Publicado em Deixe um comentário

“A AAEUM é a estrutura que representa todos os Alumni e como tal tem como função principal fomentar o orgulho destes na sua Universidade.”



Está no seu segundo
mandato como Presidente da AAEUM. Que balanço faz deste percurso à frente da
AAEUM?

O
balanço é sempre positivo. Isto é, sinto que tem havido uma evolução, não só na
atividade da associação, como na sua visibilidade. Contudo também sinto que as
coisas poderiam estar melhores.

 

Qual tem sido a
filosofia desta direção na valorização e promoção do projeto AAEUM?

A
AAEUM é a estrutura que representa todos os Alumni e como tal tem como função
principal fomentar o orgulho destes na sua Universidade. O princípio é: quanto
mais orgulho o alumnus sentir na sua universidade, mais a fomenta, eleva e
publicita, saindo por sua vez beneficiado, já que ele próprio faz parte da
construção desse crescente prestígio.

 

Quais foram para si
os projetos de mais relevo da AAEUM nestes três últimos anos?

Vários.
Primeiro, A bolsa de Emprego dos “Pioneiros” e a rede Pioneiros em si, cujos
resultados são visíveis; segundo, o aumento da visibilidade da AAEUM nas redes
sociais, com milhares de visualizações por dia, interações e participação.
Nomeadamente no Linkedin onde mantemos ativa a maior rede Alumni do país, com
mais de 6.000 membros. Em terceiro lugar, a criação e registro da marca Alumni
UMinho. Quarto, uma nova abordagem da interação com a Universidade, que tem
vindo a crescer, designadamente pela participação ativa no Conselho Alumni
(órgão consultivo do Reitor). Neste deixamos as nossas sugestões, preocupações
e criticas. A este órgão transmitimos igualmente o nosso know-how, (que em
termos Alumni é enorme e único) com resultados visíveis nas atividades que a
Reitoria tem feito em prol dos Alumni. Por exemplo, a grande adesão e
participação na festa Alumni em setembro passado no Largo do Paço (a repetir
todos os anos) e que queremos cada vez mais participada! Por último, e não
menos importante o lançamento recente da nossa ACADEMIA, no fundo a divisão de
formação da AAEUM.

   

Esta Associação tem
como objetivo representar os Alumni da UMinho e dar-lhes visibilidade. No seu
entender isto tem sido conseguido?

Obviamente
que sim. Uma prova é esta entrevista, outras há. Hoje milhares de Alumni falam
da sua UMinho, vêm às festas, ligam-se, participam! O site, o facebook da AAEUM
e PIONEIROS batem records de visitas, a bolsa de emprego funciona, a rede
Pioneiros cresce todos os dias, as newsletters etc… agora que ainda há muito
a fazer, há! e temos noção que os das gerações mais recentes ainda não ligam a
isto! Contudo as coisas estão a mudar para melhor, claro.   

 

Com mais de 60.000
associados, de que formas os Alumni sentem que fazem parte da AAEUM?

Não
podemos generalizar. Há os que sentem muito, principalmente os que trabalham na
diáspora e os mais antigos. Há os que não sentem tão intensamente, (a maioria)
mas têm orgulho, por exemplo, que o seu filho estude cá, e que, sempre que
podem, elevam o nome da sua Universidade. Haverá igualmente aqueles que não
sentem propriamente uma ligação, ou porque ainda são jovens e têm outras
preocupações, ou porque não chegou ainda a altura de tomarem consciência da
importância do networking, da continuidade de contacto com a sua universidade.
A dimensão Alumni resulta também duma cultura à qual não se prestou a atenção
devida no passado.  “Acabei o curso e pronto!”. Felizmente as coisas
estão a mudar, e rapidamente.

 

Uma nova sede é um
desejo e um sonho para a AAEUM. Há alguma novidade sobre isto?

Infelizmente
a resposta ainda é não. Julgamos que, se o objetivo de todos é aproximar os
Alumni da sua universidade, ter um edifício de prestígio, que condignamente nos
sedie, é da maior importância e urgência. Não faltam instalações à UMinho para
instalar uma estrutura destas, e alguns desses imóveis julgamos estarem
disponíveis. É preciso dar algo em troca aos Alumni para que eles também deem
algo à sua universidade, e uma sede de prestígio seria um primeiro grande
passo.

 

No seu entender, a
AAEUM ocupa na UMinho o espaço que deve ou acha que algo deveria mudar?

Sendo
a AAEUM uma entidade totalmente independente, digo-lhe que muita coisa há ainda
a fazer e deveria ser feita. Um exemplo simples: uma representação no Conselho
Geral, em igual número que os estudantes, ou seja quatro. Repare que os Alumni
atualmente são, em número, quase quatro vezes mais que os alunos. Setenta e
muitos mil para dezanove mil, e neste momento só temos um elemento no Conselho
Geral e que não foi eleito/nomeado como tal.  

