“
Dia 4
Medalha de ouro para o andebol masculino da AAUM
O pavilhão de Grijó foi o palco escolhido para a grande final do andebol masculino, que foi mais uma vez entre as formações da AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho) e da AEISMAI (Associação de Estudantes do Instituto Superior da Maia). Ao contrário do ano passado, os festejos este ano ficaram do lado da AAUMinho, que provou neste jogo que foi uma época à UM, sem derrotas.
.JPG)
Esperava-se um jogo equilibrado, pavilhão bem composto, e Filipe Magalhães da AAUMinho inaugura marcador.
O jogo não foi fácil de início para nenhuma das equipas. Enquanto que a AEISMAI jogava para o pivôt, que é bastante forte fisicamente, a defesa do Minho tentava bloquear esse mesmo jogador.
André Caldas da AEISMAI, o jogador que mais se tinha destacado no último encontro entre estas duas equipas, ainda na fase de grupos, não esteve presente no encontro. Os jogadores da Maia não estavam tão seguros e isso começou a sentir-se com o passar dos minutos.
A AEISMAI pede desconto de tempo quando se vê a perder por 4-8. Se por um lado a equipa acusa pressão, do lado da AAUMinho os jogadores estavam calmos e muito fortes na defesa. Como não consegue penetrar na área e os remates são travados pela defesa do Minho, a AEISMAI consegue cada vez menos impôr o seu jogo.
Ao intervalo está 17-11 para a AAUMinho. Os minhotos além de muito bem na defesa, na finalização também não vacilaram. Não houve jogadores a destacarem-se, todos tinham as suas jogadas individuais bem conseguidas, jogadas de equipa, que arrancavam aplausos do público, enfim, eram o rosto de uma equipa coesa.
.JPG)
Já na segunda parte, com o jogo ganho, Gabriel Oliveira dá oportunidade a todos os jogadores de participarem no jogo, rodando todo o banco. É pedido um time out quando faltam cinco minutos para o final do jogo, e é aí que se começam a ouvir os primeiros festejos da AAUMinho. O resultado já não deixava margem para dúvida, 33-22. Até ao final pouco mudou, fixando-se o resultado em 35-23.
Gabriel Oliveira no final do jogo só conseguia expressar a alegria de ser novamente campeão, e de dar os parabéns à excelente equipa que comanda. ”Ao longo do Campeonato fomos crescendo. Hoje alcançámos o objectivo, que no ano passado, esta mesma equipa nos tirou. Hoje fomos superiores. Merecemos. Parabéns à AEISMAI que é uma equipa de topo, mas principalmente parabéns aos meus jogadores, aos que estão aqui e aos que não estão, que também fazem parte desta família.”
Mas nem só do Nacional vivem os campeões, e foi inevitável perguntar se já pensam no Europeu, mas a isso o treinador respondeu com cautela, ”para já queremos festejar esta vitória. Para o Europeu, gostaria de contar com jogadores influentes como o Fábio Magalhães, que conseguiu vir hoje jogar. Mas sei que será tarefa difícil, conciliar o plano da Selecção Nacional, com a nossa ida ao Europeu.”
E foi mesmo com o jogador mais experiente em internacionalizações, mas ”caloiro” em jogos universitários, que o UMDicas perguntou como foi a experiência. ”Foi a primeira vez que entrei nestes torneios, foi engraçado, diferente. Há menos competição, é outro espírito”, comenta o novo número 6 da AAUMinho.
Sobre ser essencial para a equipa e ter contribuído para esta vitória, é controlado nos comentários, ”eles ganhavam na mesma sem mim. Sei que a nível defensivo tenho mais experiência, e aí posso ser um ponto forte, mas a equipa já é forte de raíz.”.
Se foi fácil se adaptar a esta equipa, visto ter sido o seu primeiro jogo com a camisola da AAUMinho, Fábio explica que ”o entrusamento foi muito fácil. Já joguei com todos os jogadores, conheço-os a todos. Ou no ABC, ou na Selecção, conheço o modo de jogar de cada um. Espero fazer parte desta equipa mais vezes, e arrecadarmos muitas vitórias.”
