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Récita do 1º de Dezembro com muita cultura







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Com o auditório cheio, o Coro Académico da Universidade do Minho inaugurou a noite de cânticos com o Hino da UMinho. Seguiram-se os Bomboémia (Grupo de Percussão), Afonsina (Tuna de Engenharia), Grupo de Poesia, Guitarra e Flauta, Tun?Obebes (Tuna Feminina de Guimarães), Azeituna (Tuna de Ciências), Jogralhos (Grupo de Jograis), Gatuna (Tuna Feminina de Braga), Tuna Universitária do Minho e Opum Dei (Ordem Profética). Assim, a AAUMinho conseguiu juntar uma grande variedade de grupos culturais da UMinho, à semelhança dos anos transactos.

 

A animação e boa interacção com o público estiveram sempre presentes. O Coro da UMinho e o Grupo de Poesia, Guitarra e Flauta deram um ar mais sério e sentimental à celebração. A Ordem Profética e os Jogralhos marcaram as suas actuações pela forma como cativavam o público através do humor. Já os Bomboémia marcaram pela coordenação, como habitualmente. Nos intervalos entre cada actuação, os apresentadores liam passagens do jornal “número único”, de cariz humorístico e com vários anos. O humor também esteve presente na actuação das Tunas, que ao seu jeito, juntaram a história de Portugal e a culturalidade da música ao humor.

 






 

Actuação após actuação, todos lembraram o porquê de se celebrar o 1º de Dezembro em Braga. Em 1640, e após ter estado 60 anos sob domínio espanhol, os portugueses decidiram fazer uma revolução. Cerca de 40 fidalgos dirigiram-se ao Paço da Ribeira onde estavam a Duquesa de Mântua, regente de Portugal, e o seu secretário, Miguel de Vasconcelos. A Duquesa foi presa e o secretário morto. Restaurou-se a independência, e os estudantes bracarenses foram os primeiros a dar as boas-vindas ao novo Rei, D. João IV. Os primeiros estudantes a festejar foram os do colégio de S. Paulo. As celebrações só passaram, no entanto, a ser nos moldes actuais no ano de1868.

 






 

Durante as actuações dos grupos culturais da UMinho, foram também feitas homenagens às cidades de Guimarães e Braga, ao estudante e ao amor. A entrada gratuita levou ao auditório um público variado, mas com gostos muito semelhantes no que à cultura diz respeito, pois todos estavam bastante contentes. Cláudia Dias, aluna de Ciências da Computação da UMinho, revelou que “é sempre bom juntar todos aqueles que, na Universidade, sabem fazer boa música”. “Os espectáculos foram muito divertidos e com muito sentimento, o que prova que o estudante não é aquele que tem a caneca na mão mas sim aquele que sabe apelar ao sentimento”, concluiu assim a estudante.

 






 

No final, Pedro Soares, presidente da AAUMinho, organizadora das celebrações, revelou que “é sempre muito interessante criar um espaço com tanta cultura, e homenagear os estudantes de 1640 com uma celebração destas”. O próximo passo, segundo o presidente da AAUMinho, é “arranjar um local maior para realizar este evento”. Pedro elogiou ainda as actuações dos grupos culturais: “Penso que estiveram muito bem, corresponderam às expectativas.” Quanto ao público presente, o responsável máximo da organização revelou que a adesão foi a esperada.

 






 

O Magnífico Reitor da Universidade do Minho, Prof. Doutor António Guimarães Rodrigues, também marcou presença, e mostrou-se contente por, mais uma vez, se celebrarem valores como a independência e a autonomia, muito típicos dos estudantes. “Esta autonomia estudantil deve ser humilde mas não submissa, orgulhosa mas não vaidosa, e aqui, neste local, conseguir ensinar às pessoas que o estudante sabe valorizar esses princípios”, afirmou o Reitor. Para concluir, o Prof. Doutor disse ainda que “todas as expressões de cariz cultural reveladas pelos estudantes são importantes para a Reitoria, na medida em que são importantes para a Universidade em si”.

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