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Vice-Campeões Europeus… outra vez!







Colocada no Grupo B (Red Group), coube em sorte à UMinho ter como adversárias as Universidades de Radboud (Holanda), Gazi (Turquia), Koeln (Alemanha), Osijek (Croácia)  e Radom (Polónia). No Grupo A (White Group), segundo o site oficial da competição, encontram-se os favoritos à conquista da prova, as Universidades de Ljubljana, Ankara e Moscovo.

 

No primeiro embate, e frente às torres germânicas da Universidade de Koln, o conjunto do técnico Gabriel Oliveira deu um autêntico recital de andebol, deixando o resultado final num explícito 34-21.

Nas seguintes confrontos contra holandeses (45-18), croatas (27-19) e polacos (27-25), os minhotos voltaram a deixar bem vincado que não é por acaso que alcançaram duas finais europeias.

 

A supremacia táctica evidenciada, aliada a um colectivo muito forte, superaram as flagrantes desvantagens físicas frente a conjuntos como os da Universidade de Osijek (Croácia) e Radom (Polónia), que possuíam diversos atletas com 2 metros de altura e a pesar mais de 100kg!

No jogo desta fase de grupos e que iria decidir quem iria defrontar os russos na final, os invictos ?tugas? e iriam defrontar os também invictos turcos da Universidade de Gazi.

 

Numa reedição da meia-final do Europeu de 2007, a UMinho voltou a atropelar Gazi, desta feita por uns contundentes 31-19! Há dois anos atrás os minhotos já tinham deixado as suas marcas nos turcos, tendo-os batido então por 38-29.

 




Na final, e frente à favorita Universidade Estatal de Moscovo, o conjunto de Gabriel Oliveira iria ter a sua prova de fogo. Esta equipa russa não era por acaso que era a grande favorita. Com cinco atletas titulares da Selecção Sub-21 da Rússia, esta era também a equipa B do clube Charkovsky Medved, actual campeão russo, e que disputa a Liga dos Campeões.

 

Apesar destes factos, os minhotos entraram sem medo e lideram o marcador até cerca dos 15 minutos do primeiro tempo. Ai, a equipa começou a denotar o esforço físico imposto pelo elevado ritmo a que os russos jogavam.

 

Os russos por sua vez, davam-se ao luxo de 10 em 10 minutos, fazer rodar os seis elementos que tinham em campo! Foi então com alguma naturalidade que a partida chegou ao intervalo com um 17-10 favorável aos de Moscovo.

 

Na etapa complementar, acentuou-se ainda mais o défice físico frente a um conjunto que tinha a lição bem estudada, e que de forma justo acabaria por vencer a final por 39-26. “Os russos tinham filmado o nosso último jogo, e sabiam exactamente quem marcar na nossa equipa. Os nossos pontas foram impossibilitados de efectuar contra-ataques”, comentava Gabriel Oliveira no final da partida.

 






 

Já em Portugal, e quando questionado acerca da prestação da UMinho neste Europeu, Gabriel afirmou ter sido “mais uma brilhante participação, tendo em conta o quadro competitivo que não permitia falhas. A prestação dos meus atletas foi brilhante porque souberam sempre conciliar o espírito académico com o desportivo. Nos devidos locais e nas alturas certas, souberam vestir a pele de estudante e interagiram como tal, confraternizando e divertindo-se junto dos seus colegas das outras equipas. Quando vestiam o equipamento da UMinho e entravam em campo, e embora não o fossem, a sua postura foi a de atletas profissionais que estavam ali com um único objectivo em mente: a vitória!”

 

A UMinho disputou a final sem dois atletas internacionais, Tiago Pereira e Fábio Magalhães, ambos ABC, devido a compromissos das selecções. Neste assunto o técnico da UMinho confidenciou-nos que já se iniciaram contactos com a Federação Portuguesa de Andebol de modo a que o Europeu seja incluído no calendário federativo, e não tornem a haver estes impedimentos.

 

É que segundo Gabriel, “nós temos de levar os nossos trunfos, pois quando tal acontecer, acredito que possamos chegar ao título europeu”.

 

Texto: Nuno Gonçalves

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