Uma ressalva para o andebol feminino, este ano, para não variar dos últimos, a Universidade do Porto volta a receber a medalha de ouro e a juntarem-se aos nossos atletas numa viagem até ao Campeonato Europeu.
Dia 3
E que venha a final do andebol masculino
O terceiro dia de competição no Campeonato Nacional Universitário teve como um dos pontos altos, as meias-finais do andebol. A equipa da AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho) já nos habituou a assistir a estas fases de maior pressão. O jogo foi contra a AEFCT (Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa), e esperava-se um jogo acessível para a formação do Minho.
A verdade é que a AAUMinho voltou a entrar no jogo de forma passiva, a defender mal, a falhar na concretização e só a meio da primeira parte engrenou no jogo, e aí ficou tudo muito mais fácil. A equipa acabou por se superiorizar técnica e tácticamente. Os golos começaram a surgir, as situações de contra ataque, e o equilíbrio do início do jogo deixou de existir.Ao intervalo o jogo estava praticamente resolvido, 21-15 para o Minho.
Filipe Magalhães, central da AAUMinho fez uma análise do que tem sido este campeonato, ?no primeiro jogo ainda estávamos a analisar. Não fizemos um mau jogo, mas o adversário era o eterno rival, ISMAI. A partir daí a ”máquina ligou”, e estamos na final.”
Sim, na final, porque esta meia-final acabou com um parcial de 40-21. Praticamente o dobro dos golos, que como disse Gabriel Oliveira, treinador da equipa, ”ninguém pode pôr em causa a superioridade da AAUMinho”.
Quanto à tão esperada final, Filipe Magalhães acrescenta que ”é a mesma do ano passado. Mas este ano o desfecho tem de ser diferente. Vamos dar tudo. Queremos ser campeões! E temos noção que estamos mais fortes.Fizemos os torneios de apuramento todos juntos, o que rotinou a equipa. Somos mais equipa. Os elementos que se juntaram a nós este ano vieram culmatar falhas importantes que tínhamos”.
O treinador quis ainda deixar um aviso à equipa, ”estamos na final. Faltam 60 minutos para atingir o nosso objectivo. Sei que estamos confiantes, preparados, mas uma final é uma final, e temos de estar concentrados até ao apito final.”
Como já se esperava, a AEISMAI será a equipa que completará a final. Os actuais campeões ganharam hoje, na outra meia final à formação de Aveiro por 40-35.
Dia 2
Andebol masculino: até parece fácil
Último jogo da fase de grupos, e sem querer parecer repetitiva, mais uma final antecipada. No grupo da AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho) estavam as três equipas finalistas do ano passado, logo não será difícil perceber o porquê da dificuldade dos jogos nesta fase.
O jogo da hora do almoço, neste segundo dia de competição pôs frente a frente a AAUMinho e a FADEUP (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto). Se os minhotos tinham começado mal esta fase do campeonato, com um empate contra a AEISMAI, depressa quiseram esquecer, e no jogo de hoje entraram bem acordados e cientes que aquele jogo era para ganhar.
O maior problema foi a falta de controlo no jogo defensivo, e com duas equipas tão equilibradas como estas, este erro foi crucial para irem para intervalo com um parcial de 11-10 a favor da FADEUP.
Ao intervalo Gabriel Oliveira, treinador dos minhotos, decide recuar a defesa, visto ter notado que a FADEUP não tinha bons rematadores. Com isto, possibilitou não criar espaços nas costas e ganhar no jogo interior.
Mas os estudantes de desporto surpreenderam, e se até então não havia rematadores, a partir daquele momento começaram a aparecer os remates de fora. Com isto dilatam a diferença para 3 golos.
Mais uma mudança de estratégia, e mais uma adaptação da AAUMinho. Começaram a jogar em 6-0, uma defesa mais fechada e flutuante. A preocupação era fechar as linhas de passe para o pivôt, e fechar as linhas de passe de remate exterior, que o número 6 da FADEUP usava de forma bastante eficaz.
Houve tempo ainda para a marcação individual, com a FADEUP numa tentativa de eliminar a primeira linha dos minhotos. Mas estes muitos habituados a momentos de pressão, e de disputa de homem para homem, ultrapassam esta táctica, e jogam mais em profundidade e com os espaços.
