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UMinho apresentou Relatório de Actividades de 2008






 

Com toda a equipa reitoral presente, numa altura em que se faz um balanço geral do que foi a sua governação durante 2008, e já reflectindo sobre o seu trajecto desde 2002, altura em foi eleito para estar à frente dos destinos da UMinho, o Reitor começou por evidenciar a boa performance da Academia Minhota. Focalizando-se na qualidade da actividade desenvolvida pela Universidade nas mais diversas vertentes, Guimarães Rodrigues refere que esta é reconhecida não só a nível nacional, mas  “é reconhecida por painéis de peritos internacionais”.

 

A UMinho ultrapassou no ano transacto todos os resultados de produção científica, o que mostra a dinâmica, qualidade e o valioso recurso que é o corpo docente e de investigação da academia. Neste âmbito a UMinho lança, pela primeira vez, em 2009, os Prémios de Mérito de Docência e de Investigação. 2008 reservou ainda, mais uma boa nova para a investigação. A avaliação internacional colocou a UMinho em primeiro lugar a nível nacional no número de Unidades de investigação de qualidade, “a UMinho conseguiu sete unidades com classificação Excelente e oito com Muito Bom”, sublinha.

 


 

A qualidade da Academia tem crescido de ano para ano, algo que se pode verificar pelo aumento neste último ano, do número de docentes doutorados, que atingiu os 85,5%.

 

Os Serviços de Documentação da UMinho (SDUM), foram os responsáveis pelo desenvolvimento do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) o qual foi apresentado na 3ª Conferência sobre o Acesso Livre organizada pela UMinho em Dezembro.

 

Em 2008 a UMinho adequou toda a oferta de formação ao Modelo de Bolonha, o que segundo Guimarães Rodrigues ?exigiu um intenso esforço de toda a malha académica e serviços de apoio?. Este processo originou uma alteração significativa da distribuição dos alunos inscritos, tendo ocorrido um acréscimo de 46,8% de alunos do 2º ciclo (Mestrados) e de 9,6% de alunos do 3º ciclo, face a 2007.

O Portal AlumniUM lançado em Abril de 2008, foi outra das novidades. Um projecto que faz parte de uma estratégia de aproximação da UMinho aos seus diplomados, através de um portal que oferece um conjunto de serviços e funcionalidades, para além de colher informação sobre o trajecto profissional dos antigos estudantes e de lhes disponibilizar o acesso a uma bolsa de emprego.

 


 

Como não podia deixar de ser, o Relatório incide também sobre o orçamento de Estado atribuídoà UMinho, uma matéria de extrema importância e que tanta polémica tem causado, não só nesta Academia mas no Ensino Superior em Geral. Nas suas palavras Guimarães Rodrigues refere que “este continuou a ser um factor condicionador da actividade desenvolvida”, a tutela não teve em conta a qualidade das actividades levadas a cabo pela Academia, o amplo trabalho feito, “a eficiência pedagógica e científica, e a qualificação do corpo docente não se reflectiu no orçamento”.

 

A UMinho cumpriu o seu plano orçamental em 2008, graças a cerca de 11,4 milhões de euros e o global do saldo de receitas próprias adicionado ao Orçamento de Estado no início de 2008 (correspondendo a 3,7 milhões de euros reunidos centralmente e 3,2 milhões de euros reunidos nas Escolas). Com isto a UMinho conseguiu pagar todos os seus salários e obrigações financeiras, o que segundo o Reitor “demonstra a autonomia da Universidade”. Mas o Estado tem obrigações perante as universidades e como refere “se não tivéssemos que aplicar a grande parte das nossas receitas próprias nestas áreas, essas verbas poderiam estar a ser aplicadas na qualidade do ensino e em projectos para o futuro”. Este defende que “o financiamento das universidades deve ser igual à sua capacidade de acção”, se assim fosse a UMinho estaria numa situação muito favorável. Apesar de tudo, pensa que “a Universidade não deve viver de subsídios, pois assim estariam a perder algo basilar, que é a sua autonomia. A Universidade deve estar liberta disso, senão deixa de cumprir a sua missão”.

 

Nesta apresentação foi ainda anunciada a publicação ainda em Fevereiro, do livro “Minho – Traços de Identidade”, que representa um compromisso desta Universidade para com a promoção social e cultural da Região em que se insere.

 


 

Guimarães Rodrigues até ao fim do mandato

 

O reitor da UMinho garantiu que ficará à frente dos destinos da Universidade até ao fim do mandato para o qual foi eleito, “estamos a garantir a democracia”, refere. Defendendo a participação política da Academia sublinha que “é saudável que existam várias listas na corrida”. Garante que a equipa reitoral que lidera já deixou a sua marca nesta universidade “basta olhar para trás, ver o que éramos em 2002 e o que somos em 2008”.

 

O ano de 2008 foi intenso. Foram elaborados os estatutos da Universidade com um vasto debate interno. O ano que agora iniciou será um percurso também muito importante, com as eleições já em Março para o Conselho Geral, à qual se seguirão eleições para outros órgãos, que encerrarão com a eleição do novo Reitor da UMinho. Guimarães Rodrigues não prevê um cenário favorável para 2009, dizendo que “o prémio pelo bom desempenho foi a diminuição do financiamento previsto no orçamento de Estado”.

 

Texto: Ana Marques


 

Fotografia: Nuno Gonçalves


 

 

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