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TUTORUM – Nádia Franco







 


Nádia Franco, 19 anos, aluna do 2º ano de Matemática, é atleta de Futebol de 11 do C.D. Vinhós, representando no entanto a AAUMinho em Futsal. Após ter representado a Selecção Distrital de Braga (Sub-17 e Sénior), participou no Torneio Inter-Associações de Futebol de 7 Feminino, onde ganhou o prémio de melhor jogadora. A nível Sénior, esteve presente por dois anos consecutivos no Vigo Cup (Torneio Internacional de Futebol de 7), ganhando o torneio na última. Nas Selecções Nacionais (sub-18 e 19) participou no 1º Torneio de Apuramento para o Campeonato da Europa, bem como em alguns jogos de preparação.

No seu palmarés destaca-se a atribuição do titulo de Atleta do Ano de 2005 da cidade de Fafe. Vamos conhecer um pouco melhor a Nádia, que é uma das pedras basilares da actual equipa Campeã Nacional Universitária de Futsal Feminino, a AAUMinho.

 





 

UMdicas – Com que idade é que iniciaste a prática competitiva do Futsal e onde?

Nádia Franco – O meu trajecto desportivo teve inicio aos 16 anos, através do Futebol 11. Com 18, e com a minha entrada na Universidade do Minho, iniciei-me na prática do Futsal competitivo.

 

UMd – Achas que o Futebol11/Futsal ajudou no teu desenvolvimento enquanto individuo?

ND – Sim. Graças a eles desenvolvi capcidades de trabalho em grupo, viajei por Portugal e conheci novas universidades e diferentes realidades.

 

UMd – Qual foi o papel da tua familia no teu percurso enquanto atleta de alta competição?

ND – Bastante importante, devido ao apoio que me deram. Até porque a minha mãe também já praticou e percebe perfeitamente o meu lado.

 

UMd – Quantas vezes treinas por semana, e quanto tempo?

ND – Neste momento apenas uma (2h), pois passo a semana toda em braga.

 

UMd – A maneira como tu lidas com a pressão e a ansiedade antes das provas é algo que tu consegues trabalhar e treinar, ou simplesmente é algo com que apenas lidas na hora em que entras em campo?

UMd – No início era bastante complicado,pois era bastante nova,mas com o tempo fui adquirindo alguma experiência neste campo e tornou-se mais fácil.

 

UMd – Qual é para ti a grande diferença entre a competição federada e a competição universitária?.

ND – Literalmente espera-se que seja bastante diferente,pois algo que tem a ver com a federação implica maior responsibilidade, mas na prática o empenho é o mesmo. Mas na competição federada existem vários factores que influenciam o nosso desempenho, como a ida a uma selecção, pois é um incentivo bastante grande para trabalharmos mais e melhor.

 

UMd – O facto de jogares pelo C.D. Vinhós condicionou a tua escolha de Universidades quando concorreste? Porque?

ND – Um bocado. Pois queria continuar a jogar no C.D.Vinhós, porque era uma fase da minha vida em que ainda estava nos quadros da selecção nacional. Sem treinar e sem jogar era bastante difícil continuar lá.

 

UMd – Para muitos atletas de alta competição torna-se difícil conciliar os estudos com a prática desportiva. Como é que tu consegues gerir esta nem sempre fácil “relação” ?

NA – Na minha situação tudo se tornou mais fácil este ano, pois neste momento não tenho sido chamada para estágios da selecção, mas no ano passado tive que tomar deterimento dos estudos para poder ir a alguns estágios, inclusivé faltar a exames.

 

UMd – A UMinho iniciou em Portugal um programa pioneiro no que diz respeito ao apoio aos atletas de alta competição, o TUTORUM. O que pensas desta iniciativa e do programa em si?

NA – Na minha opinião é um programa bastante interessante e importante para nós, atletas de alta competição, facilitando os nossos estudos em muitos aspectos. A iniciativa é excelente mas podiam haver apoios por parte de entidades que facilitariam ainda mais a nossa situação, como a das federações.

 

UMd – Em áreas já recebeste apoio através do Tutorum?

NA – Sinceramente neste momento e até agora não procurei essas facilidades porque não necessitei delas, e sei que já o devia ter feito, mas sei que quando precisar vou ter o apoio necessário.

 

UMd – Os teus objectivos pessoais passam por uma carreira profissional no Futsal ou os estudos vêm em primeiro lugar?

NA – Claro que os estudos vêm em primeiro lugar, até porque aqui em Portugal, se quisesse ter uma carreira profissional no Futsal ou mesmo no Futebol de 11, seria impossível, pois quase ninguém apoio o futebol feminino, ou mesmo qualquer desporto em que entrem mulheres. Mas o meu objectivo primordial é exercer a profissão pela qual estou a lutar aqui na Universidade Do Minho, pois dar aulas sim é o meu grande sonho.

 

 

Nuno Gonçalves

Nunog@sas.uminho.pt

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