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Escola de Economia e Gestão quer mais autonomia



O presidente da EEG, Francisco Veiga reclamou à reitoria da
Universidade e ao reitor Rui Vieira de Castro, em particular, um maior grau de
autonomia para a EEG, referindo que “dificilmente” esta, bem como as outras
unidades orgânicas da Universidade “poderão dar um salto qualitativo se a sua
autonomia não aumentar significativamente”. Salientando que a gestão “fortemente centralizada” da UMinho fez sentido noutros tempos, quando a sua
dimensão era reduzida, e por isso potenciou uma boa gestão “neste momento
constitui um entrave à mesma”, afirmou.

Em resposta ao repto lançado, o Reitor da UMinho aponta
como “instrumento fundamental” para uma maior autonomia, bem como uma maior
responsabilidade destas, o “contrato-programa”, através do qual se poderá
avançar “com os necessários cuidados”, nesse sentido.

Segundo este, a questão da autonomia e do reforço da
centralidade das unidades orgânicas estava “explícito” seu programa de
candidatura a Reitor, um programa que já tem vindo a ser trabalhado com a
Escola de Medicina, “algo que me parece poder responder ao pedido que foi aqui
feito” disse. Para este, a Universidade, as partes envolvidas, têm de ser
capazes de, na concretização desse nível de autonomia, “identificar com clareza
os compromissos que cabem às partes”, sublinhando que, em caso algum se pode “desconsiderar” o facto de se estar dentro de uma instituição que tem alguns
desequilíbrios que obrigam a uma gestão integrada.  Alertando, ainda, que em tudo isto, é preciso
garantir aquilo que é essencial na instituição: “a manutenção da sua
sustentabilidade e a afirmação contínua nas várias áreas em que atua”, de forma
à preservação de uma Universidade completa.

Para este, estão preenchidas as condições para “começarmos
em novas modalidades de relacionamento que permitam garantir esta dupla ambição,
de autonomia e responsabilidade”, salientando que deverá ter sempre como “pano
de fundo, a afirmação da instituição”.   

Sobre a EEG, o Reitor afirmou que é “uma Escola forte”,
deixando alguns desafios que a Escola deve procurar concretizar, tais como: uma
aposta forte na formação doutoral, no recrutamento dos melhores estudantes,
melhorar a sua atividade científica, bem como um reforço dos recursos humanos,
para o qual a Universidade deve caminhar “com os necessários cuidados para não pôr
em causa a sua sustentabilidade financeira”, alertou.

Sobre o pedido de mais autonomia, o Presidente da EEG
chamou a atenção de que, a reduzida autonomia de que dispõem “é um entrave à
eficiência e coloca-nos em clara desvantagem face aos nossos principais
concorrentes”, sublinhando que, face à habitual longa lista de pedidos, a
Escola só quer “um maior grau de autonomia que nos permita gerir a EEG de forma
mais eficiente e colocar em prática uma estratégia de excelência”.

Acreditando que é possível conciliar a proveitosa
colaboração e solidariedade entre as unidades orgânicas da Universidade, com o
aumento da autonomia e responsabilização, Francisco Veiga mostrou-se disponível
para contribuir para o debate de um novo e mais eficiente modelo de gestão da
UMinho.

Sobre a Escola
que dirige e sobre o seu trajeto de 36 anos, Francisco Veiga realçou que esta
conseguiu afirmar-se como uma das melhores instituições do país nas áreas que
investiga e ensina, sublinhando que fruto do seu crescimento sustentado “é
agora a segunda maior unidade orgânica da UMinho, com cerca de 2600 alunos”.
Acrescentando que todas as suas oito licenciaturas estão no top3 nacional, em
termos de média do último aluno colocado. Apesar do assinalável progresso que
teve ao longo destes 36 anos, o Presidente refere que “não nos podemos dar por
satisfeitos”, apontando três motivos: “ambicionamos sempre mais”, “porque a
concorrência não está parada” e “porque a qualidade dos nossos projetos de
ensino ainda não tem o reconhecimento que pretendemos”. Apontando alguns
caminhos, disse que os objetivos da EEG passam por um reforço da estrutura de
investigação, por uma reestruturação dos três ciclos de estudos, um reforço da
comunicação da sua oferta formativa ao exterior, e ao nível da interação com a
sociedade, pretendem a criação de valor a partir do conhecimento acumulado na
EEG, contribuindo para uma melhoria da competitividade empresarial da região e
do país, bem como um aumento da visibilidade e o reconhecimento da escola a
nível nacional e internacional, dando especial relevo à UMinho Exec.

A cerimónia incluiu, ainda, a sessão de entrega de Prémios
e uma Palestra proferida por Carlos Oliveira (Presidente da InvestBraga e
Membro do Grupo de Alto Nível de Inovadores da Comissão Europeia), subordinada
ao tema “European Innovation Council (EIC)”.

 

Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Mar/2018)

 

 

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