Muito ansiosos para saber quem ganhou? A AAUMinho não deu espaço para dúvidas nos últimos minutos, distanciou-se no marcador e ainda fez questão de rodar o banco. No final, a soma deste jogo emotivo, com várias lesões pelo caminho resumiu-se a 20-23 para a AAUMinho.
.JPG)
”Mais uma vitória do colectivo”, diz o treinador. Em relação à meia-final de amanhã, Gabriel não admite erros ”não há espaço para erros nos jogos de eliminação directa. É uma final para nós, e é assim que temos de encarar todos os jogos. O nosso objectivo mantém-se, sermos campeões nacionais.” Não esqueceu a equipa adversária e fez questão de dar os parabéns à formação.
Andebol feminino obrigado a regressar a casa
No segundo dia e também segundo jogo para as jogadoras de andebol da AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho)sobressaem duas coisas: a primeira, que foram eliminadas, visto terem perdido este segundo jogo da fase de grupos contra a AAC (Associação Académica de Coimbra), a segunda, e passo a citar toda a equipa, ”foi excelente”.
As atletas acordaram cedo e foram as primeiras a jogar no pavilhão de Grijó. Adivinhava-se um jogo complicado e as esperanças de passar a fase de grupos não eram nenhumas. A equipa sabe as dificuldades que tem, e conhece a qualidade de andebol das restantes equipas que estão na competição.
Não foi um jogo muito diferente do que tinha sido no dia anterior contra a Uporto, pelo menos no número de golos de ambos os lados. Ao intervalo 4-15 para as estudantes. No final, 5-25, um resultado que traduz tudo aquilo que tem sido dito desta equipa de formação de AAUMinho, com poucos meses de existência e que o único objectivo é participar e com isso treinar.
Algumas jogadoras não quiseram abandonar a cidade de Gaia sem dizer que ”com as capacidades que tínhamos demos o nosso melhor. Depois das aventuras que passámos aqui nos CNU?s, o que vivemos, e o espírito de equipa que se criou, temos mais vontade e garra de treinar, para estarmos cá de novo para o ano.”
A capitã acrescenta ainda que ”apesar das derrotas, vamos daqui com a cabeça erguida, pois sabemos que melhor não sabemos fazer. Mas esta experiência deu para aprendermos, foi uma oportunidade de jogar e sentirmos o que é competição.”
Já Gabriel Oliveira, treinador desta turma não podia estar mais satisfeito, ”já se estava à espera da derrota, mas as minhas jogadoras comportaram-se da melhor maneira em todos os aspectos. Tudo o que foi pedido, foi feito. E mais importante que falar do jogo, que não tem história, é falar da equipa em si. O que eram no início da época, e agora o que são. Estar aqui foi o prémio do trabalho delas nestes meses, a partir daqui é sempre a crescer e esperar que se juntem a este grupo de trabalho mais atletas.”
Dia 1
Uma final antecipada para o andebol masculino
O pavilhão de Arcozelo em Gaia foi palco de um jogo emocionante logo nos primeiros minutos desta fase final de CNU?s (Campeonatos Nacionais Universitários).O primeiro jogo da fase de grupos do andebol masculino pôs frente a frente a AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho) e a AEISMAI (Associação de Estudantes do Instituto Superior da Maia), num jogo equilibrado que se traduz pelo empate a 20 golos no final.
O duelo começa com as equipas a defender bem, e foi difícil a inauguração do marcador. Tal aconteceu pelas mãos da AAUMinho. Os minhotos mais faltosos ofereceram aos jogadores da Maia, vários livres de 7 metros, bem finalizados pelo seu melhor jogador, André Caldas. Ao intervalo, o marcador era favorável para o Minho, 10-8.
No segundo tempo, um jogo que já estava equilibrado, conseguiu ser ainda mais disputado. AAUMinho ”adormece” no jogo, e a AEISMAI toma conta deste. Isto leva os minhotos a terem de lutar pelo resultado. Durante quase os 20 minutos desta segunda parte,a diferença no marcador não era mais do que um golo.
