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Para estudar e superar com êxito os exames






Fazer directas, fazer uns ”comes e bebes” em vez de refeições, deslocar horários, tomar um pequeno-almoço de ”grilo”, aquecer mais uma lasanha, petiscar mais umas bolachas, comer mais um chocolate ”para dar mais energia” e mais um café para se ”manter mais acordado”…


 


Todos estes ”mais” traduzidos em exageros, combinados com a rotina académica e a desalinhada rotina diária, principalmente nesta época de exames, conduzem a desequilíbrios. Os desequilíbrios de qualquer tipo (sejam afectivos, alimentares ou de sono) podem deteriorar a performance durante o período de preparação para os exames.


 


O nosso cérebro humano representa apenas 2 a 3% do peso corporal, mas quando falamos do seu consumo energético, este é mais parecida a um gremlin insaciável, absorvendo até 20% da energia extraída dos alimentos.


 


A glicose, transportada pelo sangue, é a principal fonte de energia do cérebro. Quando a concentração de glicose no sangue baixa o nosso fígado encarrega-se de drenar na corrente sanguínea mais glicose (que previamente sintetizou e/ou armazenou) ou corpos cetónicos (produzidos a partir de ácidos gordos) que serão também utilizados pelo cérebro como substrato energético. Contra o que vulgarmente se diz, não é necessário ingerir mais calorias numa época de alto desempenho intelectual. É sim indispensável, num contexto de alimentação equilibrada, o abastecimento regular de alimentos ricos em hidratos de carbono (fornecedores de glicose) tais como o pão, as massas, o arroz, as batatas e as leguminosas.


 



Pequeno-Almoço ou Primeiro-Almoço!


Não tomar o pequeno-almoço pode pôr em causa a satisfação das nossas necessidades nutricionais para o resto do dia comprometendo o nosso desempenho físico e  intelectual e o nosso humor.


Há que o tomar sempre, e sempre que possível, da melhor maneira. Um pequeno-almoço completo deve integrar pelo menos um alimento de cada um dos três grupos seguintes:


 


– Os lacticínios (leite, queijo, iogurtes).


– Os cereais e derivados (pão, cereais de pequeno-almoço, tostas, bolachas pouco doces). Relativamente aos cereais devem preferir-se os pouco doces com menor teor de sódio (sal), e mais ricos em fibra. Se o pão, tostas ou bolachas forem integrais, melhor, porque outros nutrientes reguladores abundarão também.


– A fruta reforça o abastecimento de vitaminas e minerais, fitoquímicos e fibra. Fruta de toda quanta há, esmagada ou batida é mais nutritiva do que em sumos; cozinhada sem ou com pouco açúcar, …


Boa regra é variar de alimentos em todas as refeições e lanches, naturalmente também é válida para o pequeno-almoço e não há razão para a monotonia que o caracteriza entre nós. Alternar os alimentos é agradável e estimula o apetite.  


 


Às refeições principais


Os hortícolas e as frutas não devem faltar. Dois grupos de micronutrientes essenciais podem ser relacionados com uma óptima performance cognitiva: as vitaminas hidrossolúveis (complexo B e C), e os minerais cálcio, magnésio e zinco, todos presentes nestes alimentos.


 


Não se substituam as refeições tradicionais de almoço e jantar (feitas à mesa e constituídas por carne, peixe ou ovos; arroz, massa, batata ou leguminosas secas; produtos hortícolas e fruta) pelas de preparação mais rápida (pizzas, hambúrgueres, lasanhas, rissóis e outros), geralmente ricas em gordura, mais salgadas e de difícil digestão.


 


As cantinas universitárias revelam-se boas alternativas a estas comidas desajustadas e deficientes, de culinária salgada e gordurosa.  


 


Ao lanche


A meio da manhã e meio das tardes comam-se peças de fruta, iogurtes ou batidos lácteos e pão, em vez de produtos mais energéticos, mais imediatos, e menos nutritivos, como são os produtos de pastelaria ou as barritas de cereais.



 


À ceia


Prefira-se leite com pão ou bolachas pouco doces ou, em alternativa, iogurte e fruta.



 


Ao longo dos dias


Uma hidratação deficiente pode causar cansaço, dores de cabeça, dificuldades na concentração e um desconforto geral. É fundamental que se beba água em abundância diariamente.


 


Nesta época é frequente o recurso a suplementos nutricionais de vitaminas e minerais, entre outros. É necessário sublinhar que numa alimentação bem planeada que inclua alimentos de todos os grupos, são supridas a totalidade das necessidades de energia e nutrientes, sem recorrer a nenhum tipo de suplemento.


No caso de os tomarmos, devem ser recomendados por um especialista, e convém sublinhar que apenas serão obtidos resultados (caso se verifiquem!) após períodos de tratamento de semanas ou meses e não a curto prazo.


 


O exercício físico regular, esse sim, tem efeitos mais que provados no aumento da capacidade intelectual e melhoria do humor.


 


O consumo de bebidas excitantes como o café, o chá ou outras bebidas estimulantes, mantêm-nos despertos, mas não aumentam a concentração nem a memória. A única forma de fazer com que o corpo e a mente rendam é estarem bem descansados.


Um sono reparador é prejudicado pela cafeína e outros excitantes; uma barriga a dar horas ou digestões difíceis também dificultam o sono; preocupações e assuntos por resolver igualmente afectam o adormecer.


 


 
































 

Não memorizar:

 

Aprender a:

        Saltar refeições

      Respeitar os horários das refeições

        Realizar refeições monótonas

      Variar de alimentos

        Prolongar o jejum nocturno

      Tomar o pequeno-almoço

        Recorrer a refeições de preparação rápida

      Recorrer à cantina ou planear as refeições

        Consumo de alimentos ricos em gordura

      Aumentar consumo de hortícolas e frutas

        Consumo de bebidas açucaradas

      Eleger a água como bebida de eleição

        Consumo excessivo de bebidas excitantes

      Respeitar as horas de sono

        Sedentarismo

      Fazer regularmente exercício físico


 


 


Cristina da Cruz, Duarte Torres


Biotempo, Consultoria em Biotecnologia Lda.

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