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“A melhor forma de prever o futuro é inventá-lo”

Que balanço faz dos quase 4 anos como Reitor à frente da Universidade do Minho?

 

O balanço da acção que desenvolvi nos últimos quase quatro anos como Reitor da Universidade do Minho deve ser feito pela academia, pois foi ela que me atribuiu em 2002 a responsabilidade pela sua condução.

 

Posso afirmar que desenvolvi a função o melhor que soube, até ao limite da minha capacidade, e sempre com o interesse institucional presente. É uma função aliciante e um trabalho que nunca está concluído. Foi uma honra e um privilégio dirigir a Universidade do Minho. É uma experiência enriquecedora.

 

Qual o maior desafio com que deparou durante o seu mandato?

 

Foram muitos os desafios que se colocaram a esta Reitoria. Quer pela alteração radical da conjuntura do ensino superior, quer pela definição de objectivos estratégicos arrojados que requereram uma atenção cuidada e um grande esforço.

 

As valias mais importantes são sempre a competência e o conhecimento reunidos na Universidade, e a capacidade para gerar ideias, inovando, antecipando, e criando as condições para a afirmação futura. Contudo, o nível de financiamento constitui sempre uma limitação. Garantir a mobilização da academia, empenhando-a em projectos estruturantes e estratégicos, num cenário de orçamentos insuficientes e decrescentes, foi certamente o maior desafio.

 

O mote desta Reitoria foi que ”A Melhor Forma de Prever o Futuro é Inventá-lo”. Considero que a Universidade foi capaz de ”inventar” esse Futuro em várias ocasiões e em áreas que são importantes na sua afirmação como instituição universitária.

 

Garantir o equilíbrio financeiro e simultaneamente manter a latitude para perseguir as orientações estratégicas, criando as condições para a sua implementação foi seguramente o grande desafio.

 

Numa altura em que as finanças do país não têm andado muito bem, em que áreas tem sido mais afectada a Universidade do Minho?

 

Para garantir que se desenvolvem os conceitos e as estruturas que permitem construir cenários futuros identificados como necessários ou desejáveis, é necessário investimento. Quando o financiamento é insuficiente, é necessário desenvolver um esforço extremo de racionalização, tendo o cuidado de não descentrar a atenção dos verdadeiros objectivos.

 

Extremamente penalizante tem sido o nível de financiamento das instalações, não só pela dificuldade criada à manutenção da qualidade mínima do parque de edifícios existente, mas também pela ausência de financiamento para a construção definitiva dos edifícios de Escolas da Universidade, como é o caso da Escola de Ciências da Saúde e a Escola de Direito.

 







“desenvolvi a função o melhor que soube, até ao limite da minha   capacidade, e sempre com o interesse institucional presente…”


 






Onde têm ido buscar as verbas para colmatar a contenção/cortes por parte do governo?

 

O controlo rigoroso dos encargos com o pessoal docente e não-docente, a racionalização e contenção nos encargos de funcionamento, e o aumento do valor das propinas assim como a recuperação e o aumento das receitas próprias permitiram equilibrar a ´´equação do orçamento´´.

 

Numa altura tão difícil, como teve a Universidade do Minho capacidade para construir duas novas escolas?

 

Na ausência de um financiamento adequado do Orçamento de Estado, à Universidade apenas resta a capacidade reunida em receitas próprias, provenientes de projectos de investigação, de projectos de serviço e da receita das propinas. A capacidade financeira também é preservada pela racionalização e economia de utilização de recursos.

 

Nos últimos três anos e meio, e apesar da conjuntura desfavorável, a Universidade foi capaz de recuperar um nível de receitas próprias adequado ao nível do orçamento de estado atribuído. Só desta forma consegue agora a Universidade colmatar a ausência de financiamento do estado para a construção das suas instalações e para garantir a manutenção da qualidade necessária das instalações. Também, só desta forma pôde a Universidade suprir, em duas ocasiões, o montante equivalente ao aumento de vencimentos da função pública, que não foram suportados pelo orçamento de estado.

