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Universidade do Minho na vanguarda da inovação

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Criando um espaço desportivo único em Portugal, soube também aproveitar esta oportunidade para, paralelamente, desenvolver projectos de investigação científica associados a esta prática desportiva. A criação de um robot apanha bolas ou do estudo acerca da trajectória, velocidade e distâncias percorridas pelas bolas de golfe, são fruto dessa visão, que neste momento coloca a UMinho como uma instituição na vanguarda do Ensino Superior em Portugal.

 

Visto por muitos como um desporto elitista, o golfe é no entanto uma modalidade com uma forte componente de socialização, e que está enraizado em culturas que se pautam por ensinos de referência, como é o caso dos Estados Unidos da América, da Grã-Bretanha ou do Japão.

 

Em países como estes, que paralelamente estão na vanguarda do conhecimento, não é difícil encontrar universidades com campos de golfe, e onde existe uma forte aposta nesta modalidade. Outro bom exemplo disso provém do órgão máximo do desporto universitário mundial: a Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU). Esta entidade é responsável pela organização, por exemplo, do segundo maior evento multi-desportivo do mundo logo a seguir aos Jogos Olímpicos: as Universiadas.

 

Paralelamente às Universiadas, a FISU organiza de dois em dois anos os Mundiais Universitários (a UMinho vai organizar em 2008 o próximo Mundial de Badminton), sendo que no caso do Golfe, estes já vão na sua 12ª edição, que se irá realizar na África do Sul. Na sua última edição, e muito curiosamente, foram três as nações que arrecadaram o maior número de medalhas: Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão.

 

Cá por Portugal, e apesar de apenas no ano passado se ter realizado pela primeira vez uma prova universitária, a UMinho esteve presente como equipa (com docentes e alunos a competir lado a lado), tendo tido uma boa performance. Um desses alunos que estiveram em representação da academia minhota, Tiago Freitas (Eng. de Gestão Industrial) confidenciou ao UMDicas que esta nova valência desportiva vai-lhe permitir voltar a treinar e conciliar a prática desportiva com os seus estudos, algo que já não acontecia há quase dois anos. Segundo o mesmo, “este projecto é uma mais-valia a todos os níveis para a UMinho”.

 






 

Campo de Golfe: como surgiu e objectivos

 

Em conversa com o Administrador dos SASUM, Carlos Silva, este revelou-nos que esta era já uma ideia antiga de ajudar a requalificar o Campus de Azurém e de ao mesmo tempo criar uma infra-estrutura que permitisse à comunidade interna e externa a prática deste desporto. Segundo o mesmo “um dos objectivos principais é potenciar o enquadramento do campo com a prática desportiva. Foi algo que foi muito bem discutido, ponderado e avaliado.”

 

Se investigarmos um pouco, constatamos que nas universidades americanas é normal haver este tipo de infra-estruturas. O golfe nas terras do Tio Sam está mais implementado e enraizado que na Europa, embora deste lado do Atlântico se venha a notar um crescimento cada vez maior nesta área.

Quando questionado acerca dos estudos feitos sobre este projecto, Carlos Silva respondeu-nos que: “Antes de avançarmos com este modelo estudamos outros campos/modelos na Europa. Um campo parecido com este em termos de estrutura e potencial é o da Universidade de Navarra, em Espanha. Visitámo-lo, estudámos o seu modelo de gestão, implementação e procuramos saber o tipo de procura que tinha. Em Portugal não havia algo do género dentro de um campus universitário para realizarmos este estudo.”

 

Outro factor curioso que surge associado a este projecto é o da criação de um robot capaz de apanhar as bolas lançadas para o campo. Ficámos a saber que o projecto do robot surgiu logo no início do plano de idealização de como iria funcionar o campo. Este género de infra-estrutura desportiva, em que os utentes atiram um elevado número de bolas para o mesmo espaço, tem que ter alguém responsável pela recolha das mesmas. Para reduzir os custos de ter mais recursos humanos alocados a esta tarefa Tayloriana, surgiu então a ideia de se construir um robot capaz de desempenhar estas funções. Foi então que foram contactadas as Licenciaturas em Engenharia Electrónica e Mecânica e lhes foi lançado o repto da construção de um autómato capaz de realizar de uma forma independente a tarefa da recolha de bolas no campo. As ideias foram apresentadas, e o desafio foi aceite, quer por professores, quer por alunos de ambas as licenciaturas, que em conjunto trabalharam na consecução deste desafiante projecto científico.

 

A associação da investigação científica à prática do golfe surge então como um dos objectivos delineados à partida para este projecto. Para além da criação de um robot, foi nos dito também que o Departamento de Física da UMinho está a realizar um estudo relativamente à análise das trajectórias, velocidades e distâncias percorridas pelas bolas.

