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Vice-Campeões…outra vez.







Fotos disponiveis online na Galeria BIG





 

A Associação Académica de Coimbra (AAC) organizou nos passados dias 7 e 8 de Junho, no Pavilhão Multidesportos de Coimbra, a 6ª edição da Final Four da Liga Universitária de Futsal (LUF).

 

Contando com a presença das quatro equipas que se apuraram em 1º e 2º lugar das Zonas Norte e Sul – Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Associação Académica da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) e Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria)  – esta Final Four ficou marcada por duas grandes meias-finais (apenas resolvidas no prolongamento) repletas de emoção e incerteza até ao apito final dos árbitros.

 

A primeira meia-final pôs frente-a-frente a equipa mais forte no papel desta prova, o IPLeira, e a teoricamente mais fraca, a AAUMinho. Das quatro equipas presentes, o conjunto minhoto era o único que não dispunha nas suas fileiras de atletas da 1ª divisão, enquanto, por sua vez, os leirienses contavam por exemplo, com Ruizinho, atleta que já defendeu as cores do Benfica.

 






Pedro Palas, técnico da AAUMinho, dando as últimas indicações antes do apito inicial.

 

O IPLeiria entrou a todo o gás nesta partida, fazendo uma impressionante circulação de bola. Remetida quase exclusivamente à defesa nos primeiros dez minutos desta etapa, a AAUMinho quase que nem ?cheirou? a redondinha neste período de tempo.

 

Os leirienses com Ruizinho a comandar as operações, acabariam inevitavelmente por chegar ao golo. Mário Silva após um roubo de bola em zona proibitiva fez o 1-0, cabendo a Victor Rodrigues, após tabela com Ruizinho, ampliar a vantagem no marcador para um justo (atendendo à produção de ambos os conjuntos) 2-0.

 

A partir daqui notou-se algum “acomodar” por parte dos atletas da cidade do Lis, que tiraram o pé do acelerador e começaram a jogar numa lógica de gestão do resultado. Erro crasso.

 






Velhos são os trapos… apesar da idade, o veterano Rui Dias continua a desempenhar um importante papel no desenho táctico da equipa.

 

Os minhotos começaram a ganhar confiança, e com um inspiradíssimo José Magalhães a liderar a reviravolta, assumiram a iniciativa de jogo. Nos últimos 7 minutos deste primeiro tempo só deu AAUMinho, tendo a dupla de esquerdinos Resende/Magalhães disposto de algumas oportunidades para reduzir a diferença no marcador.

 

No regresso dos balneários, a toada de jogo manteve-se a mesma, com a AAUMinho a literalmente encostar o IPLeiria às cordas, dando um autêntico sufoco nos leirienses. Estes, apenas a espaços saiam do seu meio campo, procurando levar perigo em venenosos contra-ataques.

 

Com o tempo a perigosamente passar sem que o esférico tocasse o fundo das malhas da baliza do guardião de Leiria, o técnico da AAUMinho, Pedro Palas, assume, e bem, o risco de colocar a equipa a jogar em 5-0.

 






Com o tempo a esgotar-se, as emoções estavam à flor da pele…

 

Os minhotos a cerca de 6 minutos do fim começaram então a jogar com o guarda-redes avançado, procurando provocar desta forma desequilíbrios no esquema táctico do IPLeiria.

 

Esta sempre arriscada opção veio a demonstrar-se acertada. A cinco minutos do fim Ruizinho faz auto-golo após passe de Luis Resende, cabendo ao mesmo Luis empatar a contenda a escassos 11 (!) segundos do fim.

 

No prolongamento os esquerdinos da AAUMinho voltaram a ditar as leis. Magalhães cruza e Marrocos pleno de oportunidade faz o 3-2. Numa altura em que ambas as equipas estão com seis faltas, Magalhães num livre de 10 metros faz o 4-2. O Leirienses a atacar agora em 5-0 ainda reduziram para 4-3 por intermédio de Micael Domingues, mas já foi tarde demais.

 

Com o apito final do árbitro, houve uma explosão de alegria no banco minhoto, que se vê assim pela segunda vez em três anos, na final da Final Four da LUF.

 






Air Magalhães?

 

Magalhães, o homem do jogo, viu a partida desta forma:

 

Foi um jogo de muita luta. Acreditamos sempre que era possível dar a volta ao resultado. Começamos o jogo menos bem, mas depois melhoramos muito e com uma pontinha de sorte – merecida – conseguimos levar o jogo para o prolongamento. Ai, fomos largamente superiores, e com mais cabeça e menos coração, conseguimos uma vitória justíssima”

 

A final iria colocar frente a frente a AAUMinho e a AAUBI, que havia derrotado na outra meia-final a AAUTAD por 5-3, após prolongamento.

 






O “levezinho” da AAUMinho, Luis Resende

 

No jogo da verdade, os minhotos entraram melhor, e cedo abriram a marcha do marcador, pelo inevitável esquerdino, Luis Resende. A AAUMinho dominou por completo os primeiros dez minutos, tendo neste período desperdiçado diversas oportunidades de golo.

 

Como quem não marca arrisca-se a sofrer, os beirões haveriam de dar a volta ao resultado ainda antes do final da primeira parte. Paulo Bastos num livre de 10 metros e Luis Marques após jogada de entendimento, colocaram a AAUBI em vantagem, numa altura em que pouco haviam feito para a merecer.

 

A segunda parte traria apenas mais dois golos, um para cada lado. A AAUBI fez o 3-1 por intermédio de Carlos Santos, sendo que já perto do final, Bruno António reduziu para 3-2.

 






O vice-capitão, Hugo Silva, também conhecido por Marrocos

 

Até ao apito final do árbitro a AAUMinho bem tentou remar contra a maré, mas só se pode queixar de si própria. Por duas vezes teve o empate na mão, mas não o conseguiu consumar após perdidas na cara do guarda-redes adversário.

 

Após o apito final, foi a natural explosão de alegria no banco beirão, enquanto que por sua vez, os minhotos sentiam a amargura de ter tido o pássaro no mão e o terem deixado fugir.

 






Contrastes…

 

Resende, uma das figuras da AAUMinho nesta Final Four, mostrava-se resignado, afirmando que “qualquer uma das duas equipas merecia vencer a competição. Foi um jogo bem disputado, com grandes oportunidades de golo, quer para um lado, quer para o outro, por isso aceita-se este resultado…”

 

Magalhães, o outro esquerdino em destaque, por sua vez preferiu salientaro grande infortúnio por termos perdido logo no inicio da meia-final o Eduardo (Ferrugem), que é muito importante para a equipa. Este segundo lugar é dedicado a ele e ao Doutor Paisana que mais uma vez fez tudo para termos todas as condições para lutar pela vitória, durante uma época desgastante”.

 






Ainda não foi desta que o capitão André Costa (Soquete) levantou o caneco…

 

Numa altura em que se fala que a LUF tem os seus dias contados (para o próximo ano fala-se que voltará a imperar o modelo competitivo dos Torneios de Apuramento), a AAUMinho pode ter desperdiçado uma oportunidade única de se juntar ao clube de equipas que venceram esta prova: UTL, AAUBI, AAUTAD e AAC.

 

Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves

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