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Encaro esta edição da Rae como um marco que nos sinaliza duas perspectivas: a Cultural e a do Conhecimento. Cultural, na medida em que se destaca o reanimar do Teatro Circo, um coração adormecido durante longos anos que finalmente promete recuperar o tempo perdido e devolver alguma da fruição cultural que Braga avidamente carece.
Também não foi esquecida a forte valência cultural que o Centro Cultural Vila Flor representa e o relevo da sua programação. No capítulo do Conhecimento, destaca-se a Universidade do Minho, ao associar investigação e desenvolvimento tecnológico de ponta e ensino de qualidade. Como veremos, é-lhe reconhecido em Portugal o pioneirismo na criação de uma Cadeia
Integrada do Conhecimento e daí a boa notícia de estar para breve a abertura do Ave Park, um Parque de Ciência e Tecnologia que fomentará a existência de projectos empresariais inovadores e de forte valor acrescentado, reforçando o tecido empresarial em benefício da economia da região e do país.
A construção da Sociedade do Conhecimento implica mudanças, devendo mobilizar-nos sem excepção. Enquanto membros de uma grande Comunidade universitária, os associados da AAEUM devem reforçar as dinâmicas que lhes são dedicadas.
É através da preservação, dinamização e prolongamento da identidade que vincula qualquer antigo estudante à sua Universidade que é possível criar sinergias de elevado interesse comum e a AAEUM deverá garantir a capacidade necessária para efectivar essa ligação para toda a vida. Não basta alargar o conceito Universidade porque ele já existe, mas importa conferir-lhe a dinâmica necessária. Nem que para isso tenhamos de reinventá-lo.
Texto: Nuno Pinto Bastos
Vice-Presidente da AAEUM
Fotografia: Nuno Gonçalves