 






 

Parcerias

 

Segundo o Administrador dos SASUM, Carlos Silva, “existem diversos parceiros estratégicos a nível do desenvolvimento tecnológico e a nível de patrocínios.” Dessas mesmas parcerias sai o financiamento inicial do campo nesta primeira fase, baixando assim os custos do projecto. Num futuro próximo, existe a forte possibilidade de o campo ter o nome de uma multinacional ou de uma instituição, algo semelhante ao que acontece no mundo do futebol, como é exemplo o SCBraga.

 

Por enquanto não podem ser revelados mais pormenores relativamente a estas parcerias, pois segundo o Administrador dos SASUM, “ainda se está numa fase de negociações e revelar agora mais detalhes acerca do assunto pode comprometer os acordos de cooperação e sponsorização.”

 






 

Inauguração durante o mês de Novembro… Preços, Tarifas e Serviços

 

Os preços a praticar serão cerca de quatro a cinco vezes mais baratos para a comunidade estudantil da UMinho, do que aqueles praticados em infra-estruturas deste género. A comunidade docente terá também tarifas mais reduzidas que a externa, onde a procura por este serviço é já bastante elevada.

 

Como é regra no desporto da UMinho, haverá acompanhamento especializado para o desenvolvimento correcto desta prática desportiva. Vai estar em funcionamento uma academia e uma escola de iniciação ao golfe, o que irá potenciar ainda mais a expansão e divulgação da modalidade.

 
























































Golfe – Campo de práticas

1 euro

2 euros

Aluguer de Taco (aula)

Cesto de 24 bolas

0,5 euros

1 euro

Cesto de 48 bolas

1 euro

2 euros

Aulas – Pacote de 10 aulas para um máximo de 2 alunos por aula de 30′

50 euros

120 euros

Aulas – Pacote de Iniciação, 5 aulas para um máximo de 5 alunos por aula de 30′

15 euros

40 euros

Aula Individual de 30′

7,5 euros

15 euros

Cartão anual para alunos/funcionários (máximo de 98 bolas/dia)

80/160

 

Cartão de 50 cestos com 48 bolas para Externos

 

90 euros

Cartão de 100 cestos com 48 bolas para Externos

 

160 euros

Cartão de 150 cestos com 48 bolas para Externos

 

210 euros

Cartão anual para Empresas (máximo de 1000 cestos/ano)

 

500 euros

Aluguer do campo para evento com duração de meio dia (9h00-13h00 ou 14h00-18h00)

600 euros

Aluguer do campo para evento com duração de um dia (9h00-18h00)

1.000 euros

 

 






 

O que diz o Reitor

 

“É um projecto de valor e que dá também uma imagem de marca à universidade nesta sua capacidade de pensar diferente, à frente, de uma forma inovadora e em sintonia com aquilo que é também uma sua característica: esta é a universidade que tem a marca da prática regular de desporto pela sua comunidade académica.

 

O aproveitar deste contexto para requalificar um espaço e abrir aqui uma modalidade desportiva que considero ser muito interessante do ponto de vista da socialização, desmistificando também algum preconceito sobre o elitismo, o que vem ainda mais valorizar a Universidade. É um exemplo por mais esta instância em relação ao resto do País, da capacidade de criação e inovação…

 

Relativamente ao financiamento, este é um projecto auto-sustentado cujo investimento ronda os 80 000 euros e que é necessário desmistificar em termos de questões orçamentais. Esta é uma verba que não tem nada a ver com o orçamento da Universidade. Isto é um investimento para a prática desportiva, que se não estivesse aqui, estava num dos pavilhões desportivos que servem a nossa comunidade. 

 

Este financiamento não desviado de sítio nenhum, é um investimento do desporto. Se quisermos falar em termos de sub-orçamentação da Universidade para 2008, estaremos a falar na ordem dos nove milhões de euros, pelo que não são estes 80 000 euros que nos causaram problemas de forma nenhuma. De qualquer dos modos, do ponto de vista da utilização do campo e da parte publicitária, este é um investimento que tem retorno, que de uma forma optimista a um ano e de uma forma pessimista a dois anos, mas que no máximo ao fim de dois anos é um investimento que está coberto e passa a ser um inclusive um rendimento para a Universidade.

 

Este projecto é uma aposta ganha a todos os níveis, e estão de parabéns todas as pessoas que há uns anos atrás admitiram a hipótese de este ser um projecto interessante, por que será fácil ver dentro de um curto espaço de tempo ver esta ideia replicada em outras universidades do País, sendo que neste momento há já diversas universidades interessadas neste conceito e em implementá-lo. O interessante para nós não é a questão de ganhar, mas é percebermos que estamos à frente.”

 

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves

nunog@sas.uminho.pt

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