equipas que se
inscrevem. E depois, que levem boas recordações da Universidade do Minho e de
Braga, e que um dia voltem, mais tarde, com as suas famílias, e que mantenham
uma ligação. Espero que isto tenha sido uma boa experiência para todos.

Texto: Ana Coimbra


(Pub. Ago/2012)

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