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Úlcera do pé diabético afeta mais a nível físico do que mental



Distinguido
pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, o trabalho é da autoria de Susana
Pedras, Maria da Graça Pereira, ambas da UMinho, e Rui Carvalho, da Consulta
Multidisciplinar do Pé Diabético do Centro Hospitalar do Porto. Teve como
objetivo a avaliação da qualidade de vida dos doentes com pé diabético
indicados para amputação. “O pé diabético, que atinge cerca de 15% dos
pacientes diabéticos, reduz a mobilidade e dificulta a realização de tarefas
simples, como os cuidados de higiene. É um problema de saúde que resulta da
neuropatia – distúrbio nervoso causado pelos diabetes –  e da doença
arterial periférica. Os sintomas incluem perda de sensibilidade local, dor e
formigueiros”, contextualiza Susana Pedras.

A
investigação contou com uma amostra de 152 doentes, maioritariamente reformados
e com uma idade média de 67 anos. Foram avaliados indicadores ligados às
dimensões da qualidade de vida física e mental, tais como a dor, o
funcionamento e a função física, a saúde geral, a vitalidade, a função social,
a saúde mental e o desempenho emocional. “Os valores obtidos encontram-se
abaixo dos previstos para a população portuguesa, sobretudo os relacionados com
a dimensão física, pois é a que afeta de imediato o dia-a-dia das pessoas”,
acrescenta.

Reformadas
com baixa escolaridade são mais vulneráveis

Acredita-se
que a dimensão mental comece a ganhar relevância sobretudo no processo de
reabilitação após a amputação. “O processo de luto pela perda de um membro, a
recuperação e a adaptação às limitações são momentos difíceis. Por outro lado,
os resultados indicam que, a médio prazo, a qualidade de vida aumenta se a
amputação for feita abaixo do joelho e se a mobilidade melhorar”, afirma a
professora Maria da Graça Pereira.

As
mulheres com mais de 65 anos, reformadas e com baixa escolaridade são o
principal grupo de risco deste estudo. Conhecer ao pormenor esta realidade
permite aos profissionais de saúde atuar de forma mais eficaz. “Os pacientes
devem, por exemplo, ser encaminhados para acompanhamento psicológico quando
apresentam dificuldades em aderir aos autocuidados, a fim de evitar a formação
de úlceras, longos períodos de internamentos e tratamentos dolorosos”, realça
Susana Pedras.

Este
estudo premiado enquadra-se numa linha de investigação sobre diabetes tipo 2,
coordenada por Maria da Graça Pereira, cujo objetivo é analisar o impacto das
variáveis psicológicas na adesão dos doentes com diabetes tipo 2 aos
autocuidados e à medicação, na cicatrização das úlceras em pacientes com pé
diabético e na qualidade de vida e adaptação à prótese em doentes com pé
diabético amputado.

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(Pub. Mai/2015)

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