Os últimos cinco minutos do jogo mostravam que nada estava decidido, as equipas estavam empatadas a 17 golos. Nos últimos dois minutos, a AAUM perde um jogador, Filipe Magalhães, excluído por dois minutos devido a protestos com o árbitro.
Gabriel Oliveira, treinador da AAUMinho teceu algumas críticas aos seus atletas no final do encontro, ”jogámos bem na primeira parte, estivemos bem defensivamente. Na segunda parte relaxámos. Deixámos que a AEISMAI tomasse conta do jogo. Tivemos de correr atrás do resultado. Mas este desfecho em nada prejudica o nosso objectivo de sermos campeões. Só temos de ganhar os dois próximos jogos, e de preferência com uma vantagem de golos satisfatória.”
Andebol masculino mostra o seu verdadeiro valor
O segundo jogo da fase de grupos, mostrou-se bem mais fácil para a AAUMinho. Os adversários eram os futuros polícias do ISCPSI, que não conseguiram criar dificuldades ao Minho. A AAUMinho entrou muito forte no jogo. Quando o resultado já estava nos 7-0, o ISCPSI pede time out, mas este não trouxe alterações.
A defesa agressiva dos minhotos, permitiu que o guarda-redes Nuno Pires estivesse acima dos 50% de eficácia na baliza. Permitiu também a exploração do contra-ataque. O jogo só teve uma direcção e ao intervalo o marcador estava nos 17-4.
Houve ainda oportunidade para o treinador adjunto, Eduardo Fernandes rodar o plantel, sem que a equipa não perdesse qualidade. Ainda assim, o treinador não permitiu facilidades e brincadeiras. Um jogador que facilitasse e falhasse um golo sentava-se de imediato no banco.
.JPG)
No final o resultado de 30-9 foi o espelho de duas equipas muito díspares. A AAUMinho tentou dilatar ao máximo o número de golos, pois podem vir a fazer falta em caso de igualdade pontual.
David vs Golias
O andebol feminino da AAUMinho (Associação Académica da Universidade do Minho) iniciou-se nestas andanças contra as actuais campeãs nacionais, as jogadoras da Universidade do Porto (UP). Foi no pavilhão do Grijó, da parte da tarde, que as atletas se estrearam nos CNU´s (Campeonatos Nacionais Universitários).
Como já se esperava foi um jogo sem história. Ao intervalo a AAUMinho perdia por 20-4 e no final o resultado era de 34-6 no marcador.
A AAUMinho tentou circular a bola, defender o melhor que conseguia, mas a diferença de ritmo, de técnica e táctica entre as equipas eram inimagináveis.
O UMDicas esteve à conversa com as atletas do Minho e tentou perceber as perspectivas para este torneio, e se o objectivo iniciado em Setembro estava concretizado, constituir uma equipa.
Gelly: ”Penso que tivemos à altura daquilo que tínhamos estipulado para o jogo. A segunda parte não foi tão boa, devido ao desgate físico da nossa equipa. Não podemos esquecer que jogámos contra as actuais campeãs nacionais, e que renovarão o título este ano, na minha opinião.”
Vanessa: ”Penso que para o tempo de treino que temos, este resultado foi o previsto. No entanto, acho que estamos a evoluir bastante e quem sabe, para o ano, somos capazes de ter melhores resultados. Trabalhámos em equipa e mostrámos em jogo, o que sabemos e temos vindo a praticar, embora ainda tenhamos receio do contacto físico. Cometemos alguns erros, alguns deles de distracção, mas com o tempo de jogo e treino vamos aperfeiçoando.”
Joana: ”Apesar do resultado que evidencia a falta de prática das atletas, que apenas treinamos desde Novembro, e muitas de nós nunca tendo jogado andebol, é evidente o espírito de equipa. Apesar de nos estarmos a iniciar na modalidade, participamos em tudo o que é possível. Espero num futuro próximo fazer jus ao nome da Uiversidade, e mostrarmos o verdadeiro valor do andebol do Minho”.
O treinador, Gabriel Oliveira, no final do jogo estava orgulhoso da equipa e fez questão de salientar que todo o esforço e trabalho gasto com as atletas compensou e há-de compensar ainda mais. ”O resultado era o esperado e estamos todos de parabéns”, remata.
Marina Mota
“