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Colóquios de Física 2006/2007

A produção sanguínea tem a sua origem numa população de células estaminais, as células estaminais hematopoiéticas, que são capazes de se auto-replicarem mantendo intacta a sua capacidade de diferenciação em qualquer outro tipo de célula hematopoiética.


Estas células estaminais estão na origem de toda uma série de doenças hereditárias e/ou adquiridas, que podem resultar numa insuficiência grave da medula óssea ou em diversas formas de cancro, como é o caso da leucemia mieloide crónica (CML), recentemente em grande evidência.


Nesta palestra começarei por determinar o número de células estaminais que contribuem activamente para a hematopoiese e que, dado o seu limitado número em humanos, determina que efeitos estocásticos, tão comuns em física, contribuam de forma muito significativa para a dinâmica de evolução de doenças no sistema hematopoiético. Por seu lado, desenvolverei de seguida um modelo matemático simples que nos permite compreender a arquitectura multi-compartamental do sistema hematopoiético.


Neste modelo células em diferentes estágios de maturação ocupam compartimentos diferentes numa cadeia em equilíbrio dinâmico. Em cada compartimento, as células replicam-se asimétricamente contribuindo quer para uma diferenciação para estágios de maior maturação quer para uma amplificação do número total de células que, em qualquer instante, se encontram num dado compartimento.



Contactos:


Departamento de Física
Universidade do Minho
Telefone: 253 60 43 20
E-mail: sec@fisica.uminho.pt

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