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O treinador Jeremias Soares tinha à sua disposição dez atletas: Luís Germano Afonso, Tiago Rocha, Carlos Reis, Manuel Filipe Vieira, António Ferreira, Diogo Borges, Luís Marques, Mário Sousa, Rodrigo Melo e João Vilaça.
O modelo da competição contemplava onze equipas, distribuídas por três grupos, dois de quatro equipas e um de três equipas. O grupo A era composto pelas equipas da Universidade do Porto, AAUE (Évora), AAUBI (Beira Interior) e AAUAv (Aveiro). O grupo B apresentava as equipas da AAUM (Minho), AAC (Coimbra) e do Instituto Politécnico de Bragança. O grupo C continha as equipas Universidade Nova de Lisboa, da AAUAlg (Algarve), da AEIST (Instituto Superior Técnico) e da AEISMAI (Instituto Superior da Maia). Para as meias-finais qualificavam-se os três primeiros e o melhor segundo classificados.
A Associação Académica de Coimbra era a equipa mais temida, à partida para a competição. Talvez a única que lhe poderia fazer frente fosse a equipa da Universidade Nova de Lisboa.
Foi precisamente a equipa de Coimbra que surgiu no caminho da AAUM, logo no primeiro jogo. A superioridade dos conimbricenses mostrou-se muito clara, ao vencerem por 44 – 0.
O jogo seguinte da equipa minhota era contra o Instituto Politécnico de Bragança. Devido a falta de comparência dos transmontanos, a equipa da AAUM foi dada como vencedora e assim se qualificou para as meias-finais.
Do grupo A qualificou-se a Universidade do Porto, do B qualificaram-se Universidade de Coimbra e Universidade do Minho e do grupo C qualificou-se a equipa da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Para o sorteio das meias-finais, não podiam encontrar-se equipas do mesmo grupo. O adversário da AAUM foi a equipa da UNL. A equipa minhota encontrava o vencedor do grupo C. A vitória acabou por sorrir aos lisboetas, com o resultado a fixar-se em 47 – 7. Na outra meia-final, a equipa de Coimbra venceu a equipa da universidade de Évora por 15 ? 10.
No jogo de atribuição do terceiro lugar, a equipa minhota foi derrotada pela equipa da AAUE (Évora) por 47 – 5, ficando assim em quarto lugar. Na final, a favorita AAC foi derrotada pela equipa da Universidade Nova de Lisboa por 24 – 21.
O treinador da equipa da AAUM, Jeremias Soares, mostrou-se satisfeito com a classificação da sua equipa. “Correu muito bem, conseguimos uma boa classificação para, em casa, tentarmos classificar-nos para a fase final do nacional. As expectativas não eram grandes, apenas convívio e tentarmos o nosso melhor. Fomos a única equipa que não levou atletas federados e apesar de não termos ganho qualquer jogo, conseguimos fazer bons resultados frente a equipas que fazem o nacional de “seven’s”. Os nossos alunos estão de parabéns pela atitude e vontade que demonstraram.”
Sobre o rugby nacional, o treinador minhoto deixa algumas críticas. “O Rugby universitário pode ajudar a desenvolver a modalidade nas regiões do interior e na zona norte. O rugby universitário já teve melhores tempos. Nos últimos cinco anos, praticamente não existiu, e está a surgir aos poucos devido a realização do mundial universitário que irá ser organizado em Portugal. Não sei se a FADU irá manter a mesma motivação após o Mundial… E julgo que não têm qualquer importância para o rugby nacional, isto é o que a FPR demonstra quando lhes é solicitado algum apoio na realização dos eventos e noutros momentos, como na formação.”
Foi um torneio em que a equipa da AAUM, apesar de não ter vencido qualquer jogo, excluindo o jogo vencido por falta de comparência, acabou por ficar em quarto lugar. Sendo uma equipa ainda inexperiente, pode aproveitar estas ocasiões para defrontar os melhores, tentando aumentar as exigências. Um pouco à imagem da selecção portuguesa, no último Campeonato do Mundo da modalidade.
Texto: João Dias
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