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Esta é a sexta vez que Portugal acolhe o Congresso.
O tema “Sociedades desiguais” num Congresso onde faziam parte cientistas de culturas tão diferentes abriu o certame no dia 4. A conferência de abertura foi, aliás, levada a cabo por Veit-Bader, conceituado Professor da Universidade de Amesterdão, ligado às Ciências Sociais. O evento baseou-se sobretudo em sessões de conferências semi-plenárias, mas não só. Dos dias 4 a 6 houve painéis temáticos com a apresentação de mais de 1200 comunicações, lançamentos de livros e documentários, uma exposição de fotografia e actividades lúdicas, tais como peças de teatro e momentos musicais.
Nas sessões semi-plenárias, vários temas foram debatidos. Sociedade, cultura, política, violência, justiça, media, população, trabalho, migração, educação, discriminação e ciência foram alguns dos temas abordados nos debates. A democracia foi, no entanto, o tema em destaque. Curiosamente, a relação entre as Ciências Sociais e a democracia já tinha sido objecto de uma análise aprofundada, no I Congresso, realizado em 1990 em Coimbra.
O Professor Manuel Carlos Silva, coordenador principal do projecto, revelou que, “do ponto de vista científico e cultural, o Congresso foi um sucesso, quer pela presença e afluência das pessoas, como pela variedade de temas”. O professor agradeceu ainda aos restantes elementos da comissão organizadora, voluntários e congressistas.
Tal como afirmou no seu discurso de abertura, Manuel Carlos Silva analisou a atitude da UMinho: “As altas patentes Universidade não tiveram, inicialmente, percepção da realidade deste projecto, durante a sua realização já se aperceberam melhor, e agora no balanço esperemos que tenham ainda mais”.
Texto: Delfim Machado
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