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Num dia cheio de emoções, a formação da UMinho não teve a sorte do seu lado, acabando por ganhar apenas um jogo, em três disputados. Todavia o dia ficou marcado pela lesão grave do jogador minhoto, Ricardo Vilas-Boas, que saiu do ringue com um ferimento no nariz e teve de ser assistido no Hospital de Aveiro, sendo depois transportado para o Hospital de S. João, no Porto, a fim de ser operado.
O torneio, inicialmente agendado para dois dias, foi reduzido para um devido à falta de comparência das equipas de Lisboa, que já no último Campeonato Nacional Universitário (CNU) tinham boicotado o torneio. Estiveram assim presentes na prova as formações da AAUM, Universidade do Porto (UP), Instituto Politécnico do Porto (IPP) e a equipa anfitriã, da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). Deste modo, as equipas foram alinhadas todas num grupo, num sistema competitivo de um contra todos.
A competição arrancou pelas 10:30 da manhã com a formação da UP bater a AAUAv por 2-1. Seguiu-se o jogo da UMinho, que entrou a perder, por 4-3, num jogo muito equilibrado ante o IPP, que mostrou ser a equipa melhor preparada e com melhores argumentos para vencer o torneio, o que acabaria por se confirmar.
Apesar do resultado desfavorável, foram os minhotos que entraram melhor no jogo e aos cinco minutos já venciam por duas bolas, com golos de Ricardo Guerra e Tiago Pereira, aos três e aos quatros minutos, respectivamente. O IPP reduziu logo a seguir para 2-1, aos sete minutos, mas a UMinho aumentou outra vez a diferença, com um grande golo de Ricardo Guerra, que em contra-ataque fez o 3-1. Antes do intervalo, os estudantes do Politécnico ainda haveriam de marcar o segundo golo, a 17 segundos da saída para os balneários.
Na segunda parte, os minhotos sentiram algumas dificuldades na defesa e acabaram por sofrer dois golos de rajada, aos oito e aos nove minutos, terminando o jogo com o placar a registar 4-3, favorável ao IPP. Jogaram de início: Ricardo Vilas-Boas, Tiago Pereira, Carlos Coelho, João Celso Silva e Ricardo Guerra. No banco ficaram Ivan Pereira e Tiago Pereira.
Depois da pausa para almoço, a UMinho partiu para os desafios da tarde já sem o atleta Tiago Pereira, que teve de se ausentar, e passou a contar apenas com seis jogadores. Antes deste jogo, o pavilhão do Bom Sucesso ainda viu o IPP a cilindrar a equipa da casa por 7-0. No embate seguinte, entre a AAUM e a UP, o técnico do conjunto minhoto, Ricardo Almeida, colocou Ivan Pereira no cinco inicial.
A primeira parte pertenceu ao conjunto minhoto que chegou rapidamente aos 2-0, com dois tentos de Ricardo Vilas-Boas, que a dois minutos do intervalo, saiu lesionado e não pode ajudar mais a sua equipa. Entrou para o seu lugar Tiago Pereira e, a partir desta altura, a formação minhota viu-se então obrigada a disputar o resto do torneio sem jogadores no banco para rodar.
Cientes das fragilidades da equipa adversária, os hoquistas portuenses partiram, na segunda metade do jogo, para cima da formação do Minho, porém, desta vez, os minhotos acertaram a marcação defensiva e conseguiram ainda aumentar a vantagem para três golos, aos nove minutos, por intermédio de Ricardo Guerra. Seguiu-se um período frenético, com três golos em três minutos, dois para a UP e um para a UMinho. A partir daqui, os estudantes da academia minhota não perderam a cabeça e conseguiram aguentar o jogo até ao fim. Resultado final, vitória da UMinho por 4-2.
Para complicar ainda mais as coisas, a formação da UMinho teve de disputar a última partida sem tempo de recuperação entre os dois jogos. Os hoquistas minhotos, fisicamente desgastados, cederam uma derrota, por 2-0, frente a uma equipa da AAUAv, que noutras condições estaria bem ao alcance da AAUM.
O I TA de Hóquei em Patins só ficou fechado com o empate a duas bolas entre as equipas do Porto, UP e IPP.
Feitas as contas, o IPP ficou em primeiro lugar, com sete pontos, a UP em segundo, com quatro pontos, a AAUAv em terceiro lugar, com três pontos e AAUM em quarto também com três pontos, mas em desvantagem no confronto directo com os aveirenses. O último lugar na prova não reflecte o real valor da equipa minhota, que apesar de todas as contrariedades conseguiu deixar uma boa imagem na prova.
O técnico da formação minhota, Ricardo Almeida, saiu de Aveiro com o” sentimento de dever cumprido”. O treinador da UMinho frisou que, apesar de terem faltado “alguns jogadores, uns por causa de Bolonha e outros por motivos que ainda não sabemos, os que estiveram presentes portaram-se à altura”. Para o próximo TA, o objectivo passa por “pontuar e passar à fase seguinte” adiantou o professor Almeida.
Texto e Fotografia: Carlos Rego