 

Depois deste tempo à frente dos destinos da Universidade do Minho, conseguiu cumprir os objectivos a que se propôs no início do seu mandato?

 

Quando os objectivos traçados constituem verdadeiros desafios, nunca são plenamente alcançados. Sou particularmente exigente na auto-avaliação do desempenho. Mas, considerando as várias definições traçadas no programa de acção que acompanhou esta Reitoria, entendo que a Universidade rasgou avenidas em todas as frentes, considero que reforçou a sua posição, e que projectou o seu reconhecimento a nível nacional e internacional. Considero que a Universidade está mais consolidada. Considero também que a cultura de funcionamento da Universidade se desenvolveu no sentido pró-activo e prospectivo, o que constitui a melhor ferramenta para desenhar e enfrentar o futuro.

 

O meu objectivo pessoal passou por provar a mim próprio ter valido a pena desinquietar a academia para o programa de acção apresentado e sufragado em 2002. Considero-o cumprido.

 

O que mais gostaria de ter feito na Universidade do Minho e que ainda não conseguiu?

 

Há todo um trabalho desenvolvido e uma malha ´´tecida´´ que aguarda o tempo próprio para se materializar em realizações com forte impacto para a Universidade.

 

Muitas áreas de actuação da Universidade envolvem agentes externos, económicos, políticos e sociais, que têm o seu tempo próprio.

 

Do ponto de vista material, gostaria de ter visto o cumprimento dos compromissos associados ao contrato-programa da Escola de Ciências da Saúde. Gostaria de ter visto cumprido o financiamento para a construção da Escola de Direito da Universidade do Minho, com o terceiro curso mais antigo do País, actualmente com mais de 1.000 alunos. Gostaria de ter visto a possibilidade de construção em Azurém de uma nova biblioteca em condições adequadas à dimensão desse pólo da Universidade. Gostaria também de ver viabilizado o projecto da Sede da Associação Académica, que constitui um projecto emblemático para o qual a Associação Académica dirige anualmente um depósito, como resultado da sua gestão eficiente.

 

O Pacto de Desenvolvimento Regional subscrito pela Universidade do Minho, pela Associação Industrial do Minho, por 14 Autarquias e pelas Uniões Sindicais de Braga e de Viana do Castelo estabeleceu um compromisso sobre um conjunto genérico de princípios e objectivos orientados ao desenvolvimento de uma região que se identifica com o Minho. A Universidade, em conjunto com os demais parceiros, tem vindo a percorrer o caminho. Gradualmente, o Minho agrega mais e melhores condições para se constituir como uma Região do Conhecimento. Mas, para o desenvolvimento da região, é urgente e imperativa – uma maior articulação e esforço transversal.

 

Quais as obras, (em termos de construção, implementação de projectos, acordos, etc.) que mais se orgulha de ter feito?

 

O que nos dá mais satisfação, nem sempre é o que representa maiores investimentos ou a maior visibilidade de construções.

 

Os projectos que passam pela definição e avaliação de objectivos, pela concepção de políticas, pela regulamentação e incentivos e pelo cuidado acompanhamento, concluindo por um sucesso expressivo de realização dos objectivos, são particularmente gratificantes.

 

A definição e implementação na Universidade do Minho de uma Política de Auto-Arquivo e Acesso Livre à Produção Intelectual é um destes projectos.

 

Contudo, raramente os projectos se podem observar isoladamente, e o desempenho da Universidade é o resultado de uma malha de projectos que têm que ser desenvolvidos a par, criando as plataformas que sustentam a afirmação da Universidade.

 

Por exemplo, a actual visibilidade e a afirmação da Universidade não seriam possíveis sem a criação e desenvolvimento do Sistema de Informação que actualmente existe. O impacto do acesso à página da Universidade na Internet não existiria, não teria sido possível emitir numa base regular e sustentada o Suplemento ao Diploma, nem teria sido atribuído o ECTS Label e o Diploma Supplement Label à Universidade do Minho. O desenvolvimento do projecto do Campus Virtual também teria sido limitado sem a estruturação do Sistema de Informação e da infra-estrutura e serviço de comunicações.

