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Após uma marcha triunfal em que tombaram a seus pés alemães, holandeses, croatas e polacos, cabia agora aos turcos da Universidade de Gazi tentar colocar travão à letal máquina de contra-ataque da UMinho.
Estas duas equipas já se tinham cruzado em 2007 num jogo também decisivo para determinar qual delas iria marcar presença na final dessa edição. O resultado então foi um 38-29 favorável aos minhotos, que perante uma poderosa formação de Gazi (contava na altura com alguns internacionais sub-21 turcos) viu Humberto Gomes fechar literalmente a baliza e solidificar o seu estatuto como melhor guarda-redes desse Europeu.
Para este embate, a UMinho apresentou uma equipa muito semelhante à de 2007, enquanto que por sua vez Gazi trazia algumas caras novas nas suas fileiras. A partida iniciou-se com sinal mais para os turcos que rapidamente chegaram a uma vantagem de três golos.
A UMinho nesta altura a defender em 6-0 não conseguia travar o lateral esquerdo turco que se revelava como o homem anular a todo o custo. Apercebendo-se disso, o técnico Gabriel Oliveira altera o seu sistema defensivo para um 5+1 e a partir dos 10 minutos da primeira parte começa-se a desenhar a vitória da UMinho.
Obrigado a jogar com o seu pivot devido à constante vigilância imposta pelo central minhoto, o lateral de Gazi aos poucos foi desaparecendo da partida. No final da primeira parte o resultado era um14-11 favorável à UMinho.
Na etapa complementar, o conjunto de Gabriel Oliveira teve uma performance quase perfeita, que teve no seu pivot Lelo e no seu guardião Humberto Gomes as grandes figuras desta partida. Enquanto o primeiro provoca estragos na defesa adversária, ora marcando, ora criando espaço para os seus colegas marcarem, o segundo mais um vez demonstrou o porquê de já ter sido considerado por duas vezes o melhor guarda-redes em europeus universitários.
No final da partida, o resultado era esclarecedor e não deixava margem para dúvidas: 31-19. Tida em todas as edições dos europeus como um “underdog”, a UMinho tem deixado bem vincado dentro das quatro linhas que não está ali para brincadeira e que até ao apito final, tudo é possível.
Quem acredita nisso é Gabriel Oliveira que se mostrava orgulhoso da prestação dos seus atletas, especialmente na segunda parte, onde estiveram “excepcionais”. Agora na final frente à Universidade de Turismo e Desporto de Moscovo, o técnico minhoto acredita na possibilidade de um resultado positivo, pois apesar de os russos serem mais altos e fortes, têm quebrado fisicamente na recta final dos jogos.
“Uma final é uma final”, rematou Gabriel.
Texto: Nuno Gonçalves
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