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A Gata dá à sola… ou talvez não!


Após
um ano de muito estudo, trabalhos, frequências e exames, chega aquele momento “mágico” do Enterro da Gata? antes de mais frequências e exames!

O
Enterro, como nós o chamamos aqui na UMinho, tem para muitos o seu ponto alto
na quarta-feira, com o tradicional Cortejo Académico. Todos os cursos preparam
carros e coreografias – uns mais que outros -e percorrem as ruas da cidade com
a característica irreverência e alegria dos estudantes.

Milhares
de alunos cantam e celebram, alguns choram, pois o ciclo universitário para
eles acabou, mas no final, o sentimento que prevalece, é aquele de profunda
alegria criado por memórias que o tempo jamais conseguirá apagar. Memórias de
novos amigos, memórias de experiências únicas, memórias de um novo “eu”,
memórias de uma universidade que abraçaram e que os abraçou.

Este
ano, o tema escolhido pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM)
para o Cortejo foi “A Gata dá à sola”, realçando desta forma o flagelo que
atormenta muitos dos recém-licenciados: a falta de emprego que conduz a uma
cada vez maior emigração.

Alguns
cursos, sobretudo na área das engenharias, não sentem este problema de forma
tão “intensa”, como são os casos de Engenharia Informática ou Engenharia de
Polímeros, mas outros, sobretudo nas áreas das Humanidades e Ciências Sociais,
a história é bem diferente!


Apesar
do tema não ser o mais alegre, o Cortejo prosseguiu de forma animada pelas ruas
da cidade até terminar junto ao Museu Nogueira da Silva, onde um júri avaliava
a decoração dos carros e as coreografias dos cursos.

Medicina
foi a grande vencedora de 2015, tendo Gestão ficado em segundo lugar e a Licenciatura
em Música em terceiro.

Foram
ainda atribuídas menções honrosas aos cursos de Arquitetura, Enfermagem e
Engenharia Eletrónica.

Após
o término “oficial” do Cortejo, muitos dos participantes fizeram questão de se
refrescarem no chafariz da Avenida Central, encerrando assim a sua participação
neste momento único da academia.

 

Texto
e Fotografia: Nuno Gonçalves

 

(Pub.
Mai/2015)

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