 

Apenas como exemplo, no que se refere a instalações, a qualificação do edifício principal do Campus de Azurém, com a criação da Biblioteca Interactiva – B-In, foi um projecto gratificante.

 

Constituiu também um dossier marcante a condução através de várias vicissitudes do processo relativo à Biblioteca Pública de Braga, até à sua inauguração como Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e à sua entrada em funcionamento, dando pleno sentido aos objectivos que lhe estavam cometidos.

 

Outra área onde se investiu e continua a investir foi a da infra-estruturação da Universidade do Minho ao nível da banda larga. Assim, instalou-se uma ligação em fibra óptica entre a nossa Universidade e as Universidades da Galiza. Isto permitiu consolidar a interacção permanente com a Galiza e lançar novos projectos de cooperação que, em cada momento, podem ser acompanhados através de vídeo-conferências interactivas. A mesma estrutura permitiu também realizar, nas instalações da UM, várias vídeo-reuniões entre os Centros Tecnológicos da Galiza e os Centros Tecnológicos do Norte de Portugal, facilitando os contactos e o acerto de projectos comuns para o futuro. Por outro lado, encontra-se em funcionamento há 3 meses a comunicação em banda larga entre os pólos de Guimarães e Braga a velocidade muito elevada.

Ainda neste aspecto, a Universidade do Minho participa activamente na iniciativa Braga Digital, da responsabilidade da Câmara Municipal de Braga e que, esperamos nós, virá a alterar radicalmente para novo patamar de qualidade a vida dos cidadãos, proporcionando-lhes a comodidade do e-government ao nível local – gestão dos transportes, dos lixos urbanos, das contas de água, luz e gás, etc. Contamos participar em idêntica iniciativa com outras autarquias, nomeadamente com a de Guimarães.

 

Mas, também no campo da gestão, alguns processos foram particularmente interessantes. Foram importantes a recuperação do programa de financiamento estratégico para equipamentos associados ao ensino e a introdução de um novo programa estratégico orientado à qualidade. Garantiu-se que a retracção orçamental não impedisse o desenvolvimento dos vectores considerados estratégicos para a Universidade.

 

Foi também objectivo da Reitoria viabilizar, apoiar e potenciar projectos oriundos das Escolas. A criação do Pólo de Software do Minho e a criação do Instituto Confúcio na Universidade do Minho são apenas alguns exemplos.

 

A constituição do Conselho Estratégico da Universidade do Minho, incluindo um número significativo de personalidades externas à Universidade constituiu um importante desafio. O Conselho Estratégico reuniu duas vezes em 2005, analisou a sua definição estratégica, o desempenho da Universidade, e o desenvolvimento dos projectos estratégicos.

 

Quais são os projectos mais importantes a serem implementados a curto e médio prazo?

 

Qualquer uma das frentes da Universidade requer esforço e investimento continuado, uma vez que o desenvolvimento da Universidade e a sua afirmação resultam da evolução equilibrada em diversos sectores.

 

A afirmação da Universidade como Universidade de Investigação e a sua Internacionalização são orientações a reforçar.

 

O que tem a dizer sobre a posição de internacionalização da Universidade do Minho?

 

A Universidade do Minho define-se como uma ´´Universidade-numa-Região´´, mas não como uma Universidade-Regional. A Universidade considera-se como um agente incontornável para o desenvolvimento da Região.

 

Para garantir o seu estatuto de Universidade e para cumprir plenamente o seu papel como agente de desenvolvimento, a Universidade entende a internacionalização como vector estratégico. A internacionalização é, além do mais, o garante da qualidade dos projectos e do desempenho da Universidade e a aferição por padrões-internacionais.

 

A internacionalização tem sido objecto de investimento da Universidade, seja no fomento da mobilidade de estudantes e docentes, seja no acesso a projectos com financiamento internacional, seja na criação de condições para o maior impacto da produção intelectual da Universidade, seja na atracção e fixação de unidades com expressão internacional.

 

Todos temos uma ideia da grandeza da Universidade do Minho, qual a sua dimensão em números, alunos e funcionários docentes e não-docentes?

