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Fotos brevemente disponoiveis online da Galeria BIG
Nascida a 17 de Fevereiro de 1974, a Academia Minhota já passou por bons e maus momentos. Denominada da geração de “universidades jovens”, já lá vão quase 40 anos. Um trajecto que para o Reitor da UMinho, Prof. António Cunha “é um trajecto muito positivo que deve orgulhar todos quantos fizeram e fazem este projecto”.
As comemorações do 37º aniversário ficaram marcadas por um vasto conjunto de iniciativas, diversificadas e de qualidade. A começar por uma Sessão solene com um “brilho” diferente, as acções estenderam-se aos centros das cidades de Braga e Guimarães “através da actuação pública das Tunas da UMinho”, marcando presença também nos campi.
Foi também anunciado um novo portal online, com uma imagem renovada, “no intuito da optimização da navegação por parte dos utilizadores” referiu a Pró-reitora para a Comunicação e Imagem, Dr.ª Felisbela Lopes, para quem a lógica é “Eu procuro, eu encontro”. Este novo Portal terá quatro portas fundamentais (UMinho, estudar, investigar, viver) e quatro links destacados, três em permanência (notícias, bibliotecas e inovar & empreender) e um que irá ser saliente em determinado período (este ano será o da qualidade). Para além disso foi anunciado que a UMinho inaugurará este ano a presença nas redes sociais “Facebook” onde vai apostar em conteúdos diversificados e numa forte componente multimédia.
Este aniversário marcará ainda o “nascimento” do jornal online “Nós”, o qual esteve em experiência durante um ano como Newsletter, mas que de agora em diante será o “Nós” – pronome pessoal que “remete e chama a ele toda a comunidade académica, pretendendo ser um elo de ligação” afirma a Pró-reitora, sendo objectivo da UMinho através deste marcar o “agenda-setting”.
Foi ainda publicada a 2ª edição da revista da UMinho. É objectivo da Reitoria fazer através desta uma “prestação de contas à comunidade académica e ao exterior”. Com textos da equipa reitoral e responsáveis de unidades orgânicas de ensino e investigação, esta objectiva dar a conhecer as principais actividades da Universidade e os momentos mais marcantes do ano transacto. Para além disso contem também testemunhos de estudantes e ex-alunos da universidade.
O Vice-reitor Rui Vieira de Castro anunciou ainda o lançamento de duas novas colecções de publicações “Sítios com História” e “Histórias de Cidades”. Segundo este “esta Reitoria tem apostado muito na área cultural e os dois primeiros números publicados agora “Braga Romana” (colecção ‘Sítios com História’) e “Largo do Paço” e “Praças Senhora da Oliveira e S. Tiago” (colecção ‘Histórias de Cidades’) são um exemplo disso”. Estes “são a primeira etapa de um projecto que terá 20 livros” que no global pretendem fazer uma selecção dos locais mais importantes da região minhota – em particular de Braga e Guimarães.
Discursos asseveram confiança no futuro
O passado dia 17 foi um dia de festa que juntou “…a família que constitui a nossa comunidade académica, juntou os amigos e… fizemos a festa” foram estas as primeiras palavras do Reitor na abertura das cerimónias de mais um aniversário da UMinho.
António Cunha começou por fazer uma retrospectiva dizendo que 2010 foi um ano “Intenso e diverso”. Referindo o enorme rol de actividades realizadas, as quais vão de encontro à missão da Universidade. Chamando a atenção para a dimensão e sucesso atingido pela UMinho – 17500 estudantes (41% dos quais de pós-graduação), 1080 docentes (93% de doutorados) e 622 funcionários, acrescidos de 259 nos SASUM, tendo um orçamento global de 132M euros, o Reitor afirma a “relevância da acção da Universidade” aos níveis regional, nacional e internacional nas dimensões da educação, da investigação e da interacção com a sociedade.
O discurso ficou ainda marcado por três temas-chave, que marcaram, marcam e vão continuar a determinar a agenda da Universidade: Plano Específico de Desenvolvimento; Regras da acção social escolar; e alteração do regime jurídico da Universidade.
Quanto ao primeiro, António Cunha afirma que a UMinho “cumpriu o previsto nesse programa… Esperamos que o Governo também o faça!”.
