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O Sonho seria voltar a actuar no Teatro Circo








A Gatuna é uma das mais emblemáticas Tunas Femininas da Universidade do Minho. Teve a sua estreia a 9 Maio de 1933 nas Monumentais Festas do Enterro da Gata e desde então têm marcado pela sua irreverência em palco e fora dele, pela sua forma muito própria de ser Tuna, como Ana Ferreira nos confidenciou.


Porque uma Tuna Feminina na UMinho?

A Tuna Feminina na Universidade do Minho surgiu numa tentativa de alargar e modificar a longa tradição de tunas masculinas. A Gatuna foi a primeira tuna feminina a surgir na nossa Universidade.

 

Quando surgiu a Gatuna?

A antestreia da Gatuna deu-se a 28 de Abril de 1993, depois de alguns ensaios e convívio gastronómico e académico, dando-se a sua estreia a 9 de Maio do mesmo ano, nas Monumentais Festas do Enterro da Gata.

 

Porquê Gatuna?

O nome Gatuna deve-se à realização, na nossa Academia, das Monumentais Festas do Enterro da Gata. E na altura pensou-se… porque não? E no fundo a gata é um símbolo da nossa Academia…

 

Em que se diferencia a Gatuna das outras tunas femininas?

Além de um nome curioso, penso que acima de tudo, a Gatuna se diferencia das outras tunas pela sua maneira muito própria de ser Tuna. Aliada a originalidade da nossa música, temos uma sobriedade muito típica nas nossas actuações que tentamos conciliar com a tradicional irreverência minhota.

 

Normalmente quando surge algo novo numa academia é com o objectivo de se inovar. Que aspectos pretenderam inovar, tanto a nível de música como a nível de postura entre as várias tunas existentes?

A principal inovação foi apresentar à nossa academia uma tuna feminina, uma vez que até então só existiam tunas masculinas. Tal como em outros meios, quando surge algo novo, tem que haver mudanças relativamente ao existente.

Obviamente, não nos podemos comparar às tunas masculinas, mas em relação ao movimento tunal feminino a Gatuna sempre apresentou uma postura diferente, admirada por muitos e adorada por muito mais…Quer em palco ou fora dele, através da sua musicalidade original associado ao nosso magnífico traje minhoto é com orgulho que cada elemento diz “Eu sou Gatuna”.

 


 

 

Acham que atingiram o objectivo?

O objectivo foi imediatamente atingido nos primeiros anos de fundação, pois como foi dito, a Gatuna marcou pela diferença. Mas passados 13 anos lutamos arduamente para que a Gatuna esteja cada vez melhor a nível musical e para que continue a ser reconhecida por todo o país. Temos o prazer de participar nos melhores festivais a nível nacional, o que é muito gratificante, principalmente porque neles cantamos com orgulho um dos nossos hinos “O Estudante Minhoto”!!! O que de certa forma nos eleva o ego perante as outras Academias! Assim acho que temos vindo, ao longo dos anos, a conquistar um lugar sólido no panorama musical universitário.

 

Como caracterizam a vossa música?

A Gatuna sempre piscou o olho às músicas do outro lado do Atlântico (ritmos latinos, bossa nova…), mas procura também associar a estas os nossos originais (serenatas feitas às tantas da manhã, quando algumas de nós passavam noites em claro e pensavam em alguém em especial…). Tentamos primar sempre pela sobriedade e feminilidade, que nos caracteriza, na execução das nossas músicas.

 

Qual tem sido o vosso percurso e quais as participações mais importantes?

Gatuna tem estado nos melhores palcos do país em festivais organizados por outras Academias, mas um dos momentos mais importantes/marcantes foi quando fomos tocar aos nossos emigrantes radicados no Canadá. Foi uma experiência muito gratificante, para além do orgulho que sentimos em representar as cores da nossa bandeira no “Festival of the Worlds” inserido nos Campeonatos Mundiais de Atletismo.

De resto todas as viagens que a Gatuna realizou sempre ficaram na memória: os festivais em Espanha, as digressões à Irlanda, à Madeira e aos Açores…

 

Em 2000 lançamos o nosso 1º CD “Coisas Simples”. Nele constam os originais que a Gatuna foi compondo ao longo destes 13 anos e as canções que foi transformando, adaptando e também algumas que  foram oferecidas em serenatas pelos sempre charmosos tunos minhotos.

 

A organização do TROVAS – Festival Internacional de Tunas Femininas, onde durante 10 anos consecutivos subiram a palco as melhores tunas do país e também de   Espanha, México, Porto Rico, Holanda…e que é reconhecido como um dos melhores festivais de tunas femininas do País é uma das actividades da qual nos orgulhamos e que todos os anos tentamos que seja cada vez melhor.