 

Em números grosseiros, a Universidade do Minho reúne 1.200 docentes e 700 funcionários. Num total de 16.000 alunos, mais de 1.000 são estudantes de pós-graduação.

 

Numa época em que muitas universidades já começam a ter falta de alunos, a Universidade do Minho já tem sido afectada por esse fenómeno?

 

A Universidade do Minho está situada numa região onde qualquer Universidade gostaria de se situar presentemente. É a região mais jovem da Europa, com uma população empreendedora. É forte a ligação à vizinha Galiza, sendo a Universidade do Minho a Universidade que mais projectos desenvolve em cooperação com as Universidades da Galiza.

 

O decréscimo do orçamento atribuído à Universidade, e a necessidade de o complementar com o aumento do valor das propinas trouxe uma perda ainda significativa de alunos, que se viram forçados a abandonar a sua formação por razões económicas.

 

Esta é uma questão que preocupa a Universidade, para a qual já alertou a tutela, ao longo dos últimos três anos. Dado que a aplicação do ´´algoritmo de coesão´´ introduzido na ´´fórmula de financiamento´´ resulta na efectiva transferência orçamental entre instituições, verifica-se a redução do orçamento da Universidade do Minho para reforço do orçamento de instituições situadas em regiões com melhores indicadores de desenvolvimento.

 

Mas, tudo indica que a Universidade do Minho já estabilizou, tendo sido a terceira Universidade portuguesa na percentagem de preenchimento de vagas no ano lectivo de 2006/07.

 

O que tem sido ou será feito para atrair alunos à Universidade do Minho?

 

Uma Universidade afirma-se pela sua qualidade. Esta qualidade tem que ser permanentemente acompanhada e construída, e depende de inúmeros factores, desde as instalações, a qualificação do corpo docente, a adequação dos cursos, etc. Não basta ter qualidade, e é necessário informar e divulgar. Um factor determinante na divulgação é a que é veiculada pelos próprios alunos que frequentam ou frequentaram a Universidade. Foi estruturada e reforçada a acção de divulgação da oferta da Universidade do Minho, nomeadamente através do Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem.

 

A afirmação da Universidade também se materializa pelo reconhecimento externo. É assim que é importante o reconhecimento pela Toshiba de que a Universidade do Minho foi a instituição que mais contribuiu nos últimos 20 anos para o desenvolvimento das Tecnologias de Informação, razão pela qual foi premiada. É também importante o reconhecimento de que a Universidade do Minho deve ser a instituição hospedeira do Instituto Confúcio em Portugal. Também, o facto de o Instituto Ibérico ser sediado na região de Braga. Todas as instâncias de reconhecimento externo são o resultado da avaliação externa do reconhecimento da Universidade.

 

A Universidade do Minho é uma das universidades mais bem conceituadas a nível nacional e mesmo internacionalmente, há alguma linha de orientação neste sentido, o que tem sido feito de mais relevante na obtenção deste estatuto?

 

A Universidade procura identificar objectivos ou ´´marcas´´ que se enquadram na filosofia de actuação subjacente aos objectivos estratégicos que assumiu. Identificadas estas ´´marcas´´, a Universidade foca e articula os seus recursos e acção, para garantir que esses objectivos são alcançados com o melhor resultado possível. É o resultado de uma actuação pró-activa e prospectiva. A agilidade da organização é fulcral para o conseguir, e a Universidade possui a estrutura adequada para poder tirar vantagem das suas singularidades.

 


Porque há processo de Bolonha e de acordo com as novas regras de avaliação do ensino superior o Ministro Mariano Gago diz, ”há instituições que terão de transformar-se radicalmente” pois serão avaliadas pelo acesso dos seus alunos ao emprego. Qual o feedback que a Universidade do Minho tem recebido da empregabilidade dos seus alunos?

 

A empregabilidade dos alunos depende de muitos factores, como sejam a sua área de formação, e a conjuntura económica na região, nacional e internacional. De uma forma geral, os graduados pela Universidade do Minho são reconhecidos no mercado de trabalho, e desenvolvem a sua actividade em empresas em todo o território nacional. Um número cada vez mais significativo de graduados cria as suas próprias empresas, e estas adquirem projecção internacional.

