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Criatividade e inovação em debate na semana da escola de Engenharia










 

Visitas, concursos, apresentações de trabalhos, debate e outras iniciativas mais, foi assim durante a semana para todos aqueles que passaram pela escola de engenharia.

 

Um período de comemoração mas também de reflexão e análise, onde se pôde renovar e aprofundar desafios que a sociedade civil coloca à engenharia, nos seus mais variados segmentos.

Apostados na inovação, criatividade e investigação, os engenheiros minhotos consideram que a escola “está no caminho certo, rumo a um patamar superior de competitividade internacional”, e nessa mesma lógica o presidente da escola, Eng. António Cunha afirmou: “para que a escola possa ser competitiva ao nível internacional é necessário apostar na criatividade e inovação”.

 

Conscientes de que do debate surge sempre algo positivo, na Quinta-feira, dia 30 de Outubro, realizou-se um workshop onde investigadores da área debateram sobre algumas questões. Os atrasos de verbas que o fundo para a ciência e tecnologia (FCT) disponibiliza para as bolsas de investigação, as dificuldades na mobilidade dos investigadores no espaço internacional – os atrasos dos vistos de permanência, mais particularmente – e até as dificuldades em atrair investimento privado para os projectos vieram à discussão.

 






 

A internacionalização das universidades portuguesas e da investigação nacional, foi, de todo o modo, o fio condutor do ?certame?, apresentando-se como um ponto onde os académicos alinharam pelo mesmo tom. Por conseguinte, e no entender dos investigadores, o financiamento é base importante, na medida em que a “massa critica dever ser clusterizada numa aposta da qualidade e excelência num périplo que se quer vitorioso” como referiu António Cunha, em jeito de balanço final. Mas, não é tudo, pois, e como referiu durante a “tertúlia” o professor Alberto Proença “devem-se criar condições para que assegurar a permanência dos melhores activos em Portugal”.

 

Nesta procura de uma valorização ao nível internacional, a cooperação institucional entre universidades deve ser também levada em conta. Neste sentido, Proença deixou também patente a necessidade de “uma concertação entre várias instituições no sentido de perseguir a excelência”, asseverou.

 

Já o Vice-reitor da universidade do Minho, Eng. Manuel Mota destacou, contudo, o “quão necessário se torna uma aplicação na engenharia das ferramentas mais emergentes”. Mota explicou que a UM deve “apostar cada vez mais nas publicações em jornais e revistas cientificas de alto impacto”.

 






 

O académico não se coibiu de mostrar que a UM tem possibilidades de se tornar ainda mais competitiva. Para isso, deve-se, acima de tudo, buscar “uma credibilidade fora de portas”, acrescentou.

 

O que se torna evidente, um pouco por todas as universidades, não só as portuguesas mas também as europeias, são as inúmeras parcerias que têm vindo a ser implementadas.

 

Na semana da escola os protocolos para a investigação com o MIT, CMU Portugal e UT Austin, por exemplo, foram analisados. Este facto, nas palavras do professor Manuel Freitas, demonstra “o dinamismo dos centros de investigação? em Portugal. O docente e investigador deixou ainda claro, e na orientação do que disse também Alberto Proença, que “uma entidade por si só não chega a lado nenhum isoladamente”.

 

Durante a semana a tecnologia e a criatividade dos engenheiros e investigadores minhotos estiveram de portas abertas e as linhas de intervenção não negligenciaram as questões actuais e globais, como é o caso da crise económica e financeira que afecta também o sector da engenharia. Por esse motivo, numa conversa aberta esteve presente uma economista e professora da escola de economia e gestão da UM.

 






 

Quem também passou por Azurém foi o reitor da UM, Guimarães Rodrigues. O responsável máximo da universidade aproveitou para, no discurso de encerramento da sessão solene, deixar uma mensagem em jeito de incentivo aos investigadores minhotos e não só:”queremos aprender, e por isso dêem-nos problemas” aferiu. E são os problemas que diariamente surgem que os investigadores querem estudar e encontrar respostas.

 

A direcção da escola de engenharia aproveitou a ocasião para premiar alguns dos seus doutorados, em virtude de um concurso onde se elegeu o melhor poster; melhor comunicação oral e melhor tese de doutoramento. O prémio foi entregue pelo reitor e compreendia um valor monetário e um diploma. Como curiosidade refira-se que foram 440 os participantes inscritos.

 

A semana contou ainda com visitas de alunos de algumas das escolas secundárias da região que tiveram a oportunidade de ver alguns trabalhos dos alunos minhotos. Para António Cunha esta é a “melhor forma de mostrar aos mais jovens o que se faz na EENG, não esquecendo o objectivo de captar novos e bons alunos”.

 






 

Relativamente aos próximos anos Cunha espera que hajam mais trabalhos dos alunos de engenharia para serem apresentados aos visitantes.

 

A semana serviu ainda para a divulgação da nova imagem da escola de engenharia, com vista à actualização no mercado internacional. Com aspecto mais engenhoso e criativo a nova imagem da escola está ao alcance de todos desde o dia 30 de Outubro.  

 

Destaque ainda para o departamento de engenharia têxtil que alcançou um prémio de reconhecimento de empreendedorismo a nível nacional, aquando da realização da semana da escola. Ao UMdicas, António Cunha mostrou a sua satisfação por este prémio.

 

No 33º aniversário da escola de engenharia foi ainda possível experimentar uma nova forma de utilizar a BUTE. Através das “pedaladas” dos participantes, a energia era direccionada para um mecanismo que fazia activar uma pista com dois mini carros de corrida.

 

Texto: José Carlos Bragança

Fotografia: Nuno Gonçalves


 

 

 

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