   

Que novidades está a
preparar esta direção?

Algumas,
duas “bombásticas”. Trata-se de parcerias muito importantes, uma
desportiva/social e outra a nível de emprego. Não posso revelar já pormenores,
mas se tudo correr bem, como esperamos, será um pouco uma mudança de paradigma
do que é a AAEUM e da sua função e talvez o grande salto em termos
representativos e associativos.

 

Entrevista ao
Vice-presidente da AAEUM – João Coutinhas

 

É o responsável pelo
Departamento de Formação da AAEUM. Quais os objetivos deste?

O
objetivo geral é o mesmo de sempre: disponibilizar aos antigos estudantes e à
comunidade académica em geral formação complementar numa gama alargada de
conteúdos. Especificamente, esta direção está apostada na remodelação profunda
do departamento. Estamos a trabalhar na melhoria da qualidade dos cursos e
workshops, assente em parcerias com entidades formadoras que nos garantam essa
qualidade. Por outro lado, o esforço vai no sentido de oferecer conteúdos que
abranjam áreas profissionais para as quais, até aqui, tínhamos oferta reduzida:
por exemplo área de Ensino. Outro vetor importante é a articulação com
parceiros que nos permitam levar a formação a outros locais que não a nossa
sede em Braga: desde logo ao polo da UMinho e Guimarães, mas também a outros
centros onde possamos estar mais perto dos Alumni. O projeto ACADEMIA vem dar
corpo a toda esta dinâmica, assente num plano de formação que, pela
sistematização do departamento, permita maior eficácia.

 

É uma das áreas de
maior visibilidade da AAEUM. Porquê esta aposta?

Diria
que é uma das apostas “naturais” numa associação que serve Alumni.
Temos um feedback diário dos que terminaram o curso há muitos anos e de muitos
que acabaram recentemente ou estão em vias de o fazer. A procura de formação
complementar (por parte destes últimos) ou de aquisição de competências novas
pelos que já fazem parte dum mundo profissional exigente é uma realidade a que
temos que responder.  

 

Como funciona e qual
a procura da parte do público-alvo?

A
AAEUM mantem tradicionalmente um relacionamento pessoal com uma parte do seu
público-alvo, os antigos estudantes. Mas não esqueçamos que a comunidade
académica inclui também outros segmentos: os atuais alunos e os funcionários da
UMinho (que no que respeita à formação gozam das mesmas condições dos nossos
associados). Todo este público cresce ano após ano. Cresce igualmente a
visibilidade de que falamos atrás, e consequentemente a procura por pessoas que
não pertencem à comunidade académica. Assim, estamos também a modificar os nossos
processos de diagnóstico de necessidades formativas, bem como a gestão da
carteira de formadores. 

 

Há alguma novidade
preparada para esta área, para o próximo ano?

Estamos
a implementar meios de diagnóstico, a promover trabalho em conjunto com
formadores e a planear ações diretamente ligadas à formação que não os cursos
propriamente ditos. Um primeiro evento, ainda este ano, consistirá num Meeting
de Formadores, em colaboração com um parceiro, que envolverá atuais e
potenciais formadores da nossa Academia. No fundo, um evento na linha de
networking que caracteriza a filosofia da atual direção da AAEUM. No próximo
ano a AAEUM Academia realizará alguns eventos deste tipo e um evento de maiores
dimensões, mas quanto a este, não está decidido ainda se integrará um evento
global da AAEUM. Quanto à oferta formativa, temos duas novidades importantes
que anunciaremos somente no segundo semestre deste ano (aquando da divulgação
do plano de formação), uma vez que o fecho dos trabalhos depende ainda de
protocolos em negociação. 

 

A AAEUM criou agora a
sua “ACADEMIA”. Em que consiste este projeto?  

O
aumento da procura de formação complementar impunha mudanças profundas a um
modelo que até aqui era adequado mas que começa a ficar desajustado aos novos
desafios. Este projeto corporiza a remodelação total do departamento de
formação, da imagem e comunicação à vertente organizacional. Diagnóstico de
necessidades de formação, parcerias, carteira de formadores e planos de
formação são alguns dos vetores que serão potenciados com a nova organização.

 

Quais os seus
objetivos?

Propor
uma oferta formativa que represente maior valor para o nosso público-alvo. Ou
seja, conteúdos que se ajustam melhor às necessidades, e sobretudo inovadores.
Permitir maior peso relativo de formação certificada na nossa oferta. Potenciar
a taxa de ocupação da nossa sala de formação em horário laboral e levar a
oferta a outros espaços. Promover ações de networking e eventos diretamente
relacionados com a formação que promovam a nossa oferta e aumentem o fluxo de
retorno do nosso mercado.


Texto: Ana Coimbra

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Jul/2015)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *