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“O projeto ARCUM é um projeto sem limites”




O que é, e como nasceu, a ARCUM?

A ARCUM nasceu do interesse em
mostrar, e em não deixar esquecer, as tradições que nos caracterizam, tradições
académicas e da região minhota. Com esse objetivo, ergueu-se então, em 1991, no
seio da Universidade do Minho (UMinho), o projeto cultural ARCUM. Um projeto
que prima então pela dinamização e preservação dos costumes e tradições da
nossa região através dos seus grupos culturais e que proporciona aos estudantes
da UMinho a oportunidade de desenvolver competências e valências que não se
adquirem dentro de uma sala de aula e que certamente contribuirão para o seu
futuro profissional.

 

Quantos grupos são representados por esta associação?

Atualmente são representados pela
ARCUM, o Grupo de Música Popular, a Tuna Universitária do Minho, o Grupo de
Folclore da Universidade do Minho, os Bomboémia, o Grupo de Poesia da
Universidade do Minho e o mais recente grupo, a Tun?ao Minho – Tuna Académica Feminina
da Universidade do Minho. A associação conta ainda com a sua Escola de Música a
qual tem vindo a crescer de ano para ano.

 

Se um grupo cultural quiser fazer parte da ARCUM, o que é
que tem de fazer e quais são as vantagens de pertencer à Associação?

A ARCUM tem todo o interesse em acolher
um grupo que tenha os mesmos interesses que nós na divulgação das tradições e
que incremente valor àquele que é um projeto cultural com quase 25 anos. As
vantagens são inúmeras, sendo que qualquer indivíduo ou grupo que queira
pertencer a este seio beneficiará duma associação com uma vasta experiência na
área da cultura, forte dinamismo que anualmente a ARCUM projeta em terras
portuguesas e estrangeiras, e ainda grande espírito de entreajuda e união que
se revela na convivência e partilha de experiências entre tantos grupos.

 

Em que moldes é que funciona a vossa relação com a AAUM e a
UMinho?

A
UMinho é a Universidade que nos acolhe e que temos todo o prazer em representar.
Sem ela, e as respetivas entidades que a representam, e que nos têm vindo a apoiar,
dificilmente existiria a nossa associação. A AAUM obviamente que também é um
parceiro natural da ARCUM, uma vez que uma grande maioria dos nossos elementos
foi ou é estudante da UMinho. Tanto a Universidade como a AAUM têm interesse em
fomentar a cultura, ainda mais quando esta é dinamizada principalmente pelos
seus estudantes universitários, portanto, é normal a criação de sinergias e de
laços que unem estas instituições à ARCUM e aos restantes grupos culturais da
UMinho.

 

Quais foram os momentos mais marcantes da história da ARCUM?

Sendo o nosso principal objetivo,
o de manter e divulgar as nossas tradições, os momentos mais marcantes e dos
quais nos orgulhamos mais, são aqueles em que conseguimos com mais brilho,
cumprir esse mesmo objetivo. Dou principal destaque aos eventos que são realizados
anualmente, O FITU – Festival Internacional de Tunas Universitárias, o FUMP –
Festival Universitário de Música Popular, o FUAP – Festival Universitário de Artes
Performativas, realizado em 2012 no âmbito da Braga-Capital Europeia da Juventude, e ainda todas as oportunidades
que temos em divulgar o nosso trabalho e aquilo que somos, principalmente no
estrangeiro, destacando a nossa presença na Rússia, México, Irlanda e em vários
países da Europa Central e de Leste.

 

Recentemente surgiram no meio académico alguns novos grupos
culturais na academia. Voltou a ser moda estar numa tuna ou grupo cultural?

Não creio que seja uma moda, gosto
de pensar que há de facto um crescente interesse por parte dos estudantes em
enveredar pela música e sair da sua zona de conforto. No entanto, acho que este
interesse pode ainda crescer muito mais. A universidade é uma viagem durante a
qual, os alunos devem aproveitar para encher a sua bagagem de conhecimentos e
experiências, dentro e fora da sala de aula.

 

Como é que vocês veem o renascer do Grupo Folclórico?

O renascer do Grupo Folclórico é
motivo de grande orgulho para a ARCUM. Trata-se de um grupo emblemático da
nossa associação e que deixa a sua marca por onde passa. Já há algum tempo
vínhamos tentando aumentar a pouca atividade que este grupo tinha, mas sem
sucesso. Até que, no mandato do ex-presidente, José Gomes, e com a ajuda do
atual ensaiador André Marcos, conseguiu-se elevar uma vez mais o esplendor do
Folclore dentro da nossa casa e para toda a comunidade.

