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Muita emoção no regresso do Celta ao Theatro Circo










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A sexta-feira, dia 12, começou com a actuação da Azeituna (Tuna de Ciências da UMinho) em conjunto com a Tuna Académica da Universidade Lusíada do Porto. O público, que encheu o Theatro Circo, aplaudiu de pé a actuação daqueles que proporcionaram a realização do Celta. Após a abertura, os presentes conheceram um dos grandes símbolos da tuna organizadora, o humorista João Seabra, que foi o apresentador do festival, juntamente com outro membro da Tuna de Ciências, Carlos Castro.

 






 

Seguiu-se a primeira tuna a concurso, a Tuna da Universidade Católica Portuguesa do Porto, que foi muito aplaudida pelo público. Os intervalos, esses, eram carregados de humor protagonizados pelos apresentadores, mas não só. Houve também um número de ilusionismo e equilíbrio, para relembrar o tema do festival, o Circo. A Hinoportuna (Aveiro) e a Estudantina (Lisboa) foram as últimas tunas a concurso do dia. Os aveirenses conseguiram até a maior salva de palmas da noite, devido à sua actuação. Para terminar, a actuação da Tuna Universitária do Minho, que reeditou a actuação que há dez anos havia feito no último Celta realizado no Theatro Circo.

 

No dia seguinte, a primeira Tuna a concurso a actuar foi a Tuna Académica Infantuna Cidade de Viseu. Seguiu-se a TUIST que traria o momento mais comovente da noite. Para além da entrada muito animada, com boa coordenação e ritmos latinos no seu instrumental, o elemento mais antigo da TUIST, Mário, conhecido por “Super Mário”, traçou a capa, dez anos depois. No seu discurso, Mário afirmou: “Prometi a mim mesmo que não traçava mais a capa até voltar aqui ao Theatro Circo”. “Hoje que voltei, posso fazê-lo, em homenagem ao maior palco de tunas de Portugal”, concluiu assim “Super Mário”, traçando a capa visivelmente emocionado, enquanto recebia a maior salva de palmas de todo o evento.

 






 

A actuação da TUIST continuou sempre com números de humor relacionados com o Circo, no intervalo de cada música. Mário revelou que esta é uma das características da tuna lisboeta: “Nós tentamos sempre adaptar as nossas actuações a algum tema, neste caso o do festival era o Circo e aproveitamos esse facto”.

 

Seguiu-se a Tuna Masculina da Universidade dos Açores, os Tunídeos, que com muitos apoiantes na plateia, tocaram cinco músicas marcadas pela qualidade dos seus estandartes. Os açorianos apostaram, também, em usar o tema do Celta para fazer humor, nos intervalos das suas músicas. Para encerrar o concurso, a Magna Tuna Cartola de Aveiro, detentora do título do Celta do ano passado e do anterior. Os Cartolas, como são conhecidos, caracterizaram-se por terem um estilo mais melódico. Todas as suas músicas tiveram dedicatórias e acabaram a actuação com músicas populares portuguesas.

 


 

A entrega dos prémios galardoou a TUIST com o primeiro prémio de melhor tuna, seguida da Infantuna de Viseu e Cartolas, com o 2º e 3º lugares, respectivamente. Após receber o prémio de melhor tuna, o Magister Tunae (responsável máximo) da TUIST, Carlos Matrena, mostrou-se “orgulhoso” por receber o prémio da sexta vitória da sua Tuna no Celta. Quanto ao festival Carlos disse estar “sem palavras para descrever o ambiente que aqui vivemos e quilo que sentimos quando pisamos novamente este palco”. Foi no Theatro Circo, em 1993, uma das primeiras actuações da TUIST como tuna académica.

 






 

 Os restantes prémios foram o de melhor porta-estandarte (Tunídeos), melhor solista (TUIST), melhor pandeireta (Católica do Porto), melhor instrumental (TUIST) e tuna mais tuna (Tunídeos), prémio que só foi entregue numa festa depois do festival. A tuna vencedora há dez anos atrás, a Estudantina de Lisboa, não ganhou nenhum prémio.

 

Diogo Carvalho, coordenador geral do evento, fez um balanço “bastante positivo” da forma como correu o festival. Diogo admitiu ainda que “na sexta houve alguns pormenores a melhorar, mas no sábado tudo correu de forma perfeita”. Para o próximo ano, Theatro Circo novamente: “Embora ainda não esteja confirmado, depois deste festival e desta qualidade, não podemos pensar noutra coisa”, concluiu.

 

Texto: Delfim Machado

 

Fotografia: Nuno Gonçalves

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