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Alunos exploram têxteis sensoriais

Este projecto permitiu integrar sensores em têxteis, e até desenvolvê-los a partir destes materiais, para medição do movimento respiratório, batimento cardíaco e temperatura corporal.

 

Explorar as possibilidades de integrar sensores em têxteis, e até desenvolvê-los a partir destes materiais, foi o desafio lançado pelo docente Os jovens exploradores acabaram por revelar um verdadeiro espírito científico e certas competências tecnológicas maduras para a sua tenra experiência no terreno da investigação.

O projecto pretendeu essencialmente implementar um sistema que permitisse, através de têxteis sensoriais, a detecção dos movimentos da respiração e dos batimentos cardíacos, assim como a medição da temperatura corporal.

 

Para detecção da respiração e dos batimentos, os jovens investigadores desenvolveram dois protótipos: uma cinta com sensores piezoeléctricos integrados e uma malha tricotada a partir de fio condutor eléctrico, em que a própria malha funciona como um sensor de extensão.

 

«Fizeram-se várias experiências para optimização do sistema e chegou-se a um produto final cujo bom desempenho demonstra claramente as potencialidades destas estruturas tricotadas sensoriais», revela Hélder Carvalho. «Em relação à banda torácica dotada de sensores piezoeléctricos, os resultados são ainda melhores, conseguindo-se distinguir perfeitamente os movimentos respiratórios, isto é, a inspiração e a respiração».

 

Para monitorizar a temperatura corporal, os aprendizes científicos projectaram uma veste, na qual foi incorporado um sensor de temperatura do tipo NTC (Negative Temperature Coefficient), de dimensões exíguas e de fácil aplicação, que permite uma constante monitorização deste parâmetro.

 

«Foram também desenvolvidos pequenos módulos electrónicos para o tratamento dos sinais», afirma. «A interpretação dos resultados foi realizada através de um software Labview, que permite em tempo real a leitura e visualização dos movimentos respiratórios e o cálculo da temperatura».

 

No final, os pequenos inventores utilizaram ainda a malha “eléctrica” para levar a cabo uma experiência de natureza mais artística. Tal como explica o docente do departamento de Engenharia Têxtil, estamparam-na com «um pigmento cromotrópico e depois, através da passagem de corrente eléctrica e subsequente aquecimento do tecido, produziram uma alteração de cor».

 

Para Hélder Carvalho, a aventura científica está ainda a dar os seus primeiros passos mas deixa já «antever projectos de maior envergadura com grande potencial industrial». Com efeito, um horizonte de novas possibilidades abre-se neste campo de investigação. «As próximas vias a explorar serão a medição da humidade, temperatura e outras variáveis, com malhas condutoras e sensores configurados através de padrões bordados sobre tecidos», anuncia Hélder Carvalho.

 

 

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