 

Recentemente estiveram envolvidos numa campanha de recolha
de alimentos para a Cruz Vermelha. Como decorreu esta atividade?

A atividade ultrapassou em muito as
nossas expectativas. Angariou-se certa de 4500 euros em géneros e conseguimos
assim contribuir para que aqueles que mais precisam tivessem uma mais recheada
quadra natalícia. A salva de palmas vai para Tuna Universitária do Minho que desenvolveu
esta atividade, em conjunto com a Cruz Vermelha e todos os restantes parceiros,
naquela que foi a primeira atividade das comemorações dos seus 25 anos.

 

O que é vos motivou a participar nesta iniciativa? É normal
a ARCUM envolver-se neste género de campanhas?

A motivação e o interesse para
este tipo de iniciativa é sempre enorme, mas era algo em que a ARCUM não se
envolvia com frequência. No entanto, uma das apostas para este ano será mesmo
esta, a responsabilidade social, sendo esta iniciativa o ponto de partida para
um ano no qual vão decorrer mais ações de âmbito social, principalmente
associadas à comemoração dos 10 anos dos Bomboémia e dos 25 anos da Tuna
Universitária do Minho.

 

Qual o vosso plano de atividades para 2015?

Em 2015, a ARCUM quer enriquecer, como
já é habitual, o seu plano de atividades. Sob alçada dos 25 anos da TUM
surgirão inúmeras atividades que nos levarão a uma viagem histórica desde a sua
aparição até aos dias de hoje, incluindo o grandioso XXV FITU. De igual forma, mas
inserido nas comemorações dos 10 anos dos Bomboémia, a cidade encher-se-á de
ritmo com as muitas atividades que serão realizadas havendo ainda uma pequena
surpresa, a qual não posso obviamente revelar! A Tun?ao Minho apresenta-nos
também este ano algo diferente, o seu primeiro Encontro de Tunas Femininas e,
para fim do ano, o Grupo de Folclore vislumbrará a cidade com a sua Feira
Rural. Para 2015, a ARCUM quer também sair da sua zona de conforto e enveredar
pela já referida responsabilidade social e pela educação não formal.

 

Passados que já estão alguns anos sobre a introdução de
Bolonha, como analisam agora o impacto que esta mudança teve nos grupos
culturais?

O
impacto de Bolonha tem-se diluído no impacto que a mudança da mentalidade dos
jovens teve. Nos últimos anos temos tido bastante interesse dos estudantes em
juntarem-se aos nossos diversos grupos culturais. No entanto, uma grande parte
destes acaba por ter uma passagem infrutífera pelos mesmos, acabando por os
deixar pouco tempo depois. Sem dúvida que não é fácil conciliar o estudo com a
vida social e a participação num grupo cultural ou algo equiparado no meio
universitário. Mas também não é difícil. Acima de tudo é necessário um
compromisso e força de vontade que são largamente recompensados pelos bons
momentos que se vivem e as recordações que levamos para a vida. Quem parte da
UMinho sem experimentar ser algo mais que ser um
estudante é que fica a perder.

 

Como encaram o futuro da associação?

O futuro avizinha-se bastante promissor.
A associação tem crescido bastante nestes últimos tempos e a qualidade elevou
bastante. Além disso, este ano teremos a primeira edição de várias atividades,
atividades estas que com certeza terão continuidade ao longo dos anos e cujo
impacto elevará a ARCUM e o seu trabalho. O projeto ARCUM é um projeto sem
limites e que, com a vontade e dedicação que cada membro oferece, chegará a
cada ano que passa a novos feitos.

  

Que mensagem quer deixar aos nossos alunos?

Aos alunos desta mui nobre academia, fica o convite a virem
conhecer as nossas instalações, a nossa associação e a se juntarem aos nossos
grupos culturais naquela que pode ser uma oportunidade para conhecer novas
pessoas, novos lugares, aumentar o seu conhecimento noutras áreas, como a
música ou o associativismo, e ainda adquirir vivências e experiências no seio
desta grande família ARCUM. Do que estás à espera?!

 

Texto: Nuno Gonçalves


(Pub. Jun/2015)

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