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Problemática do colóquio
A saúde de qualquer população é influenciada por quatro factores fundamentais: a hereditariedade, as influências ambientais, as instituições prestadoras dos cuidados de saúde e as condições sociais de existência. Sob este último aspecto, não se vive com saúde, adoece ou morre da mesma maneira, quando se pertence a diferentes grupos sociais.
Para isso muito concorre, também, a família onde nascemos e vivemos e o modo como esta se ocupa dos cuidados informais de saúde, que têm que ver não apenas quando a doença sobrevém, mas sobretudo na maneira como investe na prevenção e na educação dos seus membros a este respeito.
Porém, podemos dizer que dispomos ainda de poucos estudos que possam dar conta da relação entre a família, a saúde e a doença e o modo como esta é gerida. E, no entanto, a maioria das tarefas domésticas, ainda que pouco perceptíveis a este propósito, produzem efeitos decisivos para assegurar o bom estado de saúde ou a cura dos membros do grupo doméstico.
Não há indivíduos saudáveis desde que não tenham, pelo menos, boas condições básicas de existência, habitação, higiene, alimentação, vestuário e afeição familiar, independentemente das formas de família. Esta constatação trivial, fazendo parte do senso comum, muito raramente é tida em conta pela economia, pelos serviços de saúde e políticas públicas.
No quadro do Projecto de investigação: O contributo (in)visível. A gestão familiar dos cuidados saúde (POCI/ SOC/59282/2004), procura-se neste colóquio internacional, em que se faz apelo à intervenção de especialistas nacionais e internacionais nestas matérias e a outras pessoas interessadas pelas mesmas, reflectir sobre este conjunto de questões, de modo a tornar mais inteligíveis os contributos da família em matéria de preservação da saúde e de combate à doença quando sobrevém.
Este Colóquio é organizado, por três sessões plenárias centradas em conferências
(40 minutos cada):
Dr. Miguel Leão, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos: “Novos desafios da saúde à família”;
Prof. David Serfaty, vice-presidente da Sociedade Francesa de Ginecologia: “Da contracepção à esterilização voluntária nas sociedades europeias”;
Homenagem ao Dr. Albino Aroso, presidente da Comissão Nacional de Saúde Materno e Neonatal e vencedor do primeiro Prémio Nacional de Saúde.
Além destas conferências, serão organizadas sessões temáticas resultantes das propostas de comunicação com a duração de 15mn. Estas deverão conter uma página, no máximo (300 palavras), incluir a problemática central integrada neste colóquio e entregues impreterivelmente até ao dia 9 de
Março para o seguinte endereço:
Att Sofia Oliveira
Telef.: 253604280 – ext: 5288
E-mail: sofiaoliveira@ics.uminho.pt
Universidade do Minho – ICS
Campus de Gualtar
4710-057 Braga “