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Quim Barreiros tem
tido presença assídua nas festividades académicas da Universidade do Minho (UMinho)
cantando para os estudantes minhotos praticamente todos os anos desde 2005, ora
no Enterro da Gata ora na Recepção. Por sua vez, os Expensive Soul, cabeça de
cartaz do dia 18, regressaram ao Minho, pelo terceiro ano consecutivo para
atuarem, desta vez na Receção, sendo que em 2010 e 2011 atuaram no Enterro da
Gata.
A Receção, que este
ano celebrou a “Criação do Caloiro”, teve início com as Serenatas Velhas, no
dia 16, juntando os estudantes no Largo da Oliveira, em Guimarães, para
assistirem à atuação do Grupo de Fados da Universidade do Minho. Para quem
resistiu à chuva e ao frio que se fez sentir, a noite prologou-se no BA de
Guimarães com o chamado “Warm Up”.
No dia seguinte, o
recinto de Guimarães abriu as portas pelas 22h. Subiram ao palco duas tunas, a
Azeituna e a Tuna’Obebes, e de seguida, o Zézé Fernandes que trouxe consigo,
como é hábito, a sua coleção de instrumentos de cordas, entre eles o
cavaquinho. Mais tarde, ouviu-se a música do acordeão e da voz de Quim
Barreiros. A noite de quarta terminou ao som das composições seleccionadas e
rodadas pelos DJ’s Begueiros e DJ Moura.
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A noite de quinta
começou com a música da Afonsina. Entretanto, foram os quatro elementos dos
Prana que com um baixo, uma Guitarra Elétrica, uma bateria, um teclado e com a
voz de Miguel, deram inicio a um momento de música alternativa influenciada
entre outros por Pink Floyd, Ornatos Violeta, Chopin e Radiohead.
Os Expensive Soul
cantaram temas como “Dou-te Nada”, “Treze Mulheres” e o “Amor é Mágico”. A
dupla Demo e New Max levaram consigo uma banda completa, desde o baixo, a
bateria, as teclas, até aos coros, guitarras e instrumentos de sopro. Depois da
sua atuação, foi a vez da performance musical de United Soul Brothers, Overrule
e Electro Domestic.
É ao som da música
que os estudantes, dos mais novos aos mais velhos, se reúnem no recinto para
conviver. Um espaço onde os cursos se fazem representar pelas barraquinhas,
este ano estiveram presentes cerca de 30, que são um espaço de criatividade e
representação da identidade de curso numa festa aberta a toda a comunidade
académica.
Um evento como este
envolve uma verba que ronda os 80 mil euros, segundo Hélder Castro, o
Presidente da AAUM. Há um conjunto de despesas fixas como os transportes, a
segurança, a produção, entre outras, que são tidas em conta para além das
bandas seleccionadas. A par destas despesas há também uma equipa constituída
por mais de cem voluntários que trabalha nos “bastidores”, desde o controlo na
entrada, à zona de convites, o apoio no recinto, no armazém, e o apoio no backstage e no catering, segundo Hélder Castro.
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São também
voluntários alguns alunos de medicina e enfermagem que se disponibilizam para
assegurar “A Gata na Saúde”, um canto reservado para cuidados médicos
necessários. Na noite de quarta foram vários os estudantes que se dirigiram a este
canto devido a ferimentos, mas a maioria por se encontrar num estado de
embriaguez preocupante, segundo a responsável pela Gata na Saúde, Ana Sousa,
aluna do terceiro ano de Enfermagem. No dia 17, esta equipa, que conta também
com o apoio dos Bombeiros, assistiu cerca de 30 pessoas. “Acho [o número]
excessivo, principalmente devido ao estado em que as pessoas chegam aqui. Foram
duas pessoas para o Hospital, por exemplo. Não estavam em coma alcoólico mas
como não reagiam achamos melhor”, afirma Ana Sousa.
Num recinto que
acolhe entre cinco a oito mil estudantes aproximadamente, “os problemas acabam
por aparecer de uma forma ou de outra. Facilmente os estudantes bebem um pouco
a mais, o próprio ambiente sugere que isto aconteça”, na opinião do presidente
da AAUM. Nas suas palavras, entende-se que este é “o local para estas coisas
acontecerem, é o local para as pessoas se divertirem, por isso, às vezes há
alguns excessos que acabam por ter finais menos felizes”.
No entanto, a Associação afirma que tem feito alguns esforços para contornar o
problema da alcoolémica, juntamente com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ),
no sentido de aconselhar os estudantes a terem algum tipo de cuidado na
ingestão de bebidas alcoólicas.
Texto e Fotografia: Amália Carvalho
(Pub. Out/2012)
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