 

A Universidade do Minho tem uma forte tradição e experiência de interacção com as empresas e os serviços, sendo toda a sua oferta de ensino acompanhada por Conselhos Consultivos que integram elementos externos à Universidade. Desta forma, está presente a permanente intervenção na adequação da formação que garante aos licenciados uma maior empregabilidade.

 

Um dos objectivos da Universidade do Minho é planear e pôr em funcionamento novos cursos com interesse, não eram oferecidos pelas Universidades tradicionais, o que tem sido feito pela academia minhota na promoção da empregabilidade dos recém-licenciados?

 

A Universidade do Minho reúne uma oferta de formação em todas as áreas do conhecimento, ao nível graduado e pós-graduado.

 

Em algumas áreas, a Universidade do Minho é a única Universidade nacional a providenciar oferta de formação.

 

A capacidade de inovação ocorre fundamentalmente nas metodologias de ensino-aprendizagem, na formatação da oferta, e na atracção de novos públicos.

 

A empregabilidade dos recém-licenciados advém essencialmente de uma base sólida de conhecimentos e do conjunto de competências que reuniram durante o seu percurso académico.

 

Qual a sua opinião acerca do acordo entre Portugal e Espanha, que na Cimeira Ibérica, assumiram como prioridade a cooperação na investigação em novas tecnologias e aprovaram a criação de um instituto internacional, que será instalado em Braga a partir de 2007?

 

Num acordo entre países, como o que decidiu a constituição de um Instituto Ibérico, há questões do foro político que ultrapassam as instituições. Mas a decisão de constituição de um Instituto orientado para a investigação nas ´´novas tecnologias´´ na região de Braga é muito importante para o desenvolvimento da região-Minho.

 

Esta decisão passa, como é óbvio, pela realidade que constitui a Universidade do Minho, e pelo reconhecimento internacional das competências reunidas. A Universidade foi o factor determinante, e à Universidade cabe uma grande responsabilidade, directa e indirecta, no desenvolvimento da missão deste Instituto.

 

O impacto da Universidade do Minho no desenvolvimento da região manifesta-se em muitas frentes. O desenvolvimento da região favorece também a actividade da Universidade do Minho.

 


 

Qual a mensagem que quer deixar à comunidade Universidade do Minho?

 

A Universidade do Minho é uma instituição respeitada e reconhecida em Portugal. Num conjunto alargado de indicadores de desempenho, a Universidade situa-se no conjunto das primeiras quatro Universidades Portuguesas. Em muitos destes indicadores, a Universidade do Minho ocupa a primeira posição. A Universidade desenvolveu aspectos fundamentais na área do ensino e da investigação que as restantes instituições não possuem, e que sentem grande dificuldade em entrar.

 

A Universidade do Minho é reconhecida no país e no estrangeiro. Mas não pode, em circunstância alguma, relaxar a sua atenção e o seu permanente esforço para construir o seu futuro e o seu papel nesse tempo futuro.

 

A Universidade possui as condições para ser um parceiro incontornável no desenvolvimento da região, um parceiro de referência no panorama nacional e um parceiro interessante no panorama internacional.

 

A minha mensagem para a comunidade da Universidade do Minho é a de que a Universidade deve assumir plenamente as capacidades que lhe são reconhecidas, e deve desenvolver a sua acção como líder e como parceira, tanto na definição do ensino superior, como no desenvolvimento da região e do país.

 

Com todos os riscos, a Universidade deve caminhar em frente e à frente, inovando e construindo as oportunidades em interacção com os demais agentes.

 

Há compromissos internos que a Universidade deve assumir e declarar, para garantir o reforço da coerência e alinhamento de esforços em torno dos objectivos estratégicos. O trajecto é aliciante pelos desafios e pelo risco que lhe estão associados. A mudança é sempre imperativa. O compromisso expressivo é indispensável.

 

 

Ana Marques

Anac@sas.uminho.pt

 

 

 

 

 

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