Para o Reitor a situação actual é de grande constrangimento orçamental, mas segundo este a Academia tem que entender essa realidade e ser capaz de encontrar caminhos para “prossecução dos seus objectivos estratégicos”, no entanto “haverá sempre uma enorme convergência sobre a importância da formação superior, que terá de continuar, cada vez mais, a ser assumida como um Desígnio Nacional”. No que toca às bolsas de estudo, e quanto ao novo quadro legal que veio alterar o modo como as bolsas são atribuídas, António Cunha afirma que “o serviço público no ensino superior só pode ser consumado com um quadro de igualdade de oportunidades… felizmente que o MCTES tem mostrado abertura para corrigir algumas deficiências…”, mas a Universidade vai ficar atenta “vamos monitorizando com grande preocupação e cuidado, num diálogo entre Reitor e AAUM e com grande atenção e profissionalismo por parte dos SASUM”.
Em relação ao Regime Fundacional, o qual está a gerar um alargado debate interno, António Cunha afirmou a sua convicção nas “vantagens que esta alteração trará para a Universidade”, sendo a autonomia a “palavra-chave neste processo”.
AAUM promete não baixar os braços
Luís Rodrigues, presidente da AAUM, fez um discurso de apoio ao trabalho desta Reitoria, congratulando o trabalho feito, mas afirmando defender sempre “intransigentemente os interesses dos estudantes”.
O presidente da AAUM aproveitou o momento, como não podia deixar de ser para falar sobre a crise que atinge o país e em particular muitos alunos da UMinho, que têm visto os seus gastos aumentarem. Segundo um estudo realizado para a AAUM, “um estudante deslocado típico gasta uma média de 370 euros/mês para frequentar a UMinho”, o que tem conduzido a situações “insustentáveis” para várias famílias. Para o Dirigente associativo as bolsas de estudo e outros complementos económicos “são recursos que não têm que ser devolvidos”, prometendo denunciar e protestar contra as Normas Técnicas Nacionais que regem a atribuição das bolsas de estudo “quando estas criarem situações dramáticas junto dos estudantes da UMinho”.
Quanto à passagem da UMinho a fundação, Luís Rodrigues refere que a tomada de posição da AAUM terá em conta três princípios: esta não será solidária com soluções que mantenham dependências de tutelas que só têm gerado incerteza, desconfiança; para além disso não concordarão com soluções que não assumam os padrões de representatividade nos órgãos da Universidade; em terceiro lugar rejeitarão cenários de desengajamento do Estado em áreas tais como nos apoios sociais.
Manuel Heitor destaca UMinho no panorama nacional
O Governo esteve também presente nas comemorações do dia da Universidade, representado pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Doutor Manuel Heitor que assinalou “a centralidade crescente que a UMinho tem assumido no contexto do ensino superior em Portugal”, referindo-se à instituição como “um exemplo” e uma “referência” a nível nacional, representando hoje em Portugal, cerca de 9% do número estudantes do ensino superior público e cerca de 11% dos novos doutorados. Manuel Heitor salientou ainda que a UMinho “apresenta valores de mulheres no corpo docente acima da média nacional”, 45% dos docentes da UMinho são mulheres.
O secretário de Estado destacou ainda o diálogo e a franqueza que tem havido entre a UMinho e a tutela nos últimos anos, assinalando o papel que o Reitor António Cunha tem desempenhado na afirmação do ensino superior em Portugal. O representante governamental referenciou ainda a boa relação com a AAUM, a qual através do diálogo muito tem contribuído para um melhor ensino superior.
As palavras finais de Manuel Heitor foram um incentivo à Academia Minhota para que continue o seu trajecto de sucesso, no recrutamento de novos públicos, na investigação, evidenciando o 1º lugar alcançado pela UMinho a nível nacional em relação à visibilidade na internet.
Ana Paula Faria, da Escola de Economia e Gestão, no final da sessão solene proferiu uma Oração de Sapiência subordinada ao actual tema “Inovação, empreendedorismo e spin-offs académicas”.
Foram ainda entregas de prémios, destacando aqui o “Prémio de Mérito à Investigação” entregue ao Prof. Carlos Mendes de Sousa. Foram ainda interpretadas diversas peças musicais pelo Coro Académico da Universidade do Minho, acompanhado pelo Ensemble, grupo constituído por alunos do Departamento de Música da UM.
No final do dia 17, pelas 21,30 subiu ao palco do Salão Medieval da Reitoria a Orquestra da UMinho, a qual actuou de novo nos Paços dos Duques de Bragança, dia 18 pela mesma hora
As comemorações estenderam-se até dia 19 de Fevereiro com a realização de um jogo de futebol no Pavilhão Desportivo Universitário de Gualtar protagonizado por políticos nacionais e locais e por personalidades ligadas à UMinho.
Texto: Ana Marques
anac@sas.uminho.pt
Fotografia: Nuno Gonçalves
nunog@sas.uminho.pt
(Pub. Fev/2011)
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