 

 

Sentem que já conquistaram o vosso espaço ou é algo que ainda está em construção?

O mais difícil não é conquistar, mas sim manter a qualidade. Trabalhamos arduamente, às vezes com muitos sacrifícios a nível pessoal, mas no fim de cada actuação, festival, ou ensaio, sentimos que fomos recompensadas. Quer pelos aplausos, quer pela amizade que se gerou no grupo. É uma grande experiência de vida, que todos os estudantes deviam experimentar.

 

UMdicas: Quais são os vossos projectos a curto e médio prazo?

A Gatuna pretende continuar activa no panorama tunal português. Por conseguinte, é nosso

desejo seguir em frente com actuações por todo país que, como sempre e felizmente, tem vindo a acontecer. Para um futuro mais longínquo começamos a planear uma possível digressão pela Europa, e quem sabe pela América do Sul, afim de levar além fronteiras o cantar desta tuna do Minho. Além disso, o Jantar do Caloiro manter-se-á como uma aposta de grande valor bem como o TROVAS. Queremos continuar a organizar um festival de prestígio e qualidade que trará até Braga o melhor das Tunas Femininas. A gravação de um segundo CD também faz parte dos nossos planos a médio prazo.

 

Umdicas: Qual a vossa programação para este ano?

A Gatuna começa já este fim-de-semana com um retiro para preparar novas músicas e aperfeiçoar o reportório a apresentar dia 28 de Outubro no seu Festival, o XI TROVAS, que tem entrada livre!

Depois de tocarmos em casa, partimos de armas e bagagens para os Açores para participarmos no III Insula. Em Novembro, já em solo continental, actuamos em Aveiro e no mês seguinte, vamos à conquista da capital com mais uma Expedição – festival organizado pela Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico.

Por enquanto é esta a nossa programação, mas a agenda da Gatuna pode ainda ser preenchida com mais actuações.

 


 

É a Gatuna que organiza o jantar do caloiro. Porque razão?

A realização deste jantar surgiu à oito anos de uma ideia partilhada entre Serviços de Acção Social da Universidade do Minho e a Gatuna pois ambos acreditávamos que a Academia precisava de algo do género, uma vez que na altura não existia o Acolhimento dos caloiros que existe hoje. E desde então temo-lo realizado com muito gosto e, felizmente, com muito sucesso!

 

Qual o objectivo deste encontro à volta da mesa?

Esta festa tem como principal objectivo a integração dos novos alunos na nossa Academia e proporcionar-lhes um primeiro contacto com os grupos culturais existentes na Universidade do Minho. É um momento de grande convívio, em que os caloiros se sentem libertos da pressão que sofrem na praxe?aqui é um momento de liberdade!!!. Existe, também, um grande contacto com todos os grupos culturais participantes, em que estes se dão a conhecer aos novos membros da Academia com a esperança/expectativa de eles, um dia, se juntarem a eles, caso seja a sua vontade. 

 

Sabemos que este ano aderiram muitos caloiros, a que se deve isso?

De facto, este ano a nossas expectativas foram, definitivamente ultrapassadas… Não conseguimos apontar uma razão em particular para que este ano tenha sido assim, uma vez que a divulgação foi feita da mesma forma como nos anos anteriores, isto é, através da afixação de cartazes pela Universidade e com a presença de dois elementos da Gatuna nos dias das matrículas dos caloiros. Também costumamos contactar as comissões de praxe de forma a sensibilizarem os caloiros para esta actividade… e quem melhor para divulgar o nosso jantar que os próprios “Doutores/Engenheiros” que participaram em edições anteriores do Jantar do Caloiro?! Este é o melhor marketing!

 

Como decorreu este primeiro grande encontro entre os novos alunos da UMinho?

Talvez me esteja a repetir, mas voltou a superar as nossas expectativas! Todos os anos este Jantar tem decorrido de uma forma fantástica. O ambiente é magnífico, sem grandes exageros, mas com muita animação! Mais uma vez, foi um enorme sucesso?.

 

A Gatuna tem algum grande sonho? Qual?

Sonho? Seria voltar a tocar no Teatro Circo em Braga…

 

 

 

 

Tuna Feminina Universitária do Minho – GATUNA

Rua D. Pedro V, 88 – sala 3

4710 Braga

Tel. /Fax: 253213572

 


 

Home-page: www.gatuna.pt.vu

 

Os ensaios realizam-se às terças e quintas-feiras as 21:30 no Bar da Associação

(BA).

 

 

Michael Varela

mika@sas.uminho